O alívio veio da Europa. A decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE) teve um peso importante ontem no recuo dos US Treasuries e na melhora do mercado, o qual vinha pesado durante a semana.
Ao explicar a decisão de manter a atual taxa zero no bloco, Mario Draghi reiterou a necessidade ainda contínua de estímulos na região e afastou no curto prazo a possibilidade de qualquer repique inflacionário.
Com isso, um movimento de reversão dos programas de alívio quantitativo “em bloco” não deve ocorrer, ao menos no curto prazo e incrementou o apetite pelo risco.
Agora abaixo dos 3%, os US Treasuries continuam na berlinda e podem se manter na faixa, a depender dos resultados corporativos, a maioria acima das expectativas até o momento.
CENÁRIO POLÍTICO
O recuo das duas Coreias na retorica bélica é um sinal importante para a questão geopolítica neste ano, porém o cenário lindo de paz e amor só convence os menos atentos ao processo.
O regime do Norte tem se endurecido a cada geração, após o processo de transmissão do “bastão” de pai para filho, um mais mimado do que o outro.
De tempos em tempos, quando a situação econômica piora consideravelmente, principalmente em momentos de colheita problemática, a Coreia do Norte inicia ameaças constantes, principalmente nucleares, seguidas de discussões com os EUA, sanções internacionais e finalmente, a “paz”.
Nesta “paz”, o país recebe ajuda humanitária, alimentos, algum nível de abertura comercial que sustenta a pseudo felicidade do regime por mais um período, até tudo piorar novamente.
Sorry Trump, não foram seus tweets.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY caem, com decisão de juros do BCE.
Na Ásia, o fechamento foi positivo após o rally no ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, ouro e platina apresentam alta.
O petróleo abre em queda em NY e Londres, com a perspectiva de alta na produção nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 0,05%.
Atenção aos resultados de Embraer (SA:EMBR3), Exxon, Moody’s Chevron e Colgate-Palmolive.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,4753 / -0,27 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,190%
Dólar / Yen : ¥ 109,31 / 0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / -1,078%
Dólar Fut. (1 m) : 3485,73 / -0,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,25 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 6,94 % aa (-0,29%)
DI - Janeiro 21: 7,93 % aa (-0,50%)
DI - Janeiro 25: 9,73 % aa (-0,92%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,57% / 86.383 pontos
Dow Jones: 0,99% / 24.322 pontos
Nasdaq: 1,64% / 7.119 pontos
Nikkei: 0,66% / 22.468 pontos
Hang Seng: 0,91% / 30.281 pontos
ASX 200: 0,73% / 5.954 pontos
ABERTURA
DAX: 0,779% / 12597,90 pontos
CAC 40: 0,258% / 5467,65 pontos
FTSE: 0,750% / 7477,09 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 87114,00 pontos
S&P Fut.: -0,127% / 2671,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,245% / 6751,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,39% / 89,16 ptos
Petróleo WTI: -0,12% / $68,11
Petróleo Brent:-0,08% / $74,68
Ouro: 0,23% / $1.319,79
Minério de Ferro: 0,11% / $65,29
Soja: -0,11% / $18,76
Milho: 0,13% / $386,75
Café: 0,64% / $117,60
Açúcar: -0,55% / $10,95