A questão tecnológica sempre foi um dos pontos centrais das discussões comerciais entre China e EUA e o ponto de discórdia inclusive levou ao adiamento por algumas ocasiões das negociações.
Além da questão da transferência forçada de tecnologia e de propriedade intelectual, pontos importantes no ponto de vista americano, a descoberta de supostas espionagens de servidores chineses em grandes empresas de internet americanas elevaram o tom das conversações.
Agora, Lighthizer e Mnuchin, secretários do comércio e do tesouro americano estão a caminho de Pequim para alcançar um novo acordo, que pode pôr fim às hostilidades e reverter parte do cenário prospectivo de crescimento modesto para o próximo biênio.
Aparentemente, os chineses puseram à mesa uma proposta mais ampla e complexa, que agrada aos americanos e com isso, a possibilidade de mudança do contexto global é grande.
Na Europa, entretanto, os temores de possível recessão crescem nas nações menos desenvolvidas e as discussões agora se concentram em como remunerar os depósitos compulsórios no BCE em vista às perdas recentes no Euro.
O dissenso é grande, principalmente em vista à taxa de juros praticada no bloco (0%) e à necessidade de caixa de diversas instituições.
Por aqui, o último relatório trimestral de inflação reforçou a visão de um cenário desafiador, baseado na percepção de continuidade das reformas, porém ainda repletas de desafios políticos.
Além da inflação controlada e abaixo do centro da meta, o ritmo da atividade aquém do esperado reforça as comunicações mais recentes do BCB, o que mantém a perspectiva de uma política monetária estimulativa.
Para os próximos anos, a mudança na meta de inflação para 3,75% levará a leituras mais próximas ao centro, todavia, pesam nas expectativas um contexto em que as reformas têm um peso positivo e impulsionar na economia, como um estímulo de política monetária.
CENÁRIO POLÍTICO
A discussão política no Brasil tem ganhado amplos aspectos que vão além dos fatores tradicionais.
Não adianta criticar a aparente falta de maturidade do Executivo em lidar com o Congresso, pois tal falta de maturidade vem do outro lado também, basta acompanharmos as ‘trocas de farpas’ entre congressistas e até mesmo da base do governo.
Todavia, ao observarmos a ‘sabatina’ ao ministro da Economia ontem, falta também a noção do baixo nível de parte dos senadores, explicitados por perguntas de qualidade e objetivo questionáveis. Falta também em partes uma cobertura com a maturidade que se cobra do governo, ainda que o governo não seja afável à parte da imprensa.
Tudo errado.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com a questão dos compulsórios na Europa e o caso China x EUA.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com o rendimento volátil dos treasuries.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda, destaque à min. de ferro.
O petróleo abre em queda, com novos temores recessivos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,24%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,9952 / 3,03 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,142%
Dólar / Iene: ¥ 110,34 / -0,154%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,546%
Dólar Fut. (1 m) : 3950,55 / 2,20 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,57 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,27 % aa (2,54%)
DI - Janeiro 23: 8,47 % aa (2,79%)
DI - Janeiro 25: 9,05 % aa (2,49%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -3,57% / 91.903 pontos
Dow Jones: -0,13% / 25.626 pontos
Nasdaq: -0,63% / 7.643 pontos
Nikkei: -1,61% / 21.034 pontos
Hang Seng: 0,16% / 28.775 pontos
ASX 200: 0,65% / 6.176 pontos
ABERTURA
DAX: 0,183% / 11439,91 pontos
CAC 40: -0,019% / 5300,24 pontos
FTSE: 0,420% / 7224,44 pontos
Ibov. Fut.: -3,98% / 91734,00 pontos
S&P Fut.: -0,060% / 2808,80 pontos
Nasdaq Fut.: -0,048% / 7331,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,50% / 81,17 ptos
Petróleo WTI: -1,41% / $58,57
Petróleo Brent:-1,24% / $66,99
Ouro: -0,44% / $1.303,84
Minério de Ferro: -0,09% / $85,72
Soja: -1,03% / $15,88
Milho: -0,07% / $373,75
Café: -0,85% / $93,10
Açúcar: -0,64% / $12,50