Investing.com - Após fechar em leve alta na sessão de ontem, o índice futuro do Ibovespa inicia a terça-feira com ganhos de 0,68% aos 87.228 pontos, seguindo a tendência das bolsas internacionais. Os sinais de que o governo de Donald Trump enfrentará resistência até mesmo de aliados para aprovar a taxação na importação de aço e alumínio deram certa tranquilidade aos investidores.
Na agenda do dia, destaque para os números da produção industrial brasileira de janeiro, que teve queda de 2,4% na comparação com dezembro de 2017, interrompendo, assim, quatro meses de resultados positivos seguidos, que acumularam ganho de 4,3%. Essa foi a maior queda desde fevereiro de 2016 (-2,5%). No acumulado de 12 meses, a alta é de 2,8%, com a média móvel trimestral de 0,3%.
No campo político, o dia deve ser de repercussão da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, que autorizou a quebra do sigilo bancário do presidente Michel Temer. Em nota, divulgada, a Presidência da República informou que Temer irá solicitar ao Banco Central todos os seus extratos bancários e a divulgação desses.
Ásia
Os mercados acionários da China se recuperaram nesta terça-feira, ajudados por ganhos robustos em ações dos setores imobiliário e de saúde, diante do alívio nas preocupações com uma iminente guerra comercial. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, avançou 1,23 por cento, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,02 por cento.
Em Tóquio, o Nikkei fechou com valorização de 1,79% aos 21.417 pontos, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng teve forte alta de 2,09% aos 30.510 pontos.
Europa
Em Frankfurt, o DAX trabalha com valorização de 1,31% aos 12.248,41 pontos, enquanto em Paris o CAC 40 soma 1,30% aos 5.214,30 pontos. Em Londres, o FTSE avança 1,13% aos 7.196,50 pontos.
Commodities
Os contratos futuros do minério de ferro fecharam a jornada desta terça-feira com nova desvalorização de 1,70% a 520,5 iuanes por tonelada da commodity. Essa é a terceira queda consecutiva dos contratos de vencimento em maio na bolsa da Dalian, que acumulam perdas de 4,24% em março.
Já para o vergalhão de aço, os contratos com vencimento no quinto mês do ano, tiveram perdas de 11 iuanes, encerrando a sessão a 3.969 iuanes por tonelada na bolsa de mercadorias de Xangai. O segundo contrato mais líquido, de outubro, perdeu 2 iuanes a 3.841 iuanes por tonelada.
Em Nova York, os futuros do WTI, para entrega em março avançam 0,50% para fechar a US$ 62,88 o barril, enquanto em Londres, o Brent ganhou 0,35% para encerrar a sessão negociado a US$ 65,77 o barril.
Noticiário Corporativo
A Minerva (SA:BEEF3) Foods reportou prejuízo líquido de R$ 313,5 milhões no quarto trimestre de 2017, revertendo um lucro líquido de R$ 12,3 milhões registrado em igual período de 2016. No ano, o prejuízo acumulado foi de R$ 280,9 milhões ante um lucro de R$ 195 milhões do ano anterior. O Ebitda ajustado somou R$ 363,4 milhões entre outubro e dezembro, um aumento de 45,4% ante igual período de 2016.
A M. Dias Branco (SA:MDIA3) anunciou na tarde de ontem que registrou queda de 14,5% em seu lucro líquido no quarto trimestre de 2017 na comparação com o mesmo período do ano anterior, para R$ 201,9 milhões. A receita líquida caiu 2,6%, para R$ 1,363 bilhão e o Ebitda recuou 19,3%, a R$ 194,3 milhões.
Ontem, o Ministério da Agricultura decidiu suspender a operação de quatro fábricas da BRF (SA:BRFS3) no Paraná, Goiás e Santa Catarina após a nova fase da operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira. O ministério afirmou que estão sob investigação as fábricas da BRF em Rio Verde (GO) e Carambei (PR), de carne de frango, e em Mineiros (GO), perus. Uma fábrica de rações em Chapecó (SC) também está sendo investigada.
Com a suspensão das operações, houve também o bloqueio das exportações pelos frigoríficos envolvidos para 12 destinos: África do Sul, Argélia, Coreia do Sul, Israel, Irã, Macedônia, Maurício, Tadjiquistão, Suíça, Ucrânia, Vietnã e União Europeia, afirmou o ministério.