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Índice Futuros do Ibovespa abre em queda seguindo pessimismo do exterior

Publicado 07.05.2019, 09:05
© Reuters.  Índice Futuros do Ibovespa abre em queda seguindo pessimismo do exterior
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Investing.com - O índice futuro do Ibovespa abre a jornada desta terça-feira operando com queda de 0,34% aos 95.150 pontos. O dia é mais uma vez marcado por pessimismo no cenário externo, com os investidores cautelosos diante de uma possível volta na disputa comercial entre os Estados Unidos e China.

O dia no cenário interno deve ser marcado pelo monitoramento na Comissão Especial da Câmara dos Deputados sobre a Reforma da Previdência - que inicia suas atividades nesta terça-feira - e também pela temporada de balanços. Além dos números divulgados na noite de ontem, e na manhã de hoje, o destaque fica para a expectativa dos números da Petrobras (SA:PETR4), TIM (SA:TIMP3), Gerdau (SA:GGBR4), Braskem (SA:BRKM5), CSN (SA:CSNA3), Grupo Pão de Açúcar (SA:PCAR4), entre outras empresas, todos marcados para o final da tarde de hoje.

O vice-primeiro-ministro da China, Liu He, visitará os Estados Unidos nesta semana para negociações comerciais, disse Pequim nesta terça-feira, minimizando o aumento na tensão depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, prometeu impor novas tatifas.

Autoridades dos EUA disseram que a China voltou atrás em compromissos substanciais feitos durante meses de negociações para encerrar a guerra comercial entre os dois países.

Bolsas Internacionais

Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 1,51 por cento, a 21.923 pontos. Em HONG KONG, o índice HANG SENG subiu 0,52 por cento, a 29.363 pontos. Em XANGAI, o índice SSEC ganhou 0,69 por cento, a 2.926 pontos. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, avançou 0,98 por cento, a 3.720 pontos.

Apesar disso, o dia se mostra negativo para a maior parte dos mercados de ações da Europa. O DAX, de Frankfurt, tem queda de 0,60% aos 12.213 pontos, enquanto que em Londres, o FTSE perde 1,03% aos 7.302 pontos. Já em Paris, o CAC tem desvalorização de 0,75% aos 5.441 pontos.

Commodities

A sessão desta terça-feira foi marcada por uma importante valorização nos preços do contratos futuros do minério de ferro, negociados na bolsa chinesa da cidade de Dalian. O ativo com o maior volume de negócios, e data de vencimento em setembro deste ano, somou 2,84%, ou 18 iuanes, para um total de 652,00 iuanes para cada tonelada do produto.

Da mesma forma, o dia foi positivo para a grande parte dos papéis do vergalhão de aço, que são transacionados na também chinesa bolsa de mercadorias de Xangai. O contrato com mais liquidez, com data de entrega em outubro deste ano, somou 9 iuanes para um total de 3.767 iuanes por tonelada. Por outro lado, o segundo mais negociado, de maio, caiu 1 iuan para 4.150 iuanes por tonelada.

Já para o petróleo, a terça-feira se mostra como negativa para a cotação do produto. Em Nova York, o barril do tipo WTI recua 1,03%, ou US$ 0,64, a US$ 61,61. Já em Londres, o barril do tipo Brent cede 1,28%, ou US$ 0,91, a US$ 70,33.

Mercado Corporativo

BR Distribuidora

A BR Distribuidora (SA:BRDT3), empresa de combustíveis controlada pela Petrobras, reportou lucro líquido de 477 milhões de reais no primeiro trimestre, salto de 93 por cento na comparação anual, em resultado ajudado por menor despesa financeira e pelo reconhecimento de recebíveis junto a distribuidoras de energia da Eletrobras (SA:ELET3) que foram privatizadas.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou 841 milhões de reais, 8,8 por cento acima do visto em mesmo período do ano anterior.

AES Tietê

A elétrica AES Tietê (SA:TIET11), controlada pela norte-americana AES, reportou lucro líquido de 62 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 13,3 por cento na comparação anual, impulsionada pelo resultado das operações de suas usinas eólicas e solares, conforme comunicado na noite de segunda-feira.

A companhia, que atua com geração de energia renovável e baterias, teve um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 264,3 milhões de reais, avanço de 2,1 por cento frente ao primeiro trimestre do ano passado.

Vale

A Vale (SA:VALE3) informou nesta segunda-feira que as operações a úmido da mina de minério de ferro Brucutu, a maior da empresa em Minas Gerais, foram paralisadas após decisão do Tribunal de Justiça do Estado.

