Super Quarta para o mercado financeiro, na expectativa por importantes decisões de política monetária do FOMC (+50 bp) e do COPOM (+100 bp) e acima da decisão em si, as atenções em ambos os casos se voltam à sinalização emitida para os próximos movimentos.
Em ambos os casos, há uma dúvida em relação ao formato da condução de tal política, porém por razões diferentes, especialmente no que cerne ao impacto de um ciclo de aperto.
No Brasil, é notória a posição do Bacen em tentar finalizar o processo em breve, sendo interpelado pela realidade de uma inflação mais persistente do que aquele que seus modelos prediziam e não só isso, a falha em se utilizar de um cenário central/alternativo, com proxies como câmbio e petróleo.
Neste sentido, fica difícil à autoridade monetária seguir em diante com sua pretensão de uma pausa no aperto, a qual, ainda que possível, só deve ocorrer com ao menos um aumento adicional de juros, na reunião seguinte à esta.
Isso não muda coisa alguma no cenário inflacionário neste momento, aliás, como não mudaram as fortes altas anteriores, que chegaram a 150 bp por reunião e parte delas sequer ainda produziu seu efeito na economia real.
Todavia, o Bacen aparentemente não opera mais sob a égide tão somente de política monetária, tendo o feito tem termos fiscais em 2020, cambiais até recentemente e agora, a manutenção de um spread sensivelmente alto contra os juros americanos.
Neste sentido, vem o desafio do Fed, que precisa debelar uma inflação acima de todos os parâmetros projetados pelo comitê e tentar agora ancorar as expectativas para o próximo ano, com uma série de parâmetros correntes em aberto.
Este mesmo Fed sabe também que não “quer” gerar recessão, ferir o mercado financeiro e dar o braço a torcer pela excessiva liquidez injetada no mercado nos últimos 12 anos, mas acelerada absurdamente nos últimos 2 anos.
Com isso, vemos no Tesouro americano um movimento mais intenso de retirada de liquidez sob a égide de uma série de instrumentos alternativos, o que tende a se intensificar com o conhecido QT (Quatitative Tightening), tudo isso para evitar um processo muito intenso de aperto via taxa de juros.
Atenção hoje também ao ADP e uma série de PMI e o IPC-Fipe aos 1,62%.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela decisão do FOMC.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, puxados por ações de tecnologia.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à platina.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, após a redução acima das expectativas dos estoques americanos
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,92%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,962 / -2,43 %
Euro / Dólar : US$ 1,05 / 0,029%
Dólar / Yen : ¥ 130,01 / 0,000%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,032%
Dólar Fut. (1 m) : 5006,95 / -2,38 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,12 % aa (0,69%)
DI - Janeiro 24: 12,69 % aa (0,04%)
DI - Janeiro 26: 12,00 % aa (-0,08%)
DI - Janeiro 27: 12,01 % aa (0,17%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1037% / 106.528 pontos
Dow Jones: 0,2035% / 33.129 pontos
Nasdaq: 0,2213% / 12.564 pontos
Nikkei: -0,11% / 26.819 pontos
Hang Seng: 0,06% / 21.102 pontos
ASX 200: 0,23% / 7.316 pontos
ABERTURA
DAX: -0,206% / 14010,62 pontos
CAC 40: -0,477% / 6445,28 pontos
FTSE: -0,517% / 7522,70 pontos
Ibov. Fut.: -0,14% / 107736,00 pontos
S&P Fut.: 0,43% / 4187,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,313% / 13126,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,99% / 129,89 ptos
Petróleo WTI: 3,52% / $106,01
Petróleo Brent: 3,43% / $108,57
Ouro: -0,17% / $1.870,57
Minério de Ferro: -0,54% / $142,90
Soja: 0,03% / $1.659,00
Milho: 0,03% / $803,75
Café: 0,83% / $219,85
Açúcar: -1,22% / $18,77