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Ibovespa futuro inicia a quarta-feira em queda após salto da última sessão

Publicado 10.09.2018, 09:14
© Reuters.  Ibovespa futuro inicia a quarta-feira em queda após salto da última sessão
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Investing.com - Depois de encerrar a sessão anterior com forte alta na repercussão do atentando contra o candidato Jair Bolsonaro (PSL), o índice futuro do Ibovespa abre a segunda-feira com queda de 0,26%, corrigindo assim parte do salto da semana passada. O dia deve ser marcado pelos desdobramentos das questões comerciais entre Estados Unidos e China, mas principalmente, na cena interna, pela tensa e agitada cena eleitoral brasileira.

A disputa comercial segue no radar, após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçar impor tarifas sobre quase todas as exportações chinesas aos EUA, e depois de uma publicação em sua conta no Twitter (NYSE:TWTR) que abalou os fornecedores da Apple (NASDAQ:AAPL).

Trump alertou na sexta-feira que está pronto para impor tarifas sobre praticamente todas as importações chinesas para os EUA, ameaçando tarifar mais 267 bilhões de dólares em produtos, além das taxas sobre os 200 bilhões de dólares em importações que devem entrar em vigor nos próximos dias.

A China disse na sexta-feira que vai aumentar as reduções fiscais sobre exportações para 397 itens, que vão desde produtos siderúrgicos até eletrônicos, em uma tentativa de aumentar as perspectivas de embarques em meio à guerra comercial com os Estados Unidos.

A agenda americana não reserva indicadores de destaque para a segunda-feira, com as atenções mantidas para os estoques de petróleo e Livro Bege (quarta-feira), bem como a inflação ao consumidor (quinta-feira). Na sexta, o dia é mais movimentado, com atenção especial para os dados das vendas do varejo e da produção industrial.

Por aqui, o cenário eleitoral deve monopolizar as atenções do mercado, principalmente após o atentado sofrido pelo candidato Jair Bolsonaro (PSL) na última quinta-feira em Juiz de Fora (MG). Bolsonaro está internado em São Paulo e deve ter alta somente na próxima semana.

A expectativa do mercado é de como o ataque pode ter repercutido nas intenções de voto. Está prevista para hoje a divulgação da uma nova pesquisa do Datafolha, que deve trazer os primeiros sinais. A visão de analistas é que, pelo menos, o ataque vai garantir uma maior exposição que o candidato não tinha com o pouco tempo no horário eleitoral.

A Fundação Getulio Vargas (FGV), informou nesta segunda-feira que o Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) iniciou setembro com alta de 0,13 por cento na primeira quadrissemana, depois de ter terminado agosto com avanço de 0,07 por cento,

Na primeira leitura do mês, o destaque foi o grupo Alimentação, cujos preços apresentaram aumento de 0,18 por cento, após alta de 0,06 por cento no levantamento anterior.

A semana terá como destaque a divulgação de números importantes do IBGE, como é o caso das Vendas do Varejo e do índice de atividade do Setor de Serviços, ambos de julho.

Bolsas Internacionais

Em TÓQUIO, o índice Nikkei avançou 0,30 por cento, a 22.373 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 1,33 por cento, a 26.613 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 1,21 por cento, a 2.669 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,45 por cento, a 3.230 pontos.

O dia se mostra positivo para a maior parte das praças europeias. Em Frankfurt, o DAX tem ganhos de 0,43% aos 12.010,13 pontos, enquanto que em Londres o FTSE soma 0,38% aos 7.305,02 pontos. Já em Paris, o CAC tem valorização de 0,51% aos 5.278,55 pontos.

Commodities

Os contratos futuros do minério de ferro encerram a sessão desta segunda-feira, na bolsa de mercadorias chinesa da Dalian, com queda de 0,70% a 497,50 iuanes por tonelada, nos ativos de maior liquidez e data de entrega em janeiro de 2019. Dessa forma, a variação foi de 3,50 iuanes por tonelada na sessão.

