Em meio a diversos eventos de natureza política e geopolítica, as atenções continuam focadas na decisão do COPOM hoje, com expectativa tanto por um possível corte, quanto pela sinalização de parada a partir desta reunião.
Conforme citamos ontem, a depender da defasagem das ações de política monetária, o Banco Central optaria pelo óbvio e manteria a Selic nos níveis atuais, porém as consequências de tal manutenção também não interessariam ao COPOM, daí a possibilidade da redução.
O comunicado será de suma importância e ainda que cedendo ao corte atual, a possibilidade de sinalização de parada no ciclo de afrouxamento monetário já traz posições críticas mesmo antes de acontecer, com alguns investidores chamando este um movimento “hawkish” da autoridade monetária.
No cenário externo, o dia repercute as manchetes da descoberta de uma possível vacina antiviral para o problema do Coronavírus, com cientistas britânicos dizendo que seu desenvolvimento caiu de 2 a 3 anos para somente 14 dias.
Isso e a nova injeção de US$ 57 bi do governo chinês garante a continuidade da recuperação dos ativos, os quais sofreram fortemente em sua maioria ao final de janeiro, dada a baixa qualidade da informação até aquele momento.
Na agenda macroeconômica, a decisão do COPOM se une aos números do mercado de trabalho americano no setor privado, o ADP Employment e à balanca comercial americana, além de uma série de PMIs aqui e no exterior.
No âmbito político, uma quase dupla vitória para Trump ocorreu ontem nos EUA, com o State of the Union e o problema na votação do Caucus democrata em Iowa.
A votação atrasou por “problemas com APP” e trouxe Buttigieg na liderança, seguido por Sanders e Warren, dificultando a vida de Joe Biden, ao menos no início do processo.
Já o discurso de Trump perante ao congresso foi considerado conciso, com fatos mais sólidos e bem recebido, para o nítido dissabor de Nancy Pelosi, que rasgou o discurso do presidente ao final na frente das câmeras, talvez por ter sido "esnobada" quando estendeu a mão para cumprimentá-lo.
Estes dois eventos e a falta de progresso do processo de impeachment colocam Trump na frente da corrida presidencial.
Atenção hoje aos balanços de Merck, GlaxoSmithKline, Siemens, QUALCOMM, GM, MetLife, Mitsubishi, Spotify (NYSE:SPOT) e Fox. Localmente, destacam-se ABC Brasil (SA:ABCB4), Bradesco (SA:BBDC4), BR Properties (SA:BRPR3) e Pan.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o mercado reagindo à possível vacina contra o vírus.
Na Ásia, dia positivo, com a nova injeção de recursos do governo chinês.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas generalizadas, exceção ao ouro e à prata.
O petróleo abre em alta, com possíveis cortes de produção da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,30%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,2543 / 0,18 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,190%
Dólar / Yen : ¥ 109,68 / -0,146%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,223%
Dólar Fut. (1 m) : 4254,57 / 0,00 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,91 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,45 % aa (-0,18%)
DI - Janeiro 25: 6,11 % aa (-0,65%)
DI - Janeiro 27: 6,47 % aa (-0,77%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,8091% / 115.557 pontos
Dow Jones: 1,4360% / 28.808 pontos
Nasdaq: 2,0982% / 9.468 pontos
Nikkei: 1,02% / 23.320 pontos
Hang Seng: 0,42% / 26.787 pontos
ASX 200: 0,39% / 6.976 pontos
ABERTURA
DAX: 1,164% / 13436,32 pontos
CAC 40: 0,882% / 5987,42 pontos
FTSE: 0,717% / 7493,17 pontos
Ibov. Fut.: 0,73% / 115737,00 pontos
S&P Fut.: 0,218% / 3306,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,962% / 9448,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,98% / 74,83 ptos
Petróleo WTI: 2,42% / $50,84
Petróleo Brent: 2,58% / $55,46
Ouro: -0,14% / $1.550,45
Minério de Ferro: 4,21% / $81,63
Soja: 0,82% /$ 886
Milho: 0,13% / $382,75
Café: 0,25% / $98,85
Açúcar: 0,68% / $14,81