Apesar da queda da bolsa de valores local ontem, com alta contida do dólar, o movimento foi em geral positivo aos ativos brasileiros, com alta do Ibovespa de 6,54% no semestre, 8,52% no trimestre e de 1% em junho, mês em que os 130.000 pontos foram rompidos.
Já o dólar registrou queda de 4,31% no semestre e, após as altas mais fortes em março, registra queda de 13,96% no trimestre e 4,91% no mês.
Todo este cenário tem base em fatores como melhora da atividade econômica acima das expectativas, processo mais acelerado de vacinação, elevação de juros por parte do Banco Central, reduzindo nosso diferencial em relação a nossos pares internacionais, maior apetite por risco, entre outros fatores.
O cenário político local e internacional também teve papel no contexto do semestre, porém mais no sentido de trazer volatilidade do que manter o apetite dos investidores por risco elevado.
Nos EUA, os sinais do Fed de temores com a inflação se chocaram com um ousado plano de infraestrutura de Biden após sua eleição, que contaria com um forte aumento de impostos para financiar os investimentos em infraestrutura, além de um ousado programa assistencial.
Tal disputa foi marcada também pela elevação da inflação global, em especial de commodities, em meio à especulações e elevações de estoques na China, disparada de preços diversos itens em meio ao aumento da demanda e perspectiva de melhora da atividade econômica com o processo acelerado de imunização nos EUA.
Com isso, os temores de mudanças de política monetária foram crescentes e os investidores buscam nos sinais emitidos por membros do Fed da necessidade de retirada de estímulos, o que, usualmente, assusta bastante os investidores, acostumados à liquidez abundante das autoridades monetárias.
Incluindo os temores com a maior velocidade de transmissão da COVID-19 com a variante delta, o que tem maior aderência na Europa e países com vacinas questionáveis sendo aplicadas do que nos EUA, o segundo semestre começa com desafios semelhantes.
Por aqui, lidar com os problemas políticos e propostas malfeitas de reforma tributária, ainda que alguns avanços de congresso sejam observados, enquanto no exterior, Biden ainda luta por um plano, agora desidratado.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, fazendo um início positivo para o segundo semestre.
Em Ásia-Pacífico, mercados em queda com pesquisa privada mostrando desaceleração do crescimento da atividade fabril chinesa em junho.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque a prata e platina.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York pelo terceiro dia, antes da reunião OPEP+.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,19%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,969 / 0,25 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,025%
Dólar / Yen : ¥ 111,58 / 0,333%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / -0,369%
Dólar Fut. (1 m) : 4999,63 / 0,92 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,59 % aa (0,46%)
DI - Janeiro 23: 7,07 % aa (1,51%)
DI - Janeiro 25: 8,07 % aa (1,51%)
DI - Janeiro 27: 8,49 % aa (1,07%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,4129% / 126.802 pontos
Dow Jones: 0,6130% / 34.503 pontos
Nasdaq: -0,1678% / 14.504 pontos
Nikkei: -0,29% / 28.707 pontos
Hang Seng: -0,57% / 28.828 pontos
ASX 200: -0,65% / 7.266 pontos
ABERTURA
DAX: 0,165% / 15556,62 pontos
CAC 40: 0,265% / 6525,10 pontos
FTSE: 0,700% / 7086,70 pontos
Ibov. Fut.: -0,50% / 127254,00 pontos
S&P Fut.: 0,154% / 4288,60 pontos
Nasdaq Fut.: -0,019% / 14524,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,02% / 95,50 ptos
Petróleo WTI: 0,94% / $74,77
Petróleo Brent: 0,98% / $75,79
Ouro: 0,31% / $1.774,97
Minério de Ferro: 0,04% / $211,13
Soja: 0,64% / $1.465,00
Milho: 0,83% / $735,50
Café: -0,22% / $159,35
Açúcar: 0,45% / $18,13