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Bovespa firma-se em queda pressionada por Vale e bancos; Embraer recua 5%

Publicado 08.03.2018, 12:49
Atualizado 08.03.2018, 12:50
© Reuters.  Bovespa firma-se em queda pressionada por Vale e bancos; Embraer recua 5%
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SÃO PAULO (Reuters) - O principal índice de ações da B3 firmava-se em queda no começo da tarde desta quinta-feira, com o recuo das ações da mineradora Vale e dos bancos privados entre as maiores pressões negativas, em sessão marcada por noticiário corporativo doméstico intenso e misto.

Às 12:46, horário de Brasília, o Ibovespa caía 0,99 por cento, a 84.634 pontos. O volume financeiro somava 3,8 bilhões de reais.

Investidores também seguem atentos aos movimentos do governo de Donald Trump em relação às tarifas de importação de aço e alumínio pelos Estados Unidos.

A notícia de que a Casa Branca levantou a possibilidade de que tarifas sobre importações de aço e alumínio possam excluir alguns países, além de Canadá e México, trouxe certo alívio a investidores, que têm reagido com preocupação a sinalizações de maior protecionismo pelo governo Trump.

O norte-americano S&P 500 praticamente estável.

Trump divulgou em sua conta no Twitter que realizará uma reunião nesta quinta-feira na Casa Branca sobre as planejadas sobretaxas sobre o aço e o alumínio.

DESTAQUES

- VALE ON (SA:VALE3) cedia 3,1 por cento, em meio a uma nova queda nos preços do minério de ferro à vista na China, também pesando negativamente no Ibovespa.

- ITAÚ UNIBANCO perdia 1,31 por cento e BRADESCO PN (SA:BBDC4) recuava 1,65 por cento, pressionando o Ibovespa dada a fatia relevante que detêm no índice. SANTANDER BRASIL UNIT (SA:SANB11) perdia 1,48 por cento, enquanto BANCO DO BRASIL (SA:BBAS3) tinha variação negativa de 0,25 por cento.

- ELETROBRAS PNB (SA:ELET6) caía 5,9 por cento e ELETROBRAS ON (SA:ELET3) perdia 4,8 por cento, liderando as perdas do Ibovespa. Investidores seguem atentos ao noticiário ligado à aguardada desestatização da companhia.

- EMBRAER (SA:EMBR3) caía 5,27 por cento, em destaque na ponta negativa, com a repercussão negativa do resultado do quarto trimestre, que mostrou o lucro líquido caindo cerca de 82 por cento na comparação anual, para 117,2 milhões de reais. O resultado operacional medido lucro antes de juros e impostos (Ebit) ajustado caiu para 435 milhões de reais ante 816,9 milhões de reais no mesmo período de 2016.

- MAGAZINE LUIZA (SA:MGLU3) perdia 4,05 por cento e VIA VAREJO UNIT (SA:VVAR11) recuava 2,56 por cento. A Reuters noticiou na noite de quarta-feira, citando fontes, que a Amazon.com se reuniu com fabricantes de eletrônicos, perfumaria e outros produtos na última semana para anunciar que passará a comprar diretamente as mercadorias e se encarregará da armazenagem e entrega delas no Brasil.

- PETROBRAS PN (SA:PETR4) cedia 0,92 por cento e PETROBRAS ON (SA:PETR3) recuava 1,07 por cento, em um dia de fraqueza dos preços do petróleo no exterior.

- LOCALIZA ON (SA:RENT3) subia 6,44 por cento, maior alta do Ibovespa, após reportar lucro líquido de 133 milhões de reais no quarto trimestre, superando em 27,4 por cento o resultado líquido apurado no mesmo intervalo de 2016. Analistas do JPMorgan escreveram em nota a clientes que a empresa de locação de veículos e gestão de frotas divulgou números excelentes.

- LOJAS AMERICANAS PN (SA:LAME4) avançava 1,93 por cento, também na ponta positiva do Ibovespa, tendo no radar números do quarto trimestre, o anúncio de que vai integrar a logística com sua controlada B2W (SA:BTOW3) e a reestruturação da gestão. B2W, que não está no Ibovespa, caía 10,3 por cento, também após balanço trimestral, troca no comando e a notícia sobre a Amazon no Brasil.

- FIBRIA ON (SA:FIBR3) e SUZANO avançavam 5,25 e 4,5 por cento, respectivamente, tendo no radar reportagem do jornal Valor Econômico de que as duas companhias estão perto de anunciar um acordo de combinação de seus ativos.

- AZUL PN (SA:AZUL4), que não está no Ibovespa, subia 1,68 por cento, após registrar lucro líquido de 303,7 milhões de reais no quarto trimestre, um salto de quase 6 vezes ante o resultado positivo de 51,3 milhões de reais no mesmo trimestre de 2016, com as receitas crescendo mais do que os custos.

(Por Paula Arend Laier)

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