A série de fatores negativos continua a se alinhar em nível global e acaba representada pelo rendimento dos Treasuries de 10 anos acima dos 1,5% aa, como um proxy do humor dos investidores.
Sinais de que o petróleo deve continuar sua escalada de alta e o abandono do governo Biden à extração do óleo de xisto nos EUA incrementam os temores de que a inflação de energia se firme como o novo elemento de disrupção no mercado.
Analistas apontam para um petróleo possivelmente aos US$ 90 o barril, o seria mais do que lucrativo para a extração do óleo de gás de xisto nos EUA, porém Biden, antes principal incentivador cedeu aos grupos de esquerda democratas e se opõe totalmente a incentivar a extração.
Há sinais de que grupos fechados, ou seja, sem capital em bolsa e necessitando responder a protocolos como ESG estariam interessados em entrar na extração, porém, além de deixar de incentivar, em partes o governo americano estaria dificultando o processo.
O gás natural na Europa já subiu 400% desde o início deste ano, levando à falência diversos distribuidores e além disso, problemas climáticos nos EUA, queda na produção local dentro da Europa e temores de um inverno frio puxaram os preços.
Na Ásia, em especial na China, a falta de carvão para a produção de energia tem pesado fortemente, o que em partes eleva a demanda por gás natural, criando a preferência, por exemplo, da Rússia em fornecer para região, por uma facilidade geográfica, além das questões geopolíticas dos gasodutos na Ucrânia.
O Reino Unido luta contra crises de alimentos, combustível e mão de obra, em partes consequências do Brexit e não possui solução fácil, a não ser a adoção de vistos de trabalho para o pessoal chamado ‘blue collar’ e nos EUA, a falta de mão de obra vem da escolha do governo em manter programas generoso de auxílio desemprego, ocorrendo o mesmo em diversos estados.
Como nem tudo são notícias ruins, os mais recentes indicadores econômicos desenham ainda um cenário positivo, apesar das inflações em alta e o senado por aqui parece avançar com a relatoria da PEC 110, a verdadeira reforma tributária.
Atenção hoje ao IGP-DI, vendas ao varejo e nos EUA, o ADP Employment.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com temores de inflação e alta de juros em nível global.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, sem o referencial da China e reagindo à elevação de 100 bp dos juros na Nova Zelândia.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque às perdas do cobre e alumínio.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, mesmo após a OPEP+ indicar a não elevação da produção dos adicionais 400 mil barris diários.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 11,55%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,4757 / 0,37 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / -0,474%
Dólar / Iene : ¥ 111,47 / 0,036%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / -0,558%
Dólar Futuros. (1 m) : 5487,99 / 0,41 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,70 % aa (1,28%)
DI - Janeiro 23: 9,25 % aa (0,54%)
DI - Janeiro 25: 10,27 % aa (0,49%)
DI - Janeiro 27: 10,65 % aa (0,38%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0584% / 110.458 pontos
Dow Jones: 0,9168% / 34.315 pontos
Nasdaq: 1,2511% / 14.434 pontos
Nikkei: -1,05% / 27.529 pontos
Hang Seng: -0,57% / 23.966 pontos
ASX 200: -0,58% / 7.207 pontos
ABERTURA
DAX: -2,212% / 14858,43 pontos
CAC 40: -2,167% / 6433,80 pontos
FTSE 100: -1,685% / 6957,83 pontos
Ibovespa Futuros: 0,05% / 110419,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -1,39%/ 4375,10 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -1,520% / 14451,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,12% / 103,73 ptos
Petróleo WTI Futuros -0,60% / $78,59
Petróleo Brent: -0,31% / $82,14
Ouro: -0,67% / $1.748,97
Minério de Ferro: 6,21% / $117,85
Soja: -0,22% / $1.249,75
Milho: -0,47% / $535,00
Café: 0,29% / $193,15
Açúcar: -0,25% / $19,77