A decisão do TJ, disse a Vale, suspendeu os efeitos de outra sentença que autorizava a retomada da mina, com capacidade de 30 milhões de toneladas ao ano. A retomada em Brucutu poderia amenizar o impacto de outras paralisações de operações na Vale, na sequência do rompimento mortal da barragem da companhia em Brumadinho (MG).

Mosaic

A empresa de fertilizantes Mosaic revisou nesta segunda-feira o guidance anual para seu lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) para um intervalo de 2 bilhões a 2,3 bilhões de dólares, citando as novas regulações para barragens de rejeitos no Brasil como um dos motivos.

A Mosaic apontou ainda um aumento nas taxas sobre recursos no Canadá e o atraso nas recuperações das margens no fosfato, anunciando também uma alteração no guidance do lucro ajustado por ação (EPS), para 1,5 dólar a 2 dólares.

Linhão de transmissão em Roraima

O projeto de um linhão de transmissão que conectaria Roraima ao sistema elétrico interligado do Brasil poderá ter a receita elevada por decreto pelo governo, para garantir o interesse das empresas responsáveis em levar adiante a empreitada após anos de atrasos, disseram à Reuters duas fontes próximas do assunto.

A concessão para o empreendimento entre Boa Vista e Manaus foi arrematada ainda em 2011 pela Transnorte, associação da privada Alupar (SA:ALUP11) (51 por cento) com a estatal Eletrobras, mas as companhias até hoje não conseguiram todas licenças ambientais necessárias para iniciar obras.

Gol

A demanda total por assentos em voos da Gol (SA:GOLL4) cresceu mais do que a oferta em abril, elevando o nível de ocupação das aeronaves, em meio à crise na rival Avianca Brasil.

Segundo a Gol, a procura por vagas em suas aeronaves no mês passado foi 7,8 por cento maior do que no mesmo período de 2018. Enquanto isso, a oferta de assentos avançou 6,7 por cento nos mesmos períodos de comparação. Com isso, a taxa de ocupação nos voos da empresa subiu 0,8 ponto percentual, a 80,8 por cento.

A taxa de ocupação nos voos domésticos da companhia cresceu 0,5 ponto percentual em abril, enquanto nas viagens internacionais houve um avanço de 3,3 pontos percentuais.

BB Seguridade

A BB Seguridade (SA:BBSE3), que reúne os negócios de seguros e previdência do Banco do Brasil (SA:BBAS3), teve lucro ajustado de 1,01 bilhão de reais, crescimento de 11,7 por cento ante mesma etapa do ano passado.

As aplicações em títulos renderam um resultado financeiro 60,8 por cento maior ano a ano, impulsionado pela deflação do IGP-M de atualização das reservas de planos tradicionais, e elevação do IPCA, que afetaram o resultado da Brasilprev.

Isso compensou com sobras na última linha o desempenho operacional mais fraco, com o volume total de prêmios emitidos de seguros, contribuições de previdência e arrecadação com títulos de capitalização somando 11,2 bilhões de reais, queda de 12,1 por cento no comparativo anual.

Avianca

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo decidiu nesta segunda-feira suspender o leilão de ativos da companhia aérea Avianca Brasil, que estava marcado para terça-feira, após receber queixa da operadora aeroportuária Swissport Brasil.

A Swissport, que afirma deter 17 milhões de reais em dívida da Avianca Brasil, contestou a realização do leilão afirmando que o plano de recuperação judicial da quarta maior companhia aérea do país é “baseado na transferência de slots, o que é vedado pela legislação”.

“Não se pode olvidar preocupante manifestação da Anac...por meio da qual mostra-se contrária às tratativas relacionadas à alienação de slots como se fizessem parte do ativo da empresa, uma vez que tal previsão afeta negativamente a competência da autarquia federal”, afirmou o relator do caso, Ricardo Negrão, da 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial do TJ paulista.

Agenda de Autoridades

O presidente Jair Bolsonaro começa a terça-feira com uma reunião com Onyx Lorenzoni, Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Em seguida, recebe o Deputado Reinhold Stephanes Junior (PSD/PR), fechando a manhã com uma reunião com Fernando Azevedo, Ministro de Estado da Defesa.

Na parte da tarde, participa da 11ª Reunião do Conselho de Governo e também da Solenidade de Assinatura do Decreto da Nova Regulamentação do Uso de Armas e Munições.

Tem ainda reunião com Floriano Peixoto, Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República e também com Raquel Dodge, Procuradora-Geral da República.

Já o dia do ministro da Economia, Paulo Guedes, tem reunião na parte da manhã com os senadores Marcelo Castro (MDB-PI) e Fernando Bezerra (MDB-PE) e, na parte da tarde, participa da 11ª Reunião do Conselho de Governo.

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