O mercado corrigiu, afinal, precisa ter um pouco de realização após baixas sequências. Normal, né, turma?
Após a China anunciar um corte nas taxas de juros menor que o esperado pelo mercado (em uma ação para dar suporte ao crescimento econômico), lançando dúvidas sobre a recuperação econômica do gigante asiático, o mercado operou ontem no modo aversão a risco e o dólar hoje deu uma corrigida e fechou o dia cotado a R$ 4,795 para venda. Isso não significa que não há espaço para mais quedas.
Hoje, após o fechamento do mercado, teremos o desfecho da reunião de política monetária do Banco Central. A maioria aguarda manutenção de juros em 13,75% e deixa o foco principalmente em sinais sobre os próximos movimentos da Selic, que veremos no comunicado a ser divulgado no término da reunião, é esperado que o BC deixe a porta aberta para um corte na reunião seguinte (agosto).
Os investidores também continuam atentos à tramitação da nova regra fiscal no Senado, onde se espera que o texto seja votado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa hoje, após um pedido de vista. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que, uma vez aprovada pela CAE, a proposta irá direto ao plenário. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem pressa para aprovar o novo marco fiscal, pois depende dele para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que deve ser aprovada pelo Congresso até 17 de julho. Atenção, pois mesmo que o BC mantenha a Selic em 13,75%, nosso diferencial de juros ainda ajuda o real, pelo menos por enquanto.
O calendário econômico hoje trará na Europa discurso de Schnabel, do BCE. Nos EUA, as atenções estarão todas no pronunciamento de Jerome Powell, chair do Fed, que pode sugerir como será a trajetória de juros nos EUA. A expectativa segue em mais um aumento de 0,25 pp após pausa na última decisão. E aqui, como falado acima, vamos ver os juros após fechamento do mercado.
Bons negócios e muito lucro, galera do câmbio!