A semana que passou teve sinais importantes, em especial de um cenário considerado mais afável à liquidez por parte das autoridades econômicas dos EUA, ao citarem a manutenção dos programas de alívio, estímulos, a suspensão das restrições sobre dividendos e recompras de bancos e a possibilidade do Fed se livrar dos ativos atrelados a hipotecas.
Ainda que perdure a longa discussão sobre o futuro de tais ações e a que custo fiscal tudo tem sido colocado em voga, ao menos no curto prazo, tais ações são positivas e preservam a liquidez da qual os investidores se mostram tão dependentes hoje em dia.
Neste contexto, parte dos indicadores divulgados na semana anterior dá suporte a isso tudo, pois emitiu um sinal de perdas marginais, ou seja, após um período de resultados bastante positivos, alguns indicadores econômicos demonstram quase como um “cansaço”.
Localmente, as atenções e reações do mercado focaram na peça de orçamento mais bizarra dos últimos anos, no qual congressistas criaram malabarismos financeiros para tentar encaixar suas emendas e beneficiar as pastas que geram maior visibilidade ao governo.
A anuência do governo e discordância da equipe econômica ficou clara e, mesmo assim, a peça seguiu em diante e vai à sanção presidencial, com um buraco de R$ 30 bilhões, no qual o governo deve “se virar” para tapar.
Nesta semana, o mercado de trabalho ganha destaque tanto aqui quanto nos EUA, com a divulgação de dados de criação de postos de trabalho e desemprego.
Localmente, ainda que se discuta muito a distorção em relação às medidas do CAGED, a perspectiva é de criação de 250.000 vagas em fevereiro e o desemprego tende a subir no trimestre terminado em janeiro, mas para a faixa de 14,2%, ante 13,9% anteriores.
Já nos EUA, os primeiros sinais de reabertura já trazem perspectivas bastante positivas para o mercado de trabalho, com projeções de 550.000 no setor privado e 640.000 no geral, com desemprego caindo de 6,2% para 6%.
Para que não reste nenhuma dúvida, tal resultado nos EUA é consequência de um processo vacinal acelerado, após um período tenebroso de mais de 500.000 mortos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, após o fechamento recorde da semana anterior.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, mesmo após as perdas da Nomura.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, com a flutuação do navio no Canal de Suez
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 6,47%.
CÂMBIO
Dólar à vista: R$ 5,7565 / 1,93 %
Euro / Dólar: US$ 1,18 / -0,153%
Dólar / Iene: ¥ 109,55 / -0,037%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / 0,247%
Dólar Futuro (1 m) : 5751,87 / 1,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,75 % aa (-0,26%)
DI - Janeiro 23: 6,53 % aa (0,69%)
DI - Janeiro 25: 8,11 % aa (0,75%)
DI - Janeiro 27: 8,69 % aa (0,23%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,9061% / 114.781 pontos
Dow Jones: 1,3900% / 33.073 pontos
Nasdaq: 1,2409% / 13.139 pontos
Nikkei: 0,71% / 29.385 pontos
Hang Seng: 0,01% / 28.338 pontos
ASX 200: -0,36% / 6.799 pontos
ABERTURA
DAX: 0,411% / 14809,62 pontos
CAC 40: 0,409% / 6013,30 pontos
FTSE: -0,094% / 6734,24 pontos
Ibovespa Futuros: 0,94% / 114825,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,535% / 3943,60 pontos
Nasdaq Futuros: -0,509% / 12932,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,36% / 83,83 ptos
Petróleo WTI: -0,74% / $60,80
Petróleo Brent: -0,22% / $64,57
Ouro: -0,43% / $1.725,48
Minério de ferro: 3,17% / ¥ $166,89
Soja: 0,04% / $1.398,50
Milho: -0,63% / $548,00
Café: -0,86% / $127,00
Açúcar: -1,38% / $15,00