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Resumo Semanal: Temer apresenta concessões e veta reajuste para dar nova cara ao governo

Publicado 16.09.2016, 17:06
© Reuters.  Resumo: Temer apresenta concessões e veta reajuste para dar nova cara ao governo
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Investing.com - O governo Michel Temer deu importantes sinais ao mercado nesta semana marcada pela cassação do mandato de deputado federal de Eduardo Cunha, tido como último obstáculo da crise política que atingiu seu ápice no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Com o fim da interinidade no último dia de agosto, o governo passou a ser cobrado mais mais vigor para entregar os resultados fiscais e a reformas prometidas, ao mesmo tempo em que se vê em uma batalha diária para garantir uma base de apoio sólida no Congresso.

No começo da semana, o lançamento do pacote de concessões com perfil muito mais pró-mercado – abandonando a priorização da modicidade tarifária que marcou os leilões especialmente do governo Dilma –, trouxe projetos logísticos, especialmente ferroviários. A partir de 2017, a União irá ofertar com menos subsídio e participação do BNDES portos, aeroportos, blocos de petróleo e ativos na área de energia elétrica, além da área de jogos da Caixa Econômica Federal.

Nesta primeira sinalização, o governo demonstra o interesse de atrair e remunerar melhor o capital privado nacional, mas, especialmente, o internacional com editais com versões em inglês e prazo estendido entre a publicação e o leilão.

Na quinta-feira à noite, o segundo recado foi dado ao mercado com o veto integral ao reajuste dos defensores públicos federais. O aumento de mais de 60% nos vencimentos dos servidores já havia sido acertado entre a categoria e o governo antes da aprovação no Congresso e essa virada de mão pode indicar que novos reajustes não serão concedidos com o objetivo de garantir o cumprimento da meta fiscal. Na linha de frente está o pesado reajuste dos juízes do STF com grande impacto no efeito cascata, que pressionaria as contas da União e dos estados.

Na seara política, contudo, o governo continua a enfrentar pressões para adiar as reformas da Previdência e trabalhista e de manutenção de sua base aliada, de olho nas eleições de outubro e no comando das duas casas do Congresso em 2017. A pressão também vem dos governadores que, mesmo após terem conseguido aprovar a renegociação da dívida com suspensão do pagamento mensal para a União, seguem sem fechar as contas e pedem apoio financeiro.

No médio prazo, o deputado cassado Eduardo Cunha poderá dificultar a governabilidade de Michel Temer. Cunha já anunciou a publicação de um livro contando os bastidores de sua presidência na Câmara, o que poderá trazer embaraços para parlamentares, ministros e, até mesmo, ao presidente da República. Mas o maior receio em relação ao ex-deputado está na possibilidade de ele fechar um acordo de delação premiada, em um depoimento que poderá ser explosivo e arrastar diversos políticos hoje no poder para o centro da Lava Jato.

Mercado Financeiro

Fed. A semana foi marcada pela volatilidade do mercado buscando sentido nos sinais da economia americana para identificar a tendência do Fed elevar ou não os juros na próxima semana. A cada dado econômico ou fala de dirigentes do banco central, o mercado reagiu fortemente tanto para cima, quanto para baixo. No Fed Rate Monitor Tool do Investing.com, as apostas do mercado variaram entre 9% e 24% nas apostas de aumento de juros. O comportamento dos investidores promete mais uma semana de instabilidade nas bolsas mundiais até a leitura do comunicado, na busca do menor detalhe de quando haverá o esperado aumento.

Bovespa. O principal índice da bolsa brasileira caiu pela segunda semana seguida em um movimento de realização e correção das blue chips, amplificando a volatilidade externa. O Ibovespa fechou a sexta-feira a 57.079 pontos, queda de 1,5% frente aos 57.999 da semana passada.

Dólar. A volatilidade internacional afetou fortemente a cotação da moeda frente ao real, com variação entre R$ 3,24 e a máxima de dois meses R$ 3,36. Na sexta-feira, o posicionamento do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de que o banco interferirá menos no câmbio pesou sobre a moeda, que encerrou a semana a R$ 3,26.

