A série de externalidades parece não ter fim. Desta vez, a Itália passa por problemas no parlamento, com os grupos populistas Lega (de direita) e o movimento Cinque Stelle (de esquerda) nas discussões do déficit do orçamento para 2019.
Eles concordaram ontem com uma meta de déficit de 2,4%, três vezes maior do que o número que o governo anterior havia planejado para 2019 – com oposição de alguns membros do governo tecnocrata e do ministro das Finanças, Giovanni Tria.
Com a segunda maior dívida da Zona do Euro, 2,3 tri de euros, a Itália tem sido observada de perto por analistas, investidores e outros governos, com o temor de uma crise fiscal que possa trazer um contagio sistêmico, como aquele observado nas crises de 2010/2011.
Por enquanto, a sustentabilidade do crescimento americano evita que tais externalidades tenham a dimensão e o impacto potencial liberado, porém, os problemas políticos de Trump e a insistência na guerra comercial pode cobrar um preço elevado, potencializando problemas como este na Itália.
Localmente, o crescimento econômico mais gradual do que se previa anteriormente continua a sofrer o impacto tanto da redução da demanda por ativos de países emergentes, quanto da indefinição do processo político vigente.
Neste contexto, nada de aperto monetário por parte do COPOM.
CENÁRIO POLÍTICO
Bolsonaro passa agora pelo processo de ataque direto da mídia, após pouco capitalizar o evento da facada. Mourão e Paulo Guedes “soltos” não ajudam também o presidenciável, com declarações polêmicas, as quais são rechaçadas no melhor estilo Trump, via tweets.
Agora, poupando outros candidatos e até mesmo a herança maldita do partido do segundo colocado, a alça de mira da mídia é em Bolsonaro e na sua rejeição elevada, principalmente do público feminino, num evento semelhante ao ocorrido com lula durante a eleição de 2009.
Tudo igual.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY operam em queda, com o problema do orçamento na Itália.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com o recorde do Nikkei.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vértices.
Entre as commodities metálicas, altas, com exceção ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta em NY e em Londres, com a oferta limitada tanto nos EUA, quanto pela OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 3%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0116 / -0,54 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,507%
Dólar / Yen : ¥ 113,40 / 0,018%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,222%
Dólar Fut. (1 m) : 3993,94 / -0,94 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 19: 7,54 % aa (-1,11%)
DI - Janeiro 20: 8,27 % aa (-1,08%)
DI - Janeiro 21: 9,46 % aa (-0,94%)
DI - Janeiro 25: 11,61 % aa (-0,94%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,71% / 80.000 pontos
Dow Jones: 0,21% / 26.440 pontos
Nasdaq: 0,65% / 8.042 pontos
Nikkei: 1,36% / 24.120 pontos
Hang Seng: 0,26% / 27.789 pontos
ASX 200: 0,43% / 6.208 pontos
ABERTURA
DAX: -1,537% / 12244,42 pontos
CAC 40: -1,038% / 5482,91 pontos
FTSE: -0,675% / 7494,50 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 80122,00 pontos
S&P Fut.: -0,236% / 2913,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,389% / 7627,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,04% / 84,76 ptos
Petróleo WTI: 0,06% / $72,16
Petróleo Brent:0,39% / $82,04
Ouro: -0,01% / $1.182,69
Minério de Ferro: 0,04% / $68,69
Soja: 0,38% / $15,98
Milho: 0,07% / $365,00
Café: 0,10% / $99,40
Açúcar: 0,50% / $10,10