Produção industrial e vendas ao varejo no Brasil e na China, inflação ao atacado e pedidos de bens duráveis nos EUA.
O que todos estes indicadores tem em comum é uma atividade econômica em desaquecimento, mesmo com um contexto estimulativo global.
Na China, o impulso do governo vem através do crédito e da intervenção no mercado de capitais, os quais tem tão somente reduzido os efeitos da guerra comercial.
Para se entender a situação chinesa, as vendas ao varejo apresentaram ontem o pior resultado desde junho de 2003 e a produção industrial, desde maio de 2009, no ápice da crise das hipotecas.
Nos EUA, a ‘pausa’ do Fed também é estratégica de modo a entender tanto os efeitos da inflação e no mercado de trabalho, ambos nas pontas vencedoras, quanto para entender os efeitos da guerra comercial, esta praticamente fazendo o papel de aperto monetário no curto prazo.
Localmente, os analistas e investidores começam a questionar a política monetária e o que se considera como juro neutro, ainda que a redução na ponta do consumidor seja um dos maiores desafios do BC, em meio à taxa nominal historicamente baixa.
O problema é que, para gerar o impacto necessário ao ponto de se converter em estímulo real na ponta do crédito, um corte de 100 pontos-base como preconizado por alguns analistas muito provavelmente não deva surtir o efeito necessário e ainda expõe o país à vulnerabilidade em eventos caudais, como um atraso ou não aprovação da reforma da previdência.
Reforça-se então a premissa de que a política tem sido claramente a fonte primordial da volatilidade e das tensões entre os investidores, afetando os índices de confiança em diversos mercados e adiando assim decisões importantes de consumo e de investimento.
CENÁRIO POLÍTICO
A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados formada como primeira ‘barreira’ da reforma da previdência está praticamente com as ‘fronteiras abertas’ para a matéria, com analistas a políticos prevendo um trâmite relativamente suave ao governo.
Com o PSL comandando a presidência e a vice-presidência, apesar da falta de experiência de ambos e da juventude de Francischini (27 anos), o tema pode se concentrar na questão dos militares.
Estes demandam uma reestruturação de carreira, mas com o texto incluindo aumento salarial, que vai contra as propostas da equipe econômica, principalmente no cenário fiscal.
Este talvez seja o ponto mais complicado ao governo neste momento, pois o tal ‘sacrifício’ dos militares não pareceria assim tão sacrificante.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é sem positiva e os futuros NY abrem em alta, ainda que o Brexit pese nos mercados.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com dados da atividade chinesa abaixo das expectativas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos a partir dos 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, quedas, com a China pesando.
O petróleo abre em queda, mesmo com os cortes contínuos da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,28%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3.8163 / 0.14 %
Euro / Dólar : US$ 1.13 / -0.150%
Dólar / Iene : ¥ 111.61 / 0.396%
Libra / Dólar : US$ 1.32 / -0.697%
Dólar Fut. (1 m) : 3816.33 / 0.02 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6.36 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6.91 % aa (-1.57%)
DI - Janeiro 23: 7.98 % aa (-1.36%)
DI - Janeiro 25: 8.50 % aa (-1.28%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1.10% / 98,904 pontos
Dow Jones: 0.58% / 25,703 pontos
Nasdaq: 0.69% / 7,643 pontos
Nikkei: -0.02% / 21,287 pontos
Hang Seng: 0.15% / 28,851 pontos
ASX 200: 0.30% / 6,180 pontos
ABERTURA
DAX: -0.116% / 11559.04 pontos
CAC 40: 0.440% / 5329.72 pontos
FTSE: 0.379% / 7186.34 pontos
Ibovespa Futuros: -0,19% / 99407.00 pontos
S&P 500 Futuros: 0.000% / 2814.50 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0.010% / 7268.50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0.40% / 81.20 ptos
Petróleo WTI: -0.21% / $58.14
Petróleo Brent:-0.10% / $67.48
Ouro: -0.84% / $1,298.18
Minério de Ferro: -0.35% / $85.01
Soja: 0.39% / $16.09
Milho: 0.21% / $357.25
Café: 1.78% / $94.45
Açúcar: -0.08% / $12.35