Alta de Juros Continuam Após Payroll. Aberturas Positivas; Dólar DXY Cai

“O período de coleta do ADP Employment o faz uma versão quase antecedente do próprio Payroll do mês seguinte, portanto, qualquer surpresa no dado a ser divulgado amanhã com os mercados ausentes, deve ocorrer sem a influência daquilo que foi observado na sessão de ontem” em resumo, o ADP não influencia o Payroll do mesmo mês.

Com esta frase adentramos o feriado, onde os investidores observariam a leitura do Payroll, criação geral de postos de trabalho nos EUA e desemprego e recalibrariam as posições quanto ao futuro dos juros americanos, agora reforçando uma elevação de 25 bp na próxima reunião.

O breve alívio do núcleo do PCE há 2 semanas e a parcial dos dados do mercado de trabalho reforçariam a percepção do mercado de juros possivelmente mais baixos, mas que agora, após o Payroll, demandam a chancela da série de dados de inflação que serão divulgados esta semana, tanto no atacado, quanto no varejo.

Estoques, vendas ao varejo e produção industrial reforçam a agenda para a economia americana, na busca por uma definição dos juros e tentar formatar parte da ‘teimosia’ dos agentes que insistem em antecipar o ‘início do fim’ das altas de juros nos EUA.

Localmente, além das costurar do arcabouço fiscal, ainda passando por intervenções do governo de forma a tentar retirar o máximo de rubricas de um possível teto, o governo tenta negociar internamente seu formato definitivo a ser apresentado ao congresso.

Parte do problema reside exatamente aí, pois o decreto de lula à PEC do saneamento, possibilitando estatais de participar do processo sem licitação foi considerado uma afronta à promulgação da peça no congresso e que foi considerada um enorme avanço para reduzir o problema do saneamento básico no Brasil.

Agora, o governo deverá sofrer a oposição neste e em outros temas importantes, em meio à uma oposição mais bem formada do que a situação e que pode exatamente dificultar a tramitação de pautas, como o arcabouço fiscal.

Outro ponto importante na semana é o IPCA e a pressão ainda presente no índice, em meio aos desafios da condução da política monetária e exigências da base governamental de cortes urgentes de juros, como se isso fosse a causa primária da série de problemas que o Brasil deve enfrentar nos próximos 2 anos.

A atenção, neste caso, será nas pressões diferenciadas entre bens e serviços e como isso impacta os núcleos inflacionários e no fim, a decisão em manter ou não os juros nos patamares atuais pelo Banco Central.

ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa por dados de inflação nos EUA e a largada da temporada de balanços.

Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, após um longo feriado em diversas praças no ocidente e oriente.

O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, sem rumo, alta no minério de ferro e prata.
O petróleo sobe em Londres e  em Nova York, com temores de oferta mais apertada após os cortes de produção.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,78%.

CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0568 / 0,44 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,009%
Dólar / Yen : ¥ 132,24 / 0,008%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / 0,113%
Dólar Fut. (1 m) : 5074,27 / -0,12 %
 
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,25 % aa (0,20%)
DI - Janeiro 25: 12,04 % aa (0,59%)
DI - Janeiro 26: 11,90 % aa (0,72%)
DI - Janeiro 27: 11,99 % aa (0,68%)
 
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1546% /  100.822 pontos
Dow Jones: 0,0077% /  33.485 pontos
Nasdaq: 0,7594% /  12.088 pontos
 
Nikkei: 0,42% /  27.634 pontos
Hang Seng: 0,28%  /  20.331 pontos
ASX 200: -0,25% /  7.219 pontos
 
ABERTURA
DAX: 0,501% / 15597,89 pontos
CAC 40: 0,116% / 7324,75 pontos
FTSE: 1,026% / 7741,56 pontos
 
Ibov. Fut.: -0,08% / 100980,00 pontos
S&P Fut.: 0,03% / 4133,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,114% / 13156,75 pontos
 
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,09% / 106,34 ptos

Petróleo WTI: 0,11% /  $80,79
Petróleo Brent: 0,05% /  $85,16
 
Ouro: -0,34% /  $2.001,76
Minério de Ferro: 1,12% /‎‎ $117,30
 
Soja: 0,08% / $1.495,25
Milho: -0,16% /  $642,50
Café: 1,92% /  $183,60
Açúcar: 2,88% /  $23,61