A decisão sobre o próximo presidente do Federal Reserve pesou bastante no mercado ontem, principalmente pela perspectiva do nome de John Taylor, nome considerado mais ortodoxo do que Kevin Walsh e mais Hawkish (com tendência a subir os juros) do que Yellen ou Jeremy Powell.
Com isso, o dólar ganhou a força que não demonstrava até muito recentemente, superando uma gama de divisas no mundo e nem mesmo a possível sinalização de Mario Draghi, presidente do BCE de uma retirada gradual de estímulos (tapering) tirou força da divisa.
Ainda assim, a maioria dos fatos se mantem no campo da especulação, o que aumenta a volatilidade de diversos ativos.
Ambos os fatos requerem atenção redobrada, pois uma alta expressiva do dólar no curto prazo pode fazer o COPOM repensar a extensão do corte de juros, como o que deve ocorrer amanhã, de 75 bp.
CENÁRIO POLÍTICO
XI Jiping sagrou-se como um dos grandes líderes chineses, tendo seu nome e citações incluídos na constituição, algo que não ocorria desde Mao Tse Tung. Outro líder também possui citações, com Deng Xiao Ping, porém estas ocorreram de maneira póstuma.
Deste modo, o líder estende seu poder por mais alguns anos e multiplica a presença geopolítica e comercial chinesa no mundo, inclusive adotando bandeiras contra a corrução e à poluição.
Localmente, os líderes estão mais interessados na autopreservação, o que mantém os investidores atentos à votação em plenário amanhã da denúncia contra Temer.
Sabendo do ônus causado por toda esta situação, a perspectiva é que após o fim do processo, Temer retome de maneira bastante intensa a agenda de reformas e com isso, garanta ao menos o corte de juros contínuo por parte do COPOM.
Maia parece compartilhar tal visão, porém para tentar colher os louros da recuperação econômica e evitar o ônus de ter atrasado as reformas.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa positiva, com os futuros em NY em queda, reagindo à gama de resultados corporativos acima das expectativas e Espanha em queda por Cataluña. Na Ásia, o fechamento foi positivo, com destaque para o 16º dia de alta no Nikkei.
O dólar devolve parte da forte alta de ontem contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o ouro continua a perder espaço com o dólar em alta e o minério de ferro mantém os ganhos em portos chineses, com o avanço político no país.
O petróleo opera em alta, após queda nas exportações do sul do Iraque.
Atenção aos resultados de 3M, AT&T, AMD, Caterpillar, Eli Lilly, Fibria (SA:FIBR3), GM, Renner (SA:LREN3), MCDonald’s, Sherwin-Williams e Black & Decker.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2354 / 1,29 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,077%
Dólar / Yen : ¥ 113,67 / 0,212%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,182%
Dólar Fut. (1 m) : 3219,27 / 0,85 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,99 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,74 % aa (0,26%)
DI - Janeiro 21: 8,91 % aa (0,45%)
DI - Janeiro 25: 9,91 % aa (0,61%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,28% / 75.413 pontos
Dow Jones: -0,23% / 23.274 pontos
Nasdaq: -0,64% / 6.587 pontos
Nikkei: 0,50% / 21.805 pontos
Hang Seng: -0,53% / 28.155 pontos
ASX 200: 0,06% / 5.898 pontos
ABERTURA
DAX: 0,180% / 13026,52 pontos
CAC 40: 0,239% / 5399,68 pontos
FTSE: -0,024% / 7522,64 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 76053,00 pontos
S&P Fut.: -0,004% / 2563,30 pontos
Nasdaq Fut.: 0,074% / 6069,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,09% / 85,90 ptos
Petróleo WTI: 0,85% / $52,34
Petróleo Brent:0,21% / $57,49
Ouro: -0,24% / $1.279,20
Minério de Ferro: 0,02% / $60,70
Soja: 0,22% / $18,53
Milho: 0,00% / $350,50
Café: 0,12% / $124,40
Açúcar: 0,14% / $13,88