ÁSIA: Os principais mercados asiáticos, com exceção do Shanghai Composite, seguiram uma recuperação global, depois de um rali de três dias das commodities. O índice MSCI Asia Pacific ganhou 1,5%, dirigindo-se para o maior ganho em seis semanas.
O Petróleo nos EUA recuou durante a madrugada, depois de um rebote de 19% por quatro dias, enquanto o rublo da Rússia e yuan da China subiram. O yuan subiu depois que o banco central aumentou a taxa de referência, com intuito de forçar a moeda a ficar dentro de sua banda de negociação permitida. Os títulos do Japão de 10 anos subiram três pontos base, acima da rendibilidade das notas da Alemanha. O rendimento dos títulos de 10 anos da Austrália atingiram a maior alta em 19 meses em um dia, subindo 20 pontos base para 2,48%, apagando a queda de ontem, depois do corte da taxa de juros pelo Banco Central da Austrália.
O otimismo de que a Grécia será capaz de negociar um acordo de dívida com os seus parceiros europeus também impulsionou o sentimento de negociação e as bolsas dos EUA fecharam em alta pelo segundo dia consecutivo. Todos os índices avançando mais de 1%, com a crença de que o petróleo atingiu o fundo depois de uma derrocada de sete meses.
O S&P/ASX 200 da Austrália subiu 1,23%, renovando a alta de sete anos, depois do corte da taxa de juros pelo Reserve Bank da Austrália (RBA). O dólar australiano foi negociado a 0,7829 dólares em relação ao homônimo americano, recuperando-se da mínima de seis anos de 0,7648 dólares, atingidos na sessão anterior. O setor de energia estendeu os ganhos. Origin Energy subiu 3,4% e Santos avançou 2%. Peso pesados da mineração também contribuiram para o rali. Fortescue Metals e BHP Billiton registraram os melhores desempenhos, com ganhos de 8,9 e 4,4%, respectivamente. Os bancos Westpac e Commonwealth Bank of Australia baixaram as taxas da hipoteca flutuante na quarta-feira e as ações dos dois bancos subiram 2,8 e 0,4%.
Nikkei do Japão subiu quase 2%, impulsionado pelo rali no setor financeiro e com um iene mais fraco, sendo negociado a 117,7, ante 116,9 na terça-feira. Mitsubishi UFJ Financial Group fechou em alta de 5,2% depois de anunciar lucros melhores do que o esperado no período de setembro a dezembro, enquanto a rival SMFG saltou 2,7%. As ações da Nissan Motor subiram 1,9%, após uma alta de 22% nas vendas na China em janeiro. Em sentido contrário, Panasonic registrou perdas de 2%, após queda de 42% no lucro líquido de nove meses. A gigante de eletrônicos Sharp despencou 4,5%, depois de reverter seu lucro no ano fiscal, alertando que poderia perder cerca de 256 milhões de dólares, devido queda em seus negócios de TV e telas de smartphones. Toyota Motor anunciou um aumento de 8% no lucro operacional após o fechamento do mercado. As ações da montadora fecharam em alta de 2,4%. A empresa Sony disse que seu prejuízo líquido em 2014 foi menor do que previsto anteriormente em uma conferência de imprensa, após a ação terminar com alta de 2,7%.
Na China as bolsas fecharam em sinais opostos. O Shanghai Composite caiu 0,93%, após dados mostrarem que o setor de serviços em janeiro da China, compilados pelo HSBC, cresceu em um ritmo mais lento em seis meses, para 51,8 em janeiro, ante 53,4 em dezembro. Apesar da queda no índice, a atividade de serviço ainda estava se expandindo ante mês anterior, embora a um ritmo mais lento. Uma leitura acima de 50 indica expansão mês a mês, enquanto um nível abaixo aponta contração.
A produtora de petróleo PetroChina caiu 2,4%, enquanto a China Oilfield Services e Sinopec subiu 1%. China Pacific Insurance liderou as perdas no setor dos seguros, com uma queda de 3,7%. Ping An Insurance e China Life Insurance caíram 2.3 e 1,5% cada. Shanghai Electric Power subiu até o limite diário de 10% depois que sua controladora, a China Power Investment, recebeu a aprovação para começar a trabalhar em uma fusão com a State Nuclear Power Technology (SNPTC).
Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,5%, impulsionado por papéis ligados a energia, apesar dos futuros de petróleo recuarem durante as negociações na Ásia. Cnooc subiu 4,32%, PetroChina avançou 1,86% e China Petroleum & Chemical (Sinopec) avançou 1,62%. Entre os bancos, HSBC Holdings subiu 1,26% e Standard Chartered disparou 5,04%. O índice PMI de manufatura do HSBC para Hong Kong em janeiro caiu para 49,4%, ante 50,3 em dezembro, indicando contração no início de 2015, em meio a desaceleração econômica da China. O HSBC PMI é baseado em uma pesquisa com cerca de 300 empresas feitas pela Markit Economics.
EUROPA: As bolsas europeias operam entre pequenos ganhos e perdas nos primeiros negócios nesta quarta-feira, com os investidores reagindo aos balanços de empresas e uma queda nos preços do petróleo, depois de um rali na sessão anterior. O Euro Stoxx 50 cai 0,20% após fortes ganhos na terça-feira.
Após encontros em Paris, Londres e Roma, o ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis encontrará o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi e o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, em busca de tempo e apoio financeiro necessário para negociar um novo acordo de resgate. Índice ASE da Grécia saltou 16% nos últimos dois dias, a maior alta desde 1990, após o primeiro-ministro Alexis Tsipras dizer que as obrigações com o BCE e FMI seriam pagos e que ele espera um acordo, com novas condições de resgate.
Entre notícias corporativas, Banco Bilbao Vizcaya Argentaria sobe 2%. O segundo maior banco da Espanha, voltou a registrar lucro, de 689 milhões de euros ($ 790,000,000) no quarto trimestre com a melhora do mercado doméstico. Em Paris, LVMH (Louis Vuitton Moet Hennessy) sobe 5,6%, após dizer que está confiante em 2015, após a recuperação da demanda, com um crescimento melhor do que o esperado em suas unidades de moda, artigos de couro e vinhos. A alemã Hugo Boss cai 5,4% em Frankfurt depois de reportar vendas e lucro, abaixo das estimativas em 2014.
As companhias petrolíferas acrescentam pressão sobre o índice FTSE 100 do Reino Unido, a caminho de quebrar uma série de dois dias de alta. Na terça-feira, fechou em nível mais alto desde o início de setembro de 2014, impulsionado por um rali de 7% nos preços do petróleo e alívio com nervosismo sobre a Grécia. As ações da Tullow Oil perdem 2,64%, BP recua 0,56% e Royal Dutch Shell cai 1,15%. Empresas de mineração também diminuem. Anglo American cai 1,97%, BHP Billiton recua 1,28%, Rio Tinto perde 0,80% e Antofagasta recua 0,78%.
O índice PMI composite da Zona do Euro cresceu para 52.6, o maior desde julho.
AGENDA ECONÔMICA: EUA
11h15 - ADP Non-Farm Employment Change (número de postos de trabalho no setor privado dos EUA);
12h45 - Final Services PMI (Índice PMI de Serviços);
13h00 - ISM Non-Manufacturing PMI (índice baseado em pesquisas com 400 empresas não industriais, em 60 setores em todo o país);
13h30 - Crude Oil Inventories (Relatório de Estoques de Petróleo dos Estados Unidos);
ÍNDICES MUNDIAIS (7h35):
ÁSIA
Nikkei: +1,98%
Austrália: +1,23%
Hong Kong: +0,50%
Shanghai Composite: -0,93%
EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,43%
London - FTSE: -0,33%
Paris CAC -0,07%
IBEX 35: +0,57%
FTSE MIB: -0,16%
COMMODITIES
BRENT: -0,52%
WTI: +0,70%
OURO: +0,24%
COBRE: -0,79%
NIQUEL: -1,85%
SOJA: +0,15%
ALGODÃO: +0,10%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,10%
SP500: -0,15%
NASDAQ: -0,18%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.