Mais um dia do descolamento do mercado local das bolsas no exterior, aproveitando o ímpeto focado em alguns mercados emergentes, porém ainda concentrado no Brasil, mantido como um possível hedge da inflação global por alguns investidores estrangeiros, em meio aos preços descontados e câmbio favorável.
Teste interessante hoje, em dia de vencimento de opções sob ações.
No mais, a ausência da classe política, em pleno recesso parlamentar traz também o alento necessário aos investidores locais, os quais buscaram aproveitar o ritmo positivo dos últimos dias e onde a premissa de alta será testada na sessão de hoje.
Continuamos a indicar que, nem de longe o movimento atual do mercado pode ser classificado como tendência, ainda que continue elevada a disparidade de valorização dos ativos listados aqui e nas bolsas americanas, por exemplo.
Espaço para as compras no Brasil ainda existe e se o investidor mantiver o apetite, seria tão somente o início do processo, porém as eleições deste ano são claramente um impeditivo de apostas de maior prazo e portanto, fonte de volatilidade.
Terminando hoje o prazo para a sanção do orçamento, o executivo perde força, por exemplo, para conceder aumentos de salários aos servidores públicos, devido aos gatilhos constitucionais, tanto para este ano, quanto para o próximo e deste modo, o fiscal, que tanto preocupa os investidores, tem limite para ‘piorar’.
Por parte do legislativo, ainda é possível aprovação de novas leis, PECs e instrumentos para administrar os recursos do orçamento, porém o mais importante, as reformas como tributária e administrativa, dadas suas complexidades e polêmicas, não devem avançar.
Em resumo, ano eleitoral é ano praticamente perdido em termos de agenda do congresso e neste momento, o ‘rombo’ esperado com novos gastos está praticamente na conta dos analistas.
Resta agora entender, por parte do governo, como vai ajustar as pautas que o interessa no congresso, como a PLP do ICMS, PL das debentures de infraestrutura, da regulamentação fundiária, entre outras, com baixíssimo impacto no mercado.
No exterior, o ano é de enfrentar um mundo de inflação em alta, crescimento mais fraco e a China na contramão, se preparando para tentar crescer.
Vamos juntos?
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, após resultados de techs desapontarem, como Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34).
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, seguindo a tendência de Wall Street e da queda do preço do petróleo.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com realização de lucros nos contratos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,84%.
CÂMBIO
dólar à vista : R$ 5,4367 / -0,16 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,195%
Dólar / Yen : ¥ 113,90 / -0,184%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / -0,228%
Dólar Fut. (1 m) : 5402,28 / -1,46 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 11,88 % aa (-1,70%)
DI - Janeiro 24: 11,44 % aa (-1,63%)
DI - Janeiro 26: 10,99 % aa (-1,70%)
DI - Janeiro 27: 11,10 % aa (-1,29%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,0077% / 109.102 pontos
Dow Jones: -0,8943% / 34.715 pontos
Nasdaq: -1,2987% / 14.154 pontos
Nikkei: -0,90% / 27.522 pontos
Hang Seng: 0,05% / 24.966 pontos
ASX 200: -2,27% / 7.176 pontos
ABERTURA
DAX: -1,401% / 15689,36 pontos
CAC 40: -1,223% / 7106,19 pontos
FTSE: -0,719% / 7530,48 pontos
Ibovespa Futuros.: 0,92% / 109729,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,02% / 4473,75 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,286% / 14799,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,45% / 105,25 ptos
Petróleo WTI: -1,72% / $84,09
Petróleo Brent: -1,75% / $86,84
Ouro: -0,25% / $1.834,73
Minério de ferro: 0,90% / $129,09
Soja: -0,26% / $1.422,25
Milho: -0,20% / $609,75
Café: -1,03% / $241,00
Açúcar: -0,69% / $18,80