O contexto de juros em nível global não acompanha o FOMC e tanto o Banco da Inglaterra (BOE), quanto o Banco do Japão (BoJ) decidiram tanto pela manutenção de juros baixos, como pelos programas de alívio quantitativo (Quantitative Easing – QE).
Esta tendência evidencia a necessidade de liquidez em nível global, apesar dos números historicamente elevados e das pretensas bolsas nas bolsas de valores mundiais. Os indicadores de atividade econômica e emprego nas economias centrais não tem respondido como os EUA responderam ao programa.
Entre os emergentes, a tendência do afrouxamento, como ocorrido na Rússia hoje, com o corte de juros para os 9% aa é outro elemento que incrementa o apetite pelo prêmio de maior risco, mantendo o atual cenário.
Nem mesmo os riscos políticos e geopolíticos tem tido potencial de reverter tal contexto positivo, porém, a reação deve ocorrer quando outras economias centrais adotarem o viés do Federal Reserve. Algo que pode demorar.
CENÁRIO POLÍTICO
A questão política continua a se avolumar, enquanto a preocupação do mercado continua concentrada nas votações das reformas, para o avanço efetivo dos cortes de juros por parte do Banco Central.
Entre delações de Funaro, possível de Cunha e reformas de imóveis (a pedra no sapato de políticos, hoje em dia), a prova de que a classe política como um todo mantem um conluio insalutar com o setor privado é incontestável e afetou negativamente tanto a produtividade, quanto a competitividade do país em nível global.
O que se necessita agora, seria uma união cívica numa agenda reformista, até mesmo pela necessidade de auto sobrevivência da classe política, a ser colocada como a primeira culpada por uma reversão da insipida recuperação econômica vigente.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, com reação à manutenção da política de juros por parte do Banco da Inglaterra. O fechamento na Ásia foi na maioria positivo, pela decisão semelhante do Banco do Japão na madrugada.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, após abertura positiva, enquanto os Treasuries operam com alta no rendimento em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, o ouro ganha um pouco de tração, após as vendas aceleradas pós-FOMC e o minério de ferro sobe na maioria das praças, com a redução de estoques.
O petróleo opera em alta em NY e Londres, por conta dos preços excessivamente baixos recentemente. Estoques continuam em alta.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2752 / -1,20 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,251%
Dólar / Yen : ¥ 111,37 / 0,397%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,094%
Dólar Fut. (1 m) : 3294,50 / -0,82 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,17 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,20 % aa (-0,43%)
DI - Janeiro 21: 10,26 % aa (-0,97%)
DI - Janeiro 25: 10,90 % aa (-0,91%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,15% / 61.923 pontos
Dow Jones: -0,07% / 21.360 pontos
Nasdaq: -0,47% / 6.166 pontos
Nikkei: 0,56% / 19.943 pontos
Hang Seng: 0,24% / 25.626 pontos
ASX 200: 0,19% / 5.774 pontos
ABERTURA
DAX: 0,261% / 12724,97 pontos
CAC 40: 0,627% / 5249,61 pontos
FTSE: 0,597% / 7463,69 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 62808,00 pontos
S&P Fut.: 0,132% / 2435,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,175% / 5712,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,39% / 81,24 ptos
Petróleo WTI: 1,01% / $44,91
Petróleo Brent:1,36% / $47,56
Ouro: 0,13% / $1.255,55
Minério de Ferro: 0,02% / $54,51
Soja: 0,56% / $17,93
Milho: -0,07% / $379,25
Café: 0,32% / $126,20
Açúcar: 0,74% / $13,57