O ‘susto’ global com a indicação de que a variante ômicron chegou a diversos países está entre as causas do recrudescimento dos ativos ontem, os quais prometiam um dia positivo nas aberturas e após resultados macroeconômicos positivos, com no mercado de trabalho americano.
Localmente, além da descoberta de um possível caso da variante no Brasil, o adiamento da votação da PEC dos precatórios, com pedido de mais tempo por parte do governo para tentar criar as alterações que garantiriam uma passagem mais imaculada da matéria soou novamente mal aos mercados.
Ainda assim, a nova cepa viral nos EUA foi um dos grandes determinantes do movimento que se espalhou pelo mundo, ainda que as notícias de uma série de virologistas, que não a tragicômica OMS indicam que a própria Delta não foi mais forte que a primeira versão do vírus e que esta, apesar da maior transmissibilidade, também não é, além da vacinação em massa em diversos países do mundo.
Portanto, mesmo que o vírus anime a muitos governos tomarem novamente atitudes no sentido de estender seus ‘poderes especiais’ e decretar novos fechamentos, restrições ou mesmo prisões como ocorre na Oceania, a tendência pode não ser tão trágica quanto da primeira vez.
Localmente, hoje o IPC-Fipe mensal registrou inflação abaixo do piso das projeções do mercado aos 0,72% (Infinity: 0,82%; mediana: 0,86%), com deflação de alimento e saúde e ainda que permaneça forte a pressão de transportes, com a maior elevação do ano, o restante dos itens todos apresentou desinflação.
Ainda que não se possa expandir nacionalmente tal movimento, em especial após o IPC-S de ontem e a coleta mais recente do IPCA, a tendência de uma série de itens, em especial alimentação e habitação é de descompressão daqui até o primeiro trimestre do próximo ano, por uma série de fatores, entre eles, o ajuste parcial da cadeia de suprimentos e o retorno das chuvas.
Nos EUA ontem, apesar da perspectiva cada vez mais realista de tapering, como dito pelo próprio Powell, os dados de atividade já começam a animar os investidores e o livro Bege demonstrou um cenário de recuperação.
Atenção hoje ao PIB brasileiro e dados do mercado de trabalho americano.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, num movimento global sem rumo.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, divididos entre os dados econômicos e temores com a pandemia.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao cobre e platina.
O petróleo abre alta em Londres e Nova York, recuperando as perdas anteriores e na expectativa pela reunião da OPEP+.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -8,23%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6796 / 1,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,035%
Dólar / Yen : ¥ 113,00 / 0,381%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,226%
Dólar Fut. (1 m) : 5700,67 / 0,39 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 11,08 % aa (-0,14%)
DI - Janeiro 23: 11,82 % aa (-0,42%)
DI - Janeiro 25: 11,49 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 27: 11,42 % aa (0,35%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,1194% / 100.775 pontos
Dow Jones: -1,3388% / 34.022 pontos
Nasdaq: -1,8255% / 15.254 pontos
Nikkei: -0,65% / 27.753 pontos
Hang Seng: 0,55% / 23.789 pontos
ASX 200: -0,15% / 7.225 pontos
ABERTURA
DAX: -1,168% / 15291,88 pontos
CAC 40: -0,913% / 6819,04 pontos
FTSE: -0,708% / 7117,95 pontos
Ibov. Fut.: -1,24% / 101002,00 pontos
S&P Fut.: 0,58% / 4534,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,487% / 15916,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,74% / 95,90 ptos
Petróleo WTI: 2,15% / $67,07
Petróleo Brent: 2,08% / $70,20
Ouro: -0,61% / $1.774,74
Minério de Ferro: -2,69% / $103,17
Soja: 0,10% / $1.231,00
Milho: 0,57% / $575,25
Café: -0,41% / $233,25
Açúcar: -0,32% / $18,65