Petrobras (SA:PETR4). A principal empresa brasileira recuou 2,6% na semana e fechou negociada a R$ 13,16, após ter operado acima dos R$ 14 durante a semana. A produção da companhia bateu recorde em agosto. A expectativa do mercado é de um corte de US$ 20 bilhões no novo plano de negócios quinquenal que deverá ser divulgado na próxima semana. A petroleira deverá investir cerca de US$ 77 bilhões entre 2017 e 2021, forte retração quando se comparada à previsão de US$ 220 bilhões publicada em 2014 para os anos 2015-2019.

Vale (SA:VALE5). Em um momento de baixa no Ibovespa, com perdas de mais de 10% nos últimos 30 dias, a mineradora registrou queda de 3,7% na semana, acompanhando o pessimismo em relação à cotação do minério de ferro. A empresa anunciou ter obtido licença para operar o ramal ferroviário do megaprojeto S11D, no Pará.

Siderurgia. Após terem figurado entre as ‘queridinhas’ do mercado, as ações do setor têm causado dor de cabeça àqueles que chegaram tarde. Mesmo após elevação da nota pela S&P com a restruturação de sua dívida, a Usiminas (SA:USIM5) desabou mais de 11% na semana, puxando as perdas do Ibovespa. A Gerdau (SA:GGBR4) perdeu 9,5%, seguida pela CSN (SA:CSNA3) e Metalúrgica Gerdau (SA:GOAU4), com quedas de 7,4% e 5,6%.

JBS (SA:JBSS3). O controlador J&F aceitou deixar garantia de R$ 1,5 bilhão para liberar os irmãos Joesley e Wesley Batista a retornarem aos cargos de comando das empresas do grupo. O impedimento havia sido determinado pela Justiça em meio a deflagração da operação Greenfield, que investiga favorecimentos ilegais em negociações com fundos de pensão.

Cemig (SA:CMIG4). Apesar de ter suas hidrelétricas incluídas no pacote de concessões com expectativa de levantar R$ 11 bilhões em leilão, a empresa busca negociar com o governo para manter o controle sobre os ativos. A estatal mineira prevê redução da alavancagem e economia de R$ 1 bilhão ao ano. Na semana, a ação perdeu 5%.

Embraer (SA:EMBR3). O programa de demissão voluntária da empresa atraiu 1,4 mil funcionários, em uma tentativa de reduzir custos. No próximo mês, a companhia deverá antecipar férias coletivas para diversos setores.

Oi (SA:OIBR4). O conselho da telefônica passará a contar com Demian Fiocca e Hélio Costa após acordo entre a Pharol e o Société Mondiale. Flavio Nicolay deixou a diretoria financeira e para seu lugar foi nomeado Ricardo Malavazi Martins.

Minerva (SA:BEEF3). A exportadora de proteína animal conseguiu autorização para duas unidades venderem carne in natura para os EUA.

CPFL (SA:CPFE3). A Previ deverá exercer em outubro opção de venda dos ativos na elétrica, em operação estimada em R$ 7,5 bilhões.

Commodities

Petróleo. Deixando um pouco de lado as especulações em torno da possibilidade de acordo para congelar a produção da Opep, o mercado focou nos fundamentos e no dólar, que pressionaram a cotação da commodity. Nos EUA, o petróleo caiu para a casa dos US$ 42/b, enquanto o Brent passou a ser vendido a US$ 45,90/b. No começo da semana, a agência internacional de energia traçou um cenário mais pessimista para o mercado, em consonância com a expectativa da Opep de mais oferta em 2017. Pela primeira vez em meses, os EUA elevaram sua produção média semanal e seguiu aumentando a exploração com a contratação de mais sondas. O Irã está na exportação máxima em cinco anos e a Líbia interrompeu força maior com a retomada de terminais de exportação.

Aço. O Brasil deverá acionar os EUA na OMC por causa das tarifas antidumping.

Milho. A colheita de milho deverá atingir o recorde de 92,3 milhões de toneladas.

Soja. Tempo seco atrasa o plantio da soja no Mato Grosso.

Indicadores

Inflação. IGP-M subiu 0,38% na primeira prévia do mês. IPC-S caiu para 0,27%, enquanto o IGP-10 subiu para 0,36% e o IPC-Fipe desacelerou para 0,05%.

Varejo. O setor voltou a decepcionar no Brasil com queda de 0,3% em julho.

PIB. A Suécia avançou 0,5% e a Nova Zelândia, 0,9%.

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