No caso do vergalhão de aço, com os ativos transacionados na bolsa de mercadorias de Xangai, na China, o dia foi positivo para todos os contratos. O ativo de maior liquidez, para janeiro de 2019, os ganhos foram 74 iuanes, aos 4.284 iuanes por tonelada. Já os papéis de outubro, segundo em volume de negócios, a alta foi de 125 iuanes a 4.591 iuanes por tonelada.

A sessão é também de ganhos para o petróleo, que registra ganhos de 0,77% em Nova York, como WTI avançando US$ 0,52 a US$ 68,27. Em Londres, o barril do tipo Bret soma 0,87%, ou US$ 0,67, a US$ 77,50.

Mercado Corporativo

As operadoras de planos de saúde podem ter pago, indevidamente, no ano passado, R$ 27,8 bilhões com despesas hospitalares e pedidos de exame cobrados por meio de fraudes e procedimentos desnecessários. O levantamento foi publicado no estudo “Impacto das fraudes e desperdícios sobre gastos da Saúde Suplementar”, realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

O estudo mostra que, no ano passado, as fraudes e desperdícios representam 19% das despesas assistenciais dos planos de saúde com médicos e hospitais, que ficaram em R$ 145,4 bilhões. As estimativas do estudo mostram que, dessa porcentagem, entre 12% e 18% dos gastos indevidos caracterizam fraude no registro indevido de itens, e de 25% a 40% em pedidos de exames laboratoriais que não são necessários.

A Pirelli informou nesta sexta-feira que encerrou suas operações na Venezuela, vendendo sua fábrica de pneus de carros por uma quantia não especificada e elevando o número de empresas estrangeiras abandonando o país devastado por uma crise.

A Pirelli, propriedade da estatal chinesa ChemChina, informou que a venda para um consórcio de empreendedores da América do Sul e companhia Sommers International não terá impacto financeiro.

A fábrica da Pirelli na cidade de Valencia estava fechada desde o começo da semana passada, quando cerca de 100 de seus 700 funcionários protestaram do lado de foram após encontrarem os portões fechados.

Em comunicado nesta sexta-feira, a companhia sediada em Milão informou que o acordo de venda pedia "continuidade de empregos".

À espera de uma antecipação de parte do empréstimo no valor de US$ 50 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), a Argentina vive o pior momento da gestão do presidente Maurício Macri, deixando aceso o sinal de alerta no Brasil, já que o país vizinho é o terceiro maior parceiro comercial atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), de janeiro a agosto, os argentinos consumiram 7,28% das exportações brasileiras, uma alta de 1,11%, comum saldo favorável ao Brasil de US$ 4,28 bilhões. A avaliação é do economista Jackson De Toni, gerente de Planejamento e Inteligência da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI)

Apesar de toda essa situação, “não há motivo para pânico”, diz ainda De Toni, Ele observou que, mesmo diante de um cenário de austeridade que, certamente, levará a uma queda do consumo interno, o país vizinho tende a fechar 2018 com crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) entre 1% e 2%. E se o aporte de recursos do FMI for concretizado como o esperado, De Toni acredita que isso dará maior credibilidade sobre a capacidade de pagamentos por parte da Argentina ainda que isso custe caro à população e ainda careça de estratégias para retomar o crescimento.

O economista pontuou que embora tenha “tomado medidas para recuperar investimentos, conter o deficit público e retomar, em certo sentido, o desenvolvimento da economia argentina,” Macri não foi bem sucedido e foi forçado a adotar o atual plano de contenção para sanear as finanças em decorrência tanto de questões internas quanto da política monetária dos Estados Unidos. Com juros mais atrativos, fica latente a migração dos investidores para aquele mercado.

Agenda de Autoridades

O presidente Michel Temer tem como único compromisso oficial nesta segunda-feira uma reunião com Dyogo Oliveira, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Já a segunda-feira do ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, será marcada apenas por despachos internos em seu gabinete em Brasília.


Com Reuters.

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