Aberturas Negativas e Mercados em Modo Sell-Off. Motivo? INFLAÇÃO

Quando novamente, o mundo se dá conta que o Fed e o BCE imprimir a quantidade de moeda de duas gerações juntas traria inflação.

O mercado em si, mais consciente das consequências de uma política irresponsável baseada na tese sem comprovação econométrica da teoria monetária moderna (MMT), sempre soube que tal cenário se concretizaria.

Todavia, parece que somente agora, com a constante leniência dos Bancos Centrais de economias desenvolvidas com a inflação, se deram conta de que o resultado das empresas pode também ser afetado.

Este comentário contém um pouco da ironia que o destino reservou a todos aqueles formuladores de políticas monetária e aos muitos defensores da tese de que o governo pode imprimir quantidades infinitas de dinheiro sem consequências.

Eis o ponto, não pode e enquanto os bancos centrais mantiverem a redução da liquidez em compasso lento, subindo os juros lentamente, as consequências virão na forma de uma inflação que somente será controlada após os juros romperem a zona de neutralidade.

O problema é também a medição do que se considera o juro neutro, em um cenário de inflação com a maior observada em 40 anos invalida as teses mais recentes do que seria considerada tal taxa.

Para muitos, a retirada da liquidez levaria à recessão, como defendiam e defendem diversos membros do BCE até hoje, porém, até mesmo o banqueiro central europeu mais dovish já entende que o peso da inflação na redução da renda, no resultado das empresas e no custo dos governos pode ser ainda pior.

Podemos então viver sob a égide da estagflação nas economias centrais e o custo de se reverter tal explosão de preços pode ser ainda mais recessão, uma consciência que está lentamente – mais lento do que o necessário – tomando conta de banqueiros centrais.

Por aqui, ainda que as revisões do PIB chines sejam constantemente para baixo, podemos nos beneficiar de um cenário de retomada da segunda maior economia do mundo, em meio às características de nossa economia, o que não significa que tal benefício consiga se estender ao restante do mundo, especialmente a Europa.

ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com temores do impacto econômico da inflação no mundo.

Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, acompanhando o fechamento no ocidente.

O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao paládio e platina.

O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, mesmo com a expectativa por um cenário econômico mais positivo com a China.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,07%.
 
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,9714 / 0,64 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / 0,296%
Dólar / Yen : ¥ 127,71 / -0,343%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,308%
Dólar Fut. (1 m) : 5006,57 / 0,89 %
 
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,33 % aa (-0,45%)
DI - Janeiro 24: 12,99 % aa (-0,08%)
DI - Janeiro 26: 12,21 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 27: 12,17 % aa (-0,16%)
 
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,3368% /  106.247 pontos
Dow Jones: -3,5662% /  31.490 pontos
Nasdaq: -4,7258% /  11.418 pontos
 
Nikkei: -1,89% /  26.403 pontos
Hang Seng: -2,54%  /  20.121 pontos
ASX 200: -1,65% /  7.064 pontos
 
ABERTURA
DAX: -2,035% / 13722,64 pontos
CAC 40: -2,162% / 6215,59 pontos
FTSE: -2,561% / 7247,60 pontos
 
Ibov. Fut.: -2,59% / 106987,00 pontos
S&P Fut.: -1,32% / 3870,5 pontos
Nasdaq Fut.: -1,705% / 11767,25 pontos
 
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,16% / 128,13 ptos

Petróleo WTI: -1,33% /  $108,13
Petróleo Brent: -1,15% /  $107,86
 
Ouro: 0,65% /  $1.829,40
Minério de Ferro: 1,23% /‎‎ $126,75
 
Soja: 0,32% / $1.663,75
Milho: -0,58% /  $774,00
Café: -0,74% /  $213,40 Açúcar: -1,11% /  $19,66