ÁSIA: A maioria das bolsas da Ásia fechou em queda, depois que o Banco Central Europeu disse que não iria aceitar títulos gregos como garantia. Foi um balde de água gelada sobre os esforços de Atenas na tentativa de renegociar novos termos de resgate com os credores.
Enquanto isso, os preços do petróleo continuaram a ser uma fonte de volatilidade nos mercados. Wall Street recuou, pesado por ações de energia e o índice da MSCI para ações da Ásia-Pacífico com exceção do Japão caiu 0,1% depois de subir 1% no dia anterior.
Índice de referência do Japão, o Nikkei recuou de 0,98%, influenciado por fracos resultados trimestrais, depois do rali de quase 2% na sessão anterior, o maior ganho diário em mais de duas semanas. Hitachi despencou 10% depois que o lucro operacional caiu 1% no ano, Mazda Motor caiu quase 3% depois de postar uma queda de 5% no lucro e em sentido contrário, Sony fechou 12% maior após a empresa de eletrônicos informar que os lucros mais do que triplicaram, dizendo que a sua perda líquida anual será menor do que o previsto.
Na China, o Índice Composto de Shanghai fechou em baixa de 1,18%, a 3.136,53 pontos, apesar de estímulo por parte do Banco Popular da China, medida esta que já era esperada antes do prolongado feriado do Ano Novo Lunar, entre 19 e 25 de fevereiro, cuja expectativa ajudou na alta de cerca de 40% no mercado de ações nos últimos meses. Na noite desta quarta-feira, o BC chinês reduziu as exigências de reservas obrigatórias que os bancos devem manter (RRR), em 50 pontos percentuais, pela primeira vez em dois anos, numa tentativa de aumentar a liquidez e estimular o crédito. Os baixos volumes de negociação e a diminuição do número de novas contas indicam que a entrada de capitais no mercado de ações está em baixa e a falta de entradas de capitais tem impactado a capacidade do mercado de ações de reagir. As medidas de flexibilização por parte do banco central vêm em meio a crescentes sinais de desaceleração na segunda maior economia do mundo.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,40%. Analistas disseram que as ações em Hong Kong estão sendo prejudicadas por realização de lucros, dadas as preocupações com desaceleração da economia da China e que os investidores continuarão a negociar com cautela antes do feriado do Ano Novo. As ações do setor imobiliário se destacaram em Hong Kong, enquanto os bancos lideraram os ganhos no continente.
Em sentido contrário, o índice S&P/ASX 200 da Austrália subiu 0,58%, saltando para uma alta de sete anos e cravando a décima primeira sessão consecutiva de alta, sustentada por ganhos dos bancos, após o Banco da Reserva da Austrália cortar a taxa de juros, na terça-feira. A perspectiva é de mais corte na taxa ainda este ano. National Australia Bank subiu 1,3% depois de informar que o lucro líquido subiu para A$ 1,8 bilhão nos últimos três meses de 2014. Australia New Zealand Banking subiu 1%, enquanto Commonwealth Bank of Australia saltou 2,6%. O setor financeiro ajudou a compensar as perdas no setor de mineração e energia. Depois de aumentar mais de 20% em quatro sessões, o preço do petróleo recuou com força nesta madrugada, enquanto o minério de ferro continuou a cair. Woodside caiu 1,7%, Oil Search perdeu 2.8% e Santos recuou 3,2%. Entre as mineradoras, Rio Tinto caiu 0,9%, para 60,20 dólares e BHP Billiton caiu 2%, para 31,36 dólares.
EUROPA: As bolsas europeias recuam nos primeiros movimentos desta quinta-feira, depois que o Banco Central Europeu (BCE) pressionou a Grécia com relação ao acordo com seus credores sobre o futuro do seu programa de resgate. As ações de bancos lideram as perdas.
O índice Stoxx Europe 600 desliza 0,4%, depois de subir 0,5% na quarta-feira. O benchmark subiu 8,2%, após o BCE anunciar um plano de compra de títulos, incluindo títulos soberanos. As bolsas de países periféricos da Europa, como o português PSI 20, espanhol IBEX 35 e o italiano FTSE MIB são as mais atingidas, após a linha dura sobre a dívida grega.
Desde que chegou ao poder há quase duas semanas, o novo governo grego, liderado pelo partido Syriza, procura reformular o programa de resgate do país com as instituições europeias, mas em um comunicado nesta quarta-feira, o BCE disse que limitará os empréstimos e como consequência, aumentará os custos de financiamento para os bancos gregos, que deverão pleitear ao Banco Central grego, agora seu único canal de financiamento de emergência.
Entre as notícias corporativas, o banco francês BNP Paribas informou uma queda acentuada no lucro líquido no ano de 2014 de 157 milhões de euros (178 milhões de dólares americanos), baixa de 96,7% sobre o ano anterior. Ações sofrem queda de 3% e as da Munich Re mergulham 0,8%, depois de reportar lucro líquido do quarto trimestre, ligeiramente abaixo das expectativas.
O índice FTSE 100 do Reino Unido cai, aparando seu ganho semanal. Entre as maiores quedas, as empresas de petróleo continuaram a recuar com o enfraquecimento dos preços do petróleo. Tullow Oil cai ,97%, Royal Dutch Shell perde 1,87% e BP recua 1,63%. Empresas de mineração também recuam, embora alguns metais avançam. Glencore cai 2,40%, BHP Billiton perde 2,39% e Rio Tinto desliza 0,92%.
Fora das questões das commodities, AstraZeneca cai 2,25% após a farmacêutica dizer que está comprando a Actavis, que atua no segmento de medicamento para problemas respiratórios nos EUA e Canadá, como também relataram lucros decepcionantes no quarto trimestre. BT Group sobe 3,59%, após registrar ganhos sólidos, depois que a empresa de telecomunicação concordou em comprar a operadora de telefonia móvel EE da Deutsche Telekom e Orange por 12,5 bilhões de libras (18,98 bilhões de dólares americanos). As ações da Deutsche Telekom sobem 0,1% e Orange cai 0,9%.
As encomendas às fábricas na Alemanha subiram 4,2% em dezembro, superando a expectativa de aumento de 1,2% dos analistas, dando evidências da força econômica da maior economia da Europa.
AGENDA ECONÔMICA: EUA
11h30 - Trade Balance (balança comercial; mede a diferença entre os valores das importações e exportações realizadas pelo país);
11h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
11h30 - Prelim Nonfarm Productivity (mede a produtividade da mão-de-obra da economia norte-americana, excluída a agropecuária);
9h30 - Prelim Unit Labor Costs (mede a variação no custo total do emprego);
ÍNDICES MUNDIAIS (7h10):
ÁSIA
Nikkei: -0,98%
Austrália: +0,58%
Hong Kong: +0,40%
Shanghai Composite: -1,17%
EUROPA
Frankfurt - Dax: -0,26%
London - FTSE: -0,59%
Paris CAC -0,62%
IBEX 35: -1,44%
FTSE MIB: -1,34%
COMMODITIES
BRENT: -1,65%
WTI: -1,03%
OURO: -0,19%
COBRE: -2,12%
NIQUEL: -1,85%
SOJA: +0,18%
ALGODÃO: -0,90%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,17%
SP500: +0,20%
NASDAQ: +0,01%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.