Os temores pela desaceleração do crescimento global são oficialmente o mote da realização de lucros vigente em nível internacional.
Localmente, o Brasil sustenta ainda um otimismo pela novidade do governo e na expectativa por informações sobre a reforma da previdência.
Ainda que Davos possa não ser o palco para a divulgação dos detalhes da proposta e de como se dará a articulação para tentar aprovar a pauta no Congresso, a possibilidade de surgir o tema já anima os investidores.
O retorno do referencial das bolsas americanas após o feriado de Martin Luther King só deve ajudar em termos de volume, porém a tensão global continua na abertura dos negócios.
Com o shutdown, além de uma série de problemas que passam os funcionários públicos americanos, diversas agências de estatística simplesmente não funcionam, o que não só atrapalha a divulgação de uma série de indicadores, como também da coleta de dados, o que pode prejudicar diversas séries importantes.
Unem-se tais eventos à guerra comercial e aos temores de atividade econômica mais fraca explicitada pelos participantes do fórum em Davos, está pronto o palco para um movimento forte de correção dos ativos.
Destacam-se hoje Johnson & Johnson (NYSE:JNJ), IBM (NYSE:IBM), UBS, Halliburton, Sodexo, Black & Decker e Logitech.
CENÁRIO POLÍTICO
Muito se diz da relação entre vices e presidentes, usualmente turbulentas.
Neste momento, alguns analistas até apontam para um suposto desgaste da relação de Mourão com Bolsonaro.
Todavia, acreditamos que ocorre o contrário.
Com o problema de Flavio Bolsonaro tão à tona, o qual expõe a inexperiência do governo para lidar com crises e ataca o núcleo familiar, Mourão ‘diz o que o presidente não quer dizer’.
Neste sentido, Bolsonaro usa a cadeia disciplinar militar para chamar a atenção de um ‘subordinado’.
Ainda que no passado fossem capitão e general, hoje são chefe máximo da nação e general.
Mesmo assim, o governo Bolsonaro precisa urgente ultrapassar esta curva de aprendizado e aprender a lidar de maneira mais institucional com crises.
Pior será se Flávio for inocente, expondo tal amadorismo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, com perspectivas de crescimento global mais fraco.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com os sinais de Davos.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda, com exceção do ouro.
O petróleo abre em queda, com perspectiva de crescimento global baixo.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7602 / 0,16 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,026%
Dólar / Yen : ¥ 109,45 / -0,201%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / 0,178%
Dólar Fut. (1 m) : 3761,10 / -0,22 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,54 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,34 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 22: 8,01 % aa (-0,25%)
DI - Janeiro 25: 8,92 % aa (-0,34%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,09% / 96.010 pontos
Dow Jones: 1,38% / 24.706 pontos
Nasdaq: 1,03% / 7.157 pontos
Nikkei: -0,47% / 20.623 pontos
Hang Seng: -0,70% / 27.005 pontos
ASX 200: -0,54% / 5.859 pontos
ABERTURA
DAX: -0,099% / 11125,15 pontos
CAC 40: -0,245% / 4855,83 pontos
FTSE: -0,374% / 6944,52 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 96266,00 pontos
S&P Fut.: -0,528% / 2657,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,766% / 6740,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,81% / 80,58 ptos
Petróleo WTI: -1,36% / $53,07
Petróleo Brent:-1,32% / $61,91
Ouro: 0,30% / $1.284,35
Minério de Ferro: 0,86% / $75,15
Soja: 0,42% / $16,56
Milho: -0,26% / $380,25
Café: 2,49% / $104,65
Açúcar: -0,23% / $12,93