Brasil rejeita alegações dos EUA e diz não reconhecer legitimidade do USTR para investigar práticas comerciais do país
Investing.com - Os investidores começam o dia hoje de olho nos dados de emprego dos EUA que serão divulgados logo antes da abertura do mercado, enquanto internamente continuam seguindo os desdobramentos da crise política.
O Ibovespa Futuros opera em alta de 0,8% em um dia de queda no petróleo e alta no minério, além de bons dados vindos da indústria. Ontem, o Ibovespa cedeu 0,7% e foi a 62.288 pontos.
Às 9h30, o governo nos EUA publica o relatório de emprego que contém os dados do Payroll e a taxa de desemprego do país, que podem dar a indicação de uma economia fortalecida e apoiar uma alta de juros do Fed. A expectativa do mercado é de criação de 185 mil vagas não agrícolas e taxa de desemprego de 4,4%
Nesta semana, a ADP mostrou a criação de 253 mil vagas em maio contra expectativa de 185 mil postos.
O mercado já dá como certa a alta de juros na reunião de 14 de junho do Fed, com 88% dos investidores apostando que as taxas subirão para o intervalo de 1%-1,25%, de acordo com o Monitor da Taxa de Juros do Investing.com.
A dúvida permanece se os diretores do banco vão cumprir a promessa de elevar novamente os juros ainda este ano. Hoje, mais de 60% dos investidores não acreditam nesse caminho e veem as taxas até 1%-1,25% na última reunião de 2017.
Os índices futuros dos EUA mostram força e operam com ganhos. Dow e Nasdaq sobem 0,3% e o S&P 500 ganha 0,2%.
Na Europa o dia é positivo com ganhos de 1,5% no DAX, 1% no CAC 40 e 0,3% no FTSE 100.
Hoje, o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, fará pronunciamento público às 13h45. Logo depois, às 14h, saem os dados de contagem de sondas de petróleo em atividade nos EUA colhidos pela Baker Hughes.
Commodities
O minério de ferro corrigiu parte das quedas dos últimos dias e subiu 3,25% para US$ 57,79 a tonelada na venda spot do porto de Qingdao, na China. Os contratos futuros na bolsa de Dalian avançaram 1,9% e fecharam a 429,5 iuanes a tonelada.
O petróleo opera com novas perdas e vai abaixo dos US$ 47,50 o barril nas negociações nos EUA, mesmo após uma forte redução nos estoques dos EUA e o de olho no impacto da retirada do país do acordo climático. O Brent é vendido abaixo dos US$ 50, com recuo de quase 2%.
Política interna
Após os bons dados do PIB, corte da Selic e uma indicação de estabilidade no mercado de trabalho, o governo tenta surfar a onda da recuperação da economia. A produção industrial avançou 0,6% em abril, acima das expectativas de ganhos de de 0,1%. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a queda é de 4,5% abaixo das expectativas de -5,7%.
A crise política, contudo, não dá trégua e o PSDB pode dar um duro golpe no governo na próxima semana com o desembarque de parte de seus parlamentares da base aliada.
A PGR pediu novamente ontem a prisão do ex-deputado Rocha Loures, o que pode pressionar o ex-assessor de Temer para fazer uma delação premiada que complicaria o presidente. Loures perdeu o foro após Osmar Serraglio ser demitido do Ministério da Justiça e voltar para a Câmara.
Mundo corporativo
A Petrobras (SA:PETR4) fechou operação de financiamento com o Banco do Brasil (SA:BBAS3) de R$ 7 bilhões com vencimento em 2022, para amortizar e reduzir o custo da dívida, ao liquidar antecipadamente com o banco dívida no valor de R$ 6 bilhões que venceriam em 2019.
Ontem, a empresa confirmou que avalia aumentar a frequência de reajustes dos preços dos combustíveis vendidos nas refinarias em busca de maior eficiência.
A Cemig (SA:CMIG4) apresentou para investidores plano de desinvestimentos que soma R$ 6,564 bilhões, com expectativa de levantar a metade do valor até o fim do primeiro semestre de 2018. O objetivo é reduzir a dívida da companhia com a negociação de ativos em geração, gás, telecomunicação e transmissão.
A Justiça de São Paulo determinou o bloqueio de R$ 800 milhões das contas de Joesley Batista em investigação sobre lucro obtido com a comercialização de dólares às vésperas da divulgação da gravação com o presidente da República, Michel Temer.
Com Reuters