A melhora parcial de ontem nos ativos de mercado financeiro foi impulsionada com as negociações entre autoridades russas e ucranianas na Turquia, nas quais o vice-ministro da Defesa da Rússia alegou que Moscou havia decidido reduzir “drasticamente” sua atividade militar perto de Kyiv.
Resiste o desencontro de informações e ainda que militares russos tenham começado a mover algumas de suas tropas na Ucrânia para longe dos arredores de Kiev, o secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, alertou que tais movimentos ainda não equivalem à uma retirada.
Houve um sinal de grande importância ontem emitido pelo mercado financeiro, com a reação iniciais às notícias acima citadas, especialmente em uma série específica de commodities, todas ligadas ao evento.
Petróleo, gás, milho e trigo devolveram expressiva parte do prêmio de risco do evento belicoso numa respeitável velocidade e isso tende a ditar o cenário durante uma presumível concretização do cessar-fogo, o que esperamos seja o mais breve possível.
Ainda que por um período limitado, não se pode desprezar o caráter desinflacionário da paz e como isso pode afetar as medidas de preços para este ano e as ancoragens ao próximo, lembrando que a extensão da guerra é que dita o quanto destas pressões se preservam no tempo e na inflação.
O fim da guerra também não significará o fim imediato das sanções contra a Rússia, onde as primeiras a cair devem ser obviamente as comerciais, dado o interesse dos europeu e russo para tanto, seguido das mais pesadas, ao BC russo e ao acesso das reservas, inclusive as de ouro.
Sobre os ativos de magnatas russos, ainda existe uma grande dúvida como serão devolvidos, em que forma e velocidade, após o precedente aberto pelo ocidente, ao atacar economicamente a Rússia.
Por fim, as inversões da curva de juros nos EUA começam a suscitar temores de recessão, que devem ser rechaçados pelos dados divulgados a partir de hoje, mostrando robustez da economia americana, mesmo em meio ao aperto.
Deste modo, as atenções se voltam hoje à inflação na Alemanha, PIB e ADP Employment nos EUA, este último projetando 450.000 vagas do setor privado e localmente, o IGP-M de março e os dados do balanço do governo central.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa por movimentos na questão ucraniana e dados do mercado de trabalho.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com exceção do Nikkei.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos até os 5 anos de vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas fortes, destaque ao cobre e paládio.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com estoques reduzidos e conversas de paz na Ucrânia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,29%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,7579 / -0,15 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,559%
Dólar / Yen : ¥ 121,86 / -0,871%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,412%
Dólar Fut. (1 m) : 4766,51 / -0,15 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,69 % aa (-0,51%)
DI - Janeiro 24: 12,01 % aa (-0,17%)
DI - Janeiro 26: 11,16 % aa (-0,71%)
DI - Janeiro 27: 11,21 % aa (-0,49%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,0750% / 120.014 pontos
Dow Jones: 0,9678% / 35.294 pontos
Nasdaq: 1,8442% / 14.620 pontos
Nikkei: -0,80% / 28.027 pontos
Hang Seng: 1,39% / 22.232 pontos
ASX 200: 0,67% / 7.515 pontos
ABERTURA
DAX: -1,383% / 14615,44 pontos
CAC 40: -0,879% / 6732,43 pontos
FTSE: -0,007% / 7536,73 pontos
Ibov. Fut.: 0,88% / 120568,00 pontos
S&P Fut.: -0,36% / 4609 pontos
Nasdaq Fut.: -0,374% / 15157,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,99% / 124,85 ptos
Petróleo WTI: 1,84% / $106,16
Petróleo Brent: 1,34% / $111,71
Ouro: -0,03% / $1.919,78
Minério de Ferro: 0,16% / $150,14
Soja: 0,38% / $1.646,75
Milho: 1,00% / $733,25
Café: -0,56% / $214,00
Açúcar: 0,84% / $19,24