Ontem comentamos da “virada de mão” do BC com a decisão do COPOM, cenário que sustentamos, mesmo com o excelente IPCA abaixo das expectativas. Porém, não alteramos nossa sinalização de Selic aos 6,5% aa em 2018, a qual largamos na frente em julho do ano passado.
O condicionante político continua a pesar, porém acreditamos em uma solução negociada para a previdência ainda este mês, apesar da incredulidade geral.
Falando em “virada de mão”, como é nítido desde a semana passada, o mercado passou por uma em nível global, com algumas perdas consideradas pesadas em fundos de grande volume internacional.
A quem diga que a volatilidade foi tão intensa em alguns lugares, que demandou a chamada de margem de garantia em fundos de paridade ao risco, como citado em relatório recente do JPMorgan e reportagem do WSJ.
Porém, o mesmo relatório indica que o processo, apesar de ainda intenso na desalavancagem, dá sinais de perda de força e pode se reverter na próxima semana, exatamente quando Brasil literalmente pára para o carnaval. Timing excelente.
CENÁRIO POLÍTICO
A mudança no texto da previdência já suscita em parte dos parlamentares uma melhor simpatia do que o anterior e apesar da descrença de Rodrigo Maia, o planalto parece mais otimista.
Maia diz que a base não tem mais do que os 308 votos, ou seja, a necessidade de uma folga não existe no atual momento, mesmo assim, Temer diz que dá para apostar na reforma.
Maia insiste que a comunicação do governo quanto à reforma deveria focar na igualdade de direitos e na equalização dos servidores públicos aos segurados do INSS.
O governo, como sempre ruim de comunicação, tem dificuldade em colher os louros da recuperação econômica, tendência nítida no atual momento e mesmo candidatos ligados diretamente ao processo, como seria Meirelles, não conseguem obter o efeito FHC/Real.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa, com os futuros NY em alta, com o mercado ainda confuso sobre os eventos dos últimos quatro dias. Na Ásia, o fechamento foi negativo na maioria, seguindo o ocidente.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, com exceção do minério de ferro nos portos chineses.
O petróleo em queda na abertura, com a forte oferta do óleo de xisto americano.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 4,3%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2857 / 0,42 %
Euro / Dólar : US$ 1,23 / 0,180%
Dólar / Yen : ¥ 109,07 / 0,303%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / 0,058%
Dólar Fut. (1 m) : 3306,86 / 0,81 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,74 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,97 % aa (-0,99%)
DI - Janeiro 22: 9,31 % aa (-0,11%)
DI - Janeiro 25: 9,95 % aa (0,40%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,49% / 81.533 pontos
Dow Jones: -4,15% / 23.860 pontos
Nasdaq: -3,90% / 6.777 pontos
Nikkei: -2,32% / 21.383 pontos
Hang Seng: -3,10% / 29.507 pontos
ASX 200: -0,90% / 5.838 pontos
ABERTURA
DAX: -0,388% / 12212,77 pontos
CAC 40: -0,458% / 5128,06 pontos
FTSE: -0,448% / 7138,54 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 81557,00 pontos
S&P Fut.: 0,517% / 2606,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,629% / 6357,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,54% / 86,54 ptos
Petróleo WTI: -0,88% / $60,61
Petróleo Brent:-0,42% / $64,54
Ouro: -0,25% / $1.315,44
Minério de Ferro: 0,65% / $75,69
Soja: 0,12% / $18,27
Milho: -0,27% / $364,50
Café: -0,36% / $122,70
Açúcar: 0,44% / $13,66