O feriado especial nos EUA ontem pelos ritos finais ao ex-presidente Bush retirou uma parcela significativa do volume do mercado e a volatilidade imperou durante a sessão.
Os indicadores econômicos relevantes a serem divulgados passaram para hoje, com destaque para o ADP Employment, criação de postos de trabalho no setor privado americano e os indicadores trimestrais de produtividade e custo de mão de obra.
Estes últimos têm importância renovada no atual contexto de política monetária americana, pois usualmente, há uma queda na produtividade sempre que o custo de mão de obra se eleva e vice e versa.
O problema é que os resultados mais recentes têm demonstrado uma elevação no custo de mão de obra (salários) e a produtividade continua a subir, denotando contínuo aquecimento da atividade econômica.
A preocupação do Fed é que tais movimentos possam se refletir em inflação futura em um ponto incontrolável, daí o ciclo preventivo de altas de juros desde o ano passado.
Ainda assim, em declarações recentes, Powell deixou claro que caso os indicadores assim mostrem um arrefecimento consistente da economia, pode não haver motivos para a continuidade do aperto monetário.
Com a guerra comercial, a política monetária americana continua no foco por muito tempo.
CENÁRIO POLÍTICO
O fatiamento da previdência e o adiamento da cessão onerosa não passam de notícia antiga ao mercado financeiro, o qual considera qualquer aprovação neste ano como um bônus, ainda que difícil de ocorrer.
Daí falta muito para imputar a morosidade dos ativos ontem à questão política, agora mais focada no internacional, devido à volatilidade de opinião de Trump quanto à guerra comercial com a China, com grande capacidade de disrupção.
Localmente, a atenção forte ocorrerá com a posse e a definição concreta do que se pode conhecer como agenda de reformas, que será efetivamente enviada ao congresso.
Antes disso, é mera especulação.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com temores pela guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, seguindo o ímpeto mais fraco no ocidente.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, a alta é observada somente no ouro e no minério de ferro, com a pressão chinesa.
O petróleo abre em queda, com temores de recessão.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 21,46%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8657 / 0,42 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,071%
Dólar / Yen : ¥ 112,70 / -0,433%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,008%
Dólar Fut. (1 m) : 3868,24 / 0,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 6,56 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,94 % aa (-0,72%)
DI - Janeiro 21: 7,97 % aa (-0,50%)
DI - Janeiro 25: 9,77 % aa (0,10%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,47% / 89.040 pontos
Dow Jones: -3,10% / 25.027 pontos
Nasdaq: -3,80% / 7.158 pontos
Nikkei: -1,91% / 21.502 pontos
Hang Seng: -2,47% / 26.156 pontos
ASX 200: -0,19% / 5.658 pontos
ABERTURA
DAX: -2,441% / 10926,89 pontos
CAC 40: -2,425% / 4824,46 pontos
FTSE: -2,403% / 6755,52 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 89122,00 pontos
S&P Fut.: -1,840% / 2652,00 pontos
Nasdaq Fut.: -2,344% / 6643,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,67% / 82,38 ptos
Petróleo WTI: -3,12% / $51,24
Petróleo Brent:-3,18% / $59,60
Ouro: 0,00% / $1.237,35
Minério de Ferro: 1,08% / $67,55
Soja: 0,30% / $16,62
Milho: 0,07% / $374,50
Café: -0,93% / $100,95
Açúcar: 0,24% / $12,66