“Medidas menos drásticas do que se esperava”, este foi o argumento de parte do mercado para a reação positiva ao anúncio de emergência global do Coronavírus pela OMS ontem.
Sem restrição ao comércio e ao fluxo de pessoas, houve uma relativização dos impactos da pandemia, onde a China diz que número de mortos atinge 213 e casos aumentam para 9.692.
A província de Shandong disse às empresas que não voltem ao trabalho até 10 de fevereiro, em uma tentativa de combater a disseminação do Coronavírus.
A Grã-Bretanha e a Mongólia já registram os primeiros casos, além da série em diversos países europeus, o que já afeta aos mercados na abertura. Ou seja, a reação do mercado financeiro no fim da sessão de ontem não foi uma tendência, foi um mero ajuste de posições.
Tal ajuste será testado hoje com os ajustes de fim do mês, formação de PTAX, o PMI composto chinês aos 50 pontos, ante 50,2 anterior, de manufaturas de 53,5 para 53 pontos, com serviços positivos aos 54,1 pontos, ante 53,5 anteriores, além do PIB na Zona do Euro, abaixo das expectativas, com 0,1% t/t e 1% a/a.
Na agenda de hoje, se destacam também dos dados do PCE, após um PIB preliminar de 2019 ontem acima das expectativas, com a inflação em baixa, destacando os dados de renda e gastos pessoais.
Localmente, as atenções se voltam à medida de desemprego pela PNAD terminada em dezembro, onde projetamos uma leve queda para 11,1% e os dados do setor público consolidado, após o governo central registrar um déficit acima das expectativas médias dos analistas.
Por fim, este é um dia marcante para a Europa, pois o Reino Unido deve deixar oficialmente a União Europeia às 23h, GMT +0, encerrando um processo de saída de 3 anos e meio, mas iniciando um período de transição de 11 meses.
Com pouco a se comemorar, principalmente após o primeiro caso confirmado de Coronavírus em território britânico, a saída da União Europeia marca agora um novo ciclo desafios aos súditos da rainha, que sequer conseguiram cumprir os requisitos iniciais do processo, ao ponto de levar à queda de Thereza May.
Atenção hoje aos balanços de ExxonMobil (NYSE:XOM), Chevron, Honeywell, Catterpillar, Mizuho e BBVA (MC:BBVA).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com o mercado assustado novamente com a questão do vírus.
Na Ásia, dia negativo, com PMIs e piora nos números do Coronavírus.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque ao cobre.
O petróleo abre em alta, após recomendação da OMS.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 8,59%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,2475 / 0,51 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,018%
Dólar / Yen : ¥ 108,96 / 0,000%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,138%
Dólar Fut. (1 m) : 4264,45 / 1,03 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,97 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,50 % aa (0,18%)
DI - Janeiro 25: 6,20 % aa (0,32%)
DI - Janeiro 27: 6,59 % aa (0,15%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,1241% / 115.528 pontos
Dow Jones: 0,4350% / 28.859 pontos
Nasdaq: 0,2563% / 9.299 pontos
Nikkei: 0,99% / 23.205 pontos
Hang Seng: -0,52% / 26.313 pontos
ASX 200: 0,13% / 7.017 pontos
ABERTURA
DAX: -0,155% / 13136,72 pontos
CAC 40: -0,348% / 5851,36 pontos
FTSE: -0,548% / 7341,48 pontos
Ibov. Fut.: 0,17% / 115648,00 pontos
S&P Fut.: -0,112% / 3286,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,467% / 9170,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,03% / 75,16 ptos
Petróleo WTI: 0,56% / $52,24
Petróleo Brent: 0,63% / $58,51
Ouro: 0,32% / $1.579,85
Minério de Ferro: -0,47% / $92,90
Soja: 0,14% /$ 877,75
Milho: 0,20% / $380,00
Café: 0,10% / $101,15
Açúcar: 0,96% / $14,68