O contexto inflacionário mais uma vez positivo para a continuidade do ciclo de cortes de juro por parte do COPOM tem ainda na questão fiscal o seu maior empecilho.
A surpreendente inflação e o ainda elevado hiato do produto sustentaram o ciclo virtuoso de juros baixos, o qual poderia avançar ainda mais, mesmo com a vigente discussão sobre qual o novo normal para os juros de equilíbrio da economia.
Ainda assim, a situação fiscal só não piora, pois além de contar pontualmente com devoluções do BNDES, cessão onerosa com a Petrobrás (em discussão) e possíveis privatizações, a recuperação da atividade econômica ganha espaço neste ciclo com a melhora da arrecadação.
A continuidade do cenário vitorioso de juros para o próximo mandato, seja ele quem for, depende necessariamente de reformas que devem começar juntamente com o governo, sem grandes espaços para discussão.
Caso contrário, estaremos em 2019 em face à uma discussão de “shutdown” de governo logo na largada.
CENÁRIO POLÍTICO
Não somente Ciro Gomes “morre pela boca” como fez em eleições anteriores, mas seus formuladores de política de governo sofrem do mesmo mal.
O economista Nelson Marconi, um dos formuladores do programa de governo defendeu a desvalorização do câmbio, com dólar entre R$ 3,80 e R$ 4,00, o que favoreceria indústria e crescimento.
Isto, entre outras pérolas demonstra que o intervencionismo estatal, na contramão das necessidades atuais do país, continua arraigado no “DNA” de Ciro e nem mesmo o pleito tende a mudar tal ponto de vista.
No campo mais produtivo, o Brasil agora age de forma a tentar reverter a tarifa do aço imposta por Trump, dado o forte impacto na pauta de exportação brasileira.
Um dos pontos importante é buscar ajuda exatamente das empresas americanas que dependem do aço brasileiro ou, para desgosto dos brasileiros, adiar a abertura maior de voos comerciais entre os países, algo de grande interesse dos americanos.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após os dados do mercado de trabalho americano. Na Ásia, o fechamento foi com ganhos, seguindo o fechamento nas bolsas no ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em alta em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda observada somente na prata, ouro e no minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abre em alta em todas as praças, mesmo como aumento da produção.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 0,9%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2616 / 0,19 %
Euro / Dólar : US$ 1,23 / -0,041%
Dólar / Yen : ¥ 107,28 / 0,808%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,122%
Dólar Fut. (1 m) : 3263,87 / 0,18 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,45 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,28 % aa (-0,14%)
DI - Janeiro 22: 8,83 % aa (-0,11%)
DI - Janeiro 25: 9,63 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,61% / 86.900 pontos
Dow Jones: -0,62% / 25.179 pontos
Nasdaq: 0,36% / 7.588 pontos
Nikkei: 0,66% / 21.968 pontos
Hang Seng: 0,02% / 31.601 pontos
ASX 200: -0,36% / 5.975 pontos
ABERTURA
DAX: 0,132% / 12434,78 pontos
CAC 40: 0,421% / 5298,94 pontos
FTSE: 0,000% / 7214,79 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 87484,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2784,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,112% / 7147,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,34% / 87,91 ptos
Petróleo WTI: 0,21% / $61,49
Petróleo Brent:0,25% / $65,11
Ouro: -0,37% / $1.318,25
Minério de Ferro: -0,83% / $71,41
Soja: 0,43% / $19,00
Milho: -0,20% / $383,50
Café: -0,59% / $118,15
Açúcar: -0,31% / $12,85