Feriado, Populismo Fiscal e Inflação. Veja como o Mercado se Comporta esta Semana

Semana travada para o mercado local, em meio ao feriado de 15 de novembro, com foco ainda no adiamento e possíveis mudanças na chamada PEC da transição, ou do “trem da alegria” como citam alguns e nas inflações no exterior, especialmente nos EUA e Zona do Euro.

O Centrão já começou articular possíveis travas às demandas do governo eleito, trazendo toda a sorte de promessas de campanha na PEC de transição e tentando retirar o auxílio Brasil das contas do teto.

A reação dos mercados na semana passada, não ‘sensibilidade’ deve continuar, conforme novos indicadores de perdularismo fiscal se repetirem, assim como os investidores reagiram negativamente a tais expedientes durante o atual governo.

A diferença dos mandatos vem exatamente da percepção de inflação que até o meio do ano adicionou arrecadação e de uma atividade econômica que contribuiu para um aumento real da arrecadação de impostos em 2022, se refletindo em um PIB maior.

Para 2023, as projeções são de um PIB mais modesto, assim como a inflação, em meio à política monetária vigente, com juros estáveis aos 13,75% aa por ao menos o segundo semestre, o que pode vigorar por mais tempo, a depender do cenário de piora fiscal demandar prêmios nas curvas de juros.

O novo governo se utilizar de expedientes populistas como “o mercado não quer que o pobre coma”, além de contraproducente, não alivia o fato de que o tal “mercado” se agita a proteger o patrimônio de seus investidores, sempre que os sinais emitidos pelo governo forem ruins.

No exterior, após o alívio com o CPI abaixo das expectativas, o PPI não traz tanto alento, assim como a inflação europeia, mantendo a pressão de energia a e preocupação do velho continente com a questão energética, na ausência de uma resolução do imbróglio com a Rússia.

Nos EUA, as eleições de meio de mandato não tiraram o controle do senado dos democratas, especialmente após a derrota republicana em Nevada, com a contagem dos votos vindos pelo correio, porém, a maioria não está garantida, especialmente com a Georgia e certamente, devem perder a câmara.

Para o mercado, há um equilíbrio de forças, mas nada especial para nenhum lado.

ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, após a melhor semana dos mercados desde junho.

Em Ásia-Pacífico, mercados negativos na sua maioria, com queda de 14% da SoftBank e alta somente em Hong Kong.

O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.

Entre as commodities metálicas, quedas, exceto o minério de ferro.

O petróleo cai em Londres e  em Nova York, com aumento da oferta global e o temor de recessão.

O índice VIX de volatilidade abre em alta de 7,77%.

CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3265 / -1,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,03 / -0,396%
Dólar / Yen : ¥ 140,32 / 1,073%
Libra / Dólar : US$ 1,18 / -0,414%
Dólar Fut. (1 m) : 5354,35 / -0,71 %
 
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 14,03 % aa (2,28%)
DI - Janeiro 24: 13,92 % aa (2,13%)
DI - Janeiro 26: 13,20 % aa (1,62%)
DI - Janeiro 27: 13,19 % aa (1