A euforia pelos 100.000 do iBovespa foi alimentada ontem por uma conjunção de fatores positivos, num cenário mais formado por expectativas do que pela realidade.
Os avanços da reforma da previdência, com a chegada amanhã do texto sobre os militares, a formação da CCJ e os sinais emitidos pela base animam os investidores, ainda que diversos pontos tragam desafios, como a revisão dos salários de militares.
Outro ponto foram as notícias de peste suína na China, que beneficiaria empresas de processamento de carnes brasileiras, num impulso adicional de exportações, com as conversas nos EUA para a retirada das restrições à carne brasileira durante a visita do presidente Bolsonaro.
Além de tudo, o fator psicológico pela chegada do recorde nominal do índice (não o real) e levou o CDS aos 153 pontos, retroalimentou o humor dos investidores, que hoje focam as atenções no primeiro dia de reuniões de política monetária, em destaque o COPOM e o FOMC.
Para ambos os casos, repetimos aquilo citado em nossas análises mais recentes: manutenção.
Localmente, alguns analistas já acreditam que exista suporte para um corte de juros por parte do COPOM, em vista aos mais recentes indicadores econômicos.
Todavia, ao se desconsiderar a queda na indústria, serviços apresentaram crescimento acima das expectativas e a inflação dá sinais de pressão sazonal, com resultados muitas vezes acima das projeções, como o IGP-M semanal de hoje aos 1,06% e o IPC-Fipe aos 0,56%.
Ainda assim, estes poucos indicadores não sustentariam em si uma manutenção, porém nem sequer aqueles indicando contração sustentariam uma queda.
Os fatores que determinam não só o spread bancário no Brasil continuam intactos e somente o afrouxamento monetároa não tem poder para transferir este diferencial aos consumidores.
Daí a ineficiência do corte sem as reformas.
CENÁRIO POLÍTICO
A proposta dos militares, segundo membros do ministério da economia, possui demandas consideradas críveis, principalmente em como a carreira não sofre alterações há muitos anos e não conta com uma série de benefícios.
Ainda assim, a expectativa da população é clara no sentido dos militares darem sua parcela de sacrifício na reformas, para assim demonstrarem o comprometimento que a população em pesquisas recentes como da XP.
Separando as coisas seria o melhor caminho, principalmente agora. Falar de salários somente em um momento mais oportuno do que o atual.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela decisão do FOMC.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com os problemas agropecuários chineses.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta, com projeções de estoques mais modestos.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 3,3%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7917 / -0,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,194%
Dólar / Iene : ¥ 111,22 / -0,188%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,317%
Dólar Fut. (1 m) : 3794,23 / -0,68 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,36 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,92 % aa (-0,72%)
DI - Janeiro 23: 8,00 % aa (-0,74%)
DI - Janeiro 25: 8,54 % aa (-0,58%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,86% / 99.994 pontos
Dow Jones: 0,25% / 25.914 pontos
Nasdaq: 0,34% / 7.714 pontos
Nikkei: -0,08% / 21.567 pontos
Hang Seng: 0,19% / 29.466 pontos
ASX 200: -0,09% / 6.185 pontos
ABERTURA
DAX: 0,930% / 11765,52 pontos
CAC 40: 0,512% / 5440,54 pontos
FTSE: 0,406% / 7328,83 pontos
Ibovespa Futuros.: 0,84% / 100321,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,412% / 2852,30 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,377% / 7388,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,50% / 82,35 ptos
Petróleo WTI: 0,76% / $59,54
Petróleo Brent:0,80% / $68,08
Ouro: 0,36% / $1.308,37
Minério de Ferro: 0,19% / $86,28
Soja: -0,37% / $16,09
Milho: 0,07% / $372,25
Café: -1,00% / $93,65
Açúcar: -0,62% / $12,77