Investing.com - O índice futuro do Ibovespa iniciou a jornada desta segunda-feira com queda de 0,30% aos 86.095 pontos, seguindo a tendência de indefinição das bolsas internacionais. O dia é marcado por tendências opostas nas commodities, com o minério de ferro em alta e o petróleo em queda.
A semana reserva importantes indicadores na agenda econômica dos Estados Unidos, com destaque a primeira prévia do Produto Interno Bruto do país, números que serão divulgados na sexta-feira. A temporada de balanços por lá trará resultados de importantes empresas.
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse no sábado que pode viajar para a China, o que pode aliviar as tensões entre as duas maiores economias do mundo, no momento em que autoridades internacionais reconhecem que Pequim precisa mudar suas práticas comerciais.
No restante da região, os mercados recuaram com investidores se preparando para uma série de resultados das maiores empresas do mundo, enquanto mantêm um olhar cauteloso sobre os rendimentos dos Treasuries dos EUA.
No cenário interno, sem grandes indicadores na agenda econômica, o mercado se volta para a divulgação da demonstração financeiras de importantes empresas que fazem parte do Ibovespa. No campo político, a expectativa é para a divulgação da pesquisa de intenção e votos para a presidência realizada pelo Ibope. Será o primeiro levantamento do instituto após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os números devem ser divulgados na terça-feira.
Bolsas Internacionais
Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 0,33%, a 22.088 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 0,54%, a 30.254 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 0,09%, a 3.068 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,16%, a 3.766 pontos.
Na Europa, com os mercados abertos, o DAX, de Frankfurt, recua 0,09% aos 12.529,12 pontos, enquanto em Londres o FTSE cai 0,06% aos 7.363,50 pontos. Já em Paris, o CAC 40 apresenta retração de 0,10% aos 5.407,24 pontos.
Commodities
Os contratos futuros do minério de ferro, com vencimento em setembro, fecharam a jornada desta segunda-feira, na bolsa chinesa da Dalian, com valorização de 2,14% a 477,0 iuanes por tonelada do produto. Com isso, na sessão, o ganho foi de 10 iuanes em cada tonelada da commodity.
Já para o vergalhão de aço, os ativos com data de vencimento em outubro tiveram ganhos de 69 iuanes para um total de 3.544 iuanes por tonelada do produto no contrato de maior liquidez na bolsa de Xangai. Já o papel mais curto, entrega em maio, a valorização foi de 68 iuanes a 3.816 iuanes por tonelada.
No caso do petróleo, a jornada é marcada por desvalorização do produto. Em Nova York, o barril do tipo WTI é negociado com queda de 0,56%, ou US$ 0,38, a US$ 68,02. Já do outro lado do oceano, o Brent tem perdas de 0,27%, ou US$ 0,20, a US$ 73,86.
Mercado Corporativo
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou em ofício a distribuidora paulista de energia Eletropaulo (SA:ELPL3) sobre "o sentido econômico" para a companhia em levar adiante uma já anunciada oferta pública primária de ações num momento em que é alvo de propostas de aquisição por grandes grupos, como Neoenergia, Enel (MI:ENEI) e Energisa (SA:ENGI4).
Em resposta, a Eletropaulo disse que "se manifestará no prazo determinado" sobre o ofício, que colocou para a empresa também questões apresentadas ao regulador e ao Tribunal de Contas da União (TCU) pela italiana Enel, que tem mostrado forte apetite e tem um lance na mesa pela compra da distribuidora.
A Eletropaulo anunciou a oferta de 58,9 milhões de ações para levantar recursos para seu plano estratégico. Mas a operação ocorre em paralelo a ofertas públicas lançadas por Neoenergia, Enel e Energisa para comprar até a totalidade das ações da companhia em leilões na bolsa (OPAs).
A elétrica paulista chegou a assinar um acordo de investimento com a Neoenergia, controlada pela espanhola Ibedrola, pelo qual a empresa compraria até a totalidade da oferta primária da distribuidora. Mas, em meio à briga pelo controle da companhia, o negócio tem sido questionado pela Enel.
Além do acordo de investimento sobre a oferta, a Neoenergia tem na mesa uma oferta pública de aquisição (OPA) de até a totalidade das ações da Eletropaulo por R$ 29,40 por papel, apresentada na sexta-feira.
Antes, o maior lance era da italiana Enel, de uma OPA a R$ 28 por ação da Eletropaulo, acompanhada de uma injeção de R$ 1,5 bilhão na companhia por meio de um aumento de capital. A Energisa, primeira a apresentar oferta, propôs uma OPA de R$ 19,38 por ação da distribuidora, a maior do Brasil em faturamento.
Ainda no cenário corporativo, destaque para a semana movimentada de balanços corporativos com destaque para Santander (SA:SANB11), Fibria (SA:FIBR3), Vivo, Vale (SA:VALE3), Bradesco (SA:BBDC4), Bradesco, Pão de Açúcar (SA:PCAR4), Suzano (SA:SUZB3) e Embraer (SA:EMBR3).
Agenda de Autoridades
Em sua agenda oficial, divulgada no site do Planalto, Michel Temer não tem compromissos para a segunda-feira, dedicando o dia para despachos internos em seu gabinete.
Já o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, segue em viagem aos Estados Unidos. Hoje os compromissos serão em Nova York, participando da Apresentação no ‘2018 Brazil Summit’ e de reunião com investidores organizada pelo Bradesco. Guardia também estará presente no almoço com investidores, organizado pelo Observatory Group.