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Ibovespa Futuros sobe com exterior morno; tensão com presidente do BB no radar

Publicado 14.01.2021, 07:58
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Por Ana Carolina Siedschlag

Investing.com - O Ibovespa Futuros abriu em em alta, avançando 0,38% perto das 9h12, seguindo o exterior morno à espera do anúncio sobre o plano econômico americano pelo presidente eleito Joe Biden e pelo discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, à tarde. Por aqui, a ameaça de demissão do presidente do Banco do Brasil (SA:BBAS3), André Brandão, pelo Planalto, como reportado por várias agências de notícias na véspera, paira sob o sentimento do investidor brasileiro, preocupado com a interfência do governo no banco estatal.

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Nesta manhã, o Dow Jones Futuros e o S&P 500 Futuros subiam 0,33% e 0,12%, enquanto o Nasdaq 100 Futuros caía 0,36%, de olho ainda no processo de impeachment contra o presidente Donald Trump aprovado pela Câmara dos Representantes americana, mas que deve demorar mais um pouco para passar pelo Senado.

No plano local, agências de notícias brasileiras reportaram nesta quarta-feira (13) que o presidente Jair Bolsonaro teria se irritado com o plano de reestruturação anunciado por Brandão, que inclui o fechamento de agências do Banco do Brasil e o lançamento de um programa de demissão voluntária. O presidente do BB permanece no cargo, por ora, dizem os jornais.

Às 15h, pelo horário de Brasília, o ministro Paulo Guedes e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, um dos responsáveis pela indicação de Brandão ao cargo do banco estatal, se reúnem junto a secretários da pasta e diretores do BC.

Voltando ao exterior, na Europa, as bolsas operavam em alta, com o DAX, principal índice alemão, avançando 0,35% e o STOXX 600 com alta de 0,39%. O FTSE 100, principal do Reino Unido, subia 0,32%.

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A economia da Alemanha encolheu 5% em 2020, menos do que o esperado, uma vez que forte resposta estatal ajudou a limitar os problemas causados pela pandemia de Covid-19, mostraram nesta quinta-feira dados preliminares da agência de estatísticas.

A contração do Produto Interno Bruto foi menor do que a expectativa de queda de 5,1% em relação ao recuo recorde de 5,7% sofrido em 2009 durante a crise financeira global.

Por outro lado, as exportações chinesas cresceram mais do que o esperado em dezembro, mostraram dados da alfândega nesta quinta-feira, uma vez que os distúrbios pelo coronavírus em todo o mundo alimentaram a demanda por produtos chineses mesmo que o iuan mais forte tenha tornado os embarques mais caros.

Uma robusta recuperação doméstica também ajudou no apetite chinês por produtos estrangeiros em dezembro, com o crescimento das importações acelerando sobre o mês anterior

As exportações aumentaram 18,1% em dezembro na comparação com o ano anterior, desacelerando ante o salto de 21,1% em novembro, mas superando as expectativas de alta de 15%.

As importações cresceram 6,5% no mês passado na comparação anual, contra expectativa de 5% e ante ritmo em novembro de 4,5%.

Os índices acionários da China fecharam em baixa nesta quarta-feira com os investidores realizando lucros em ações de consumo e saúde depois que o índice de blue-chips atingiu máxima de fechamento de 13 anos na sessão anterior.

O índice de blue-chips Shanghai Shenzhen CSI 300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou em queda de 0,33%. enquanto o Shanghai Composite recuou 0,27%.

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Entre as commodities, os preços do petróleo tinham leve queda após o relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a Opep, alertar para uma lentidão na recuperação econômica global durante o primeiro trimestre. O grupo manteve a previsão de demanda global em 27,2 milhões de barris por dia.

Ontem, dados da Agência Internacional de Energia confirmaram um recuo nos estoques de petróleo nos EUA. A produção caiu 3,2 milhões na última semana, contra expectativa de recuo de 2,2 milhões.

Perto das 9h30, o Petróleo Brent Futuros caía 0,48%, a US$ 55,79 o barril, enquanto o Petróleo WTI Futuros recuava 0,23%, a US$ 52,79.

Agenda do dia

Bolsonaro tem reuniões separadas com os ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, Milton Ribeiro, da Educação, Pedro Cesar Souza, da Secretaria-Geral da Presidência, e Ernesto Araújo, das Relações Exteriores.

Já Guedes, além do encontro com Campos Neto, tem reuniões com secretários da pasta, incluindo o do Tesouro, Bruno Funchal, enquanto o presidente do BC participa da All Governors' Meeting, promovida pelo Banco de Compensações Internacionais.

Na agenda de indicadores, os EUA divulgam os pedidos iniciais por seguro-desemprego da última semana, enquanto os discursos de dirigentes do Federal Reserve voltam a chamar atenção, incluindo hoje uma fala do presidente do BC americano, Jerome Powell, às 14h30, horário de Brasília.

Notícias do dia

Vacinação - O governo federal disse a empresários, em reunião virtual realizada na quarta-feira e promovida pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que a aquisição de vacinas por empresas para imunização de funcionários será proibida, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

Notícias corporativas

Petrobras (SA:PETR4) - A Petrobras divulgará relatório de produção e vendas do quarto trimestre de 2020 no próximo dia 2 de fevereiro, enquanto os resultados financeiros do último trimestre do ano passado serão publicados em 24 de fevereiro, informou a empresa nesta quarta-feira.

Cargill - A trading global de commodities Cargill está em negociações com a Copersucar para deixar a Alvean, joint venture de comercialização de açúcar formada pelas empresas, disse a companhia brasileira em comunicado nesta quarta-feira.

Educação - O cenário para o setor de educação segue nebuloso, sobretudo para a educação superior, na análise do BTG Pactual (SA:BPAC11) em relatório distribuído nesta quarta-feira. O banco elegeu como favoritas no setor empresas menos suscetíveis ao cenário adverso: a Ânima, que se beneficia de seu foco no nicho de alta qualidade, de sinergias de aquisições recentes e da relevante exposição a cursos de medicina; e a Vitru, focada no ensino à distância.

--Com informações de Reuters, Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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