Não foi somente o PIB brasileiro a razão para a reação positiva de nossa bolsa de valores, a qual abriu positiva por causa do indicador e depois seguiu a bolsa americana ipsis-literis durante o dia.
Ainda assim, há motivos para comemorar, pois não somente o indicador superou a mediana das projeções do mercado aos 1,2% no trimestre (Infinity:1,2%), 3,2% contra 2021 (Infinity: 3,0%) e acumulado aos 2,6% (Infinity: 2,6%) , como qualitativamente, o PIB demonstrou um crescimento consistente para o período.
Foi puxado por serviços e indústria, esta última puxada pela construção civil e além disso, a FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), conhecida popularmente como investimento cresceram 4,8%, puxados pela melhora no consumo das famílias, de 2,6%, com tudo isso ocorrendo com o detrimento do setor externo.
Exportações caíram 2,5%, enquanto importações cresceram 7,6% no trimestre, trazendo contribuição negativa ao indicador, portanto o resultado poderia ter sido ainda mais expressivo.
No início de 2022, quando a enorme maioria dos analistas cantava aos sete ventos que o Brasil passaria por uma recessão no ano, expúnhamos as razões técnicas e estatísticas para comprovar, ainda que sem os auxílios, cresceríamos no mínimo 1,2%, em meio aos programas ainda em andamento, investimentos contratados em 2021 em diversos setores e uma dose de inércia.
Nossa projeção de 2,5% de PIB deste ano se preserva, todavia, não descartamos a possibilidade de os gastos do governo comporem a melhora num trimestre como o terceiro, sazonalmente mais fraco.
Ainda teremos o impacto da inflação possivelmente negativa em setembro, após mais um corte de combustíveis anunciado pela Petrobrás, onde a projeção sai de 0,22% para -0,14% e poderemos fechar o ano mais próximos de 5% do que os 6,70% projetados no relatório Focus do Banco Central.
Este é mais um elemento que afeta tanto as curvas de juros, como a percepção de bem-estar da população, ajudando no crescimento econômico.
Hoje o foco é no mercado de trabalho americano, após a decepção com os resultados do ADP Employment e do ainda elevado custo de mão de obra e no Brasil, produção industrial e o IPC-Fipe de agosto aos 0,12% (Infinity: 0,10%).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa com os dados do mercado de trabalho nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, também na expectativa pela divulgação do Payroll e o desemprego nos EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos a partir dos 10 anos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre e minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, onde petrolíferas apostam que a Opep+ falará sobre cortes na produção para conter queda dos preços.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,94%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2428 / 1,12 %
Euro / Dólar : US$ 1,00 / 0,593%
Dólar / Yen : ¥ 140,34 / 0,100%
Libra / Dólar : US$ 1,16 / 0,173%
Dólar Fut. (1 m) : 5280,00 / 0,49 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,74 % aa (0,37%)
DI - Janeiro 24: 12,88 % aa (-0,85%)
DI - Janeiro 26: 11,57 % aa (-1,78%)
DI - Janeiro 27: 11,55 % aa (-1,79%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,8057% / 110.405 pontos
Dow Jones: 0,4633% / 31.656 pontos
Nasdaq: -0,2629% / 11.785 pontos
Nikkei: -0,04% / 27.651 pontos
Hang Seng: -0,74% / 19.452 pontos
ASX 200: -0,25% / 6.829 pontos
ABERTURA
DAX: 1,427% / 12810,47 pontos
CAC 40: 0,582% / 6069,43 pontos
FTSE: 0,753% / 7202,31 pontos
Ibov. Fut.: 0,66% / 111890,00 pontos
S&P Fut.: -0,01% / 3968,25 pontos
Nasdaq Fut.: -0,151% / 12270,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,13% / 119,62 ptos
Petróleo WTI: 2,39% / $88,68
Petróleo Brent: 2,26% / $94,45
Ouro: 0,46% / $1.705,12
Minério de Ferro: -1,01% / $94,50
Soja: 0,49% / $1.480,00
Milho: 0,84% / $663,75
Café: 0,51% / $237,55
Açúcar: 0,94% / $18,15