A semana anterior trouxe uma série de indicadores econômicos nos EUA acima das expectativas e ao menos marginalmente, revertendo em partes a tendência de um crescimento econômico mais modesto neste ano.
Para o Brasil, a tendência foi oposta, com o IBC-Br, prévia do PIB do Banco Central com resultado abaixo das expectativas e desenhando um cenário de atividade econômica fraca para o início deste ano.
Para ambos os eventos, ainda que apartados, a resposta da política monetária deve ser a mesma: paciência. Para os EUA, como citamos diversas vezes aqui, a ausência de reação inflacionária ao desemprego baixo deixa as autoridades atônitas ao ponto de deterem a alta de juros para entender tal fenômeno.
Por aqui, o peso da ausência das reformas também deixa a autoridade monetária numa posição difícil, daí a necessidade de se aguardar a conclusão dos eventos políticos, para então entender os efeitos na política monetária.
Na semana, após as fortes vendas ao varejo, os destaques são o PIB americano, dados do mercado imobiliário e no Brasil, o IPCA-15 deve ainda refletir o peso do item alimentação e o resultado deve superar a alta já considerável da medição anterior e dados do setor externo.
No âmbito corporativo, o dia 24 marca o início da temporada de balanços no Brasil com o resultado da ENEL e mais uma série de resultados sendo divulgados no exterior.
Um ponto importante, Trump anunciou que países que compram petróleo do Irã devem sofrer sanções dos EUA e a semana começa com forte impacto na commodity, puxando também commodities metálicas e a volatilidade no início da semana.
Destacam-se hoje os resultados de Kimberly-Clark (NYSE:KMB), Lennox e Whirlpool.
CENÁRIO POLÍTICO
O alívio causado pela “aula” de Paulo Guedes durante entrevista na TV semana passada é pouco para preservar a calma do mercado financeiro, ainda atento às movimentações da CCJ.
As atenções se voltam à tentativa do Centrão de mostrar poder e de como o governo pode lidar com a insatisfação de sua base, em especial ao PSL, dados os acenos, por exemplo, de Guedes ao Novo.
A ‘ciumeira’ generalizada pela ausência de distribuição de cargos, pela falta de comprometimento com a agenda liberal e com o pragmatismo dos militares estão entre os fatores a serem lidados com o governo e obviamente, com os ‘filhos adolescentes’ do presidente nas redes sociais.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em queda, com a temporada de balanços.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com as sanções dos EUA aos países que compram petróleo iraniano.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.
O petróleo abre em alta, com a sanção americana.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 9,4%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9278 / -0,32 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,044%
Dólar / Yen : ¥ 111,93 / 0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,054%
Dólar Fut. (1 m) : 3921,17 / -0,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,45 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,03 % aa (-1,26%)
DI - Janeiro 23: 8,21 % aa (-1,20%)
DI - Janeiro 25: 8,77 % aa (-0,79%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,39% / 94.578 pontos
Dow Jones: 0,42% / 26.560 pontos
Nasdaq: 0,02% / 7.998 pontos
Nikkei: 0,08% / 22.218 pontos
Hang Seng: -0,54% / 29.963 pontos
ASX 200: 0,05% / 6.260 pontos
ABERTURA
DAX: 0,000% / 12222,39 pontos
CAC 40: 0,000% / 5580,38 pontos
FTSE: 0,000% / 7459,88 pontos
Ibov. Fut.: 1,25% / 95223,00 pontos
S&P Fut.: -0,175% / 2904,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,308% / 7688,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,59% / 82,07 ptos
Petróleo WTI: 2,03% / $65,30
Petróleo Brent:2,31% / $73,63
Ouro: 0,22% / $1.278,34
Minério de Ferro: -0,05% / $92,91
Soja: 0,00% / $15,72
Milho: -0,49% / $356,50
Café: 3,62% / $91,40
Açúcar: 3,32% / $12,71