A última reunião do FOMC teve a manutenção esperada, porém sinalizou a possibilidade de elevação de juros nos EUA já na reunião de março, confirmando o ciclo de normalização da taxa, mesmo em detrimento a um sinal de inflação que ainda não se concretizou.
Deste modo, o cenário deve convergir para o aperto monetário, porém com a comunicação antecipada, a qual pode inclusive ser complementada por membros do Fed daqui até a próxima reunião, os efeitos mais pesados no dólar tendem a se dissipar.
Hoje e amanhã, dois indicadores importantes podem reforçar este cenário, com os custos de mão de obra e custo por hora trabalhada respectivamente.
Como a pressão de preços não vem diretamente dos índices inflacionários, o Fed busca sinais de pressão nos salários e suas consequências futuras no consumo.
Localmente, os resultados fiscais de 2017 superaram as expectativas do governo, porém não aliviam o contexto para 2018. Ano eleitoral e todo o jogo de cena político para o pleito usualmente tem um custo fiscal alto.
CENÁRIO POLÍTICO
Mais uma derrota ao ex-presidente lula no TRF-4, agora no caso do sitio de Atibaia, muito mais repleto de provas contundentes do que o tríplex do Guarujá.
Por mais uma vez, a defesa pediu a suspeição do juiz Sérgio Moro no julgamento, o que foi negado pelos desembargadores, em mais uma falha contínua da defesa do ex-presidente.
Mesmo dentro de sua margem histórica de votos nas pesquisas mais recentes, a manutenção de sua rejeição e a incapacidade de transferência de votos deixou os investidores mais animados, no que pode ser uma eleição aparentemente menos volátil.
Ainda assim, a série de candidatos a se apresentarem continua a crescer, com a possível retomada da candidatura de Luciano Huck, com a possível entrada de Joaquim Barbosa e toda a série de pleiteantes, o que pode assemelhar esta eleição à de 1989.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, com os futuros NY em alta, com a temporada de balanços atingindo os mercados. Na Ásia, o fechamento foi positivo, apesar da queda no mercado chinês.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, com exceção do ouro, por conta da menor força do dólar.
O petróleo em alta na abertura, após o robusto compliance da OPEP entre os produtores.
O índice VIX de volatilidade abre em queda próxima a 3.5%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1875 / 0,20 %
Euro / Dólar : US$ 1,24 / 0,258%
Dólar / Yen : ¥ 109,65 / 0,421%
Libra / Dólar : US$ 1,42 / 0,409%
Dólar Fut. (1 m) : 3196,97 / 0,22 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,81 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 8,00 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 22: 9,26 % aa (0,11%)
DI - Janeiro 25: 9,86 % aa (-0,30%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,51% / 84.913 pontos
Dow Jones: 0,28% / 26.149 pontos
Nasdaq: 0,12% / 7.411 pontos
Nikkei: 1,68% / 23.486 pontos
Hang Seng: -0,75% / 32.642 pontos
ASX 200: 0,87% / 6.090 pontos
ABERTURA
DAX: 0,278% / 13226,16 pontos
CAC 40: 0,374% / 5502,43 pontos
FTSE: 0,157% / 7545,38 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 85172,00 pontos
S&P Fut.: 0,159% / 2830,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,036% / 6965,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,15% / 89,75 ptos
Petróleo WTI: 1,00% / $65,38
Petróleo Brent:0,90% / $69,51
Ouro: -0,35% / $1.340,45
Minério de Ferro: -0,58% / $72,05
Soja: -0,23% / $18,47
Milho: -0,35% / $360,25
Café: -0,04% / $121,80
Açúcar: 0,15% / $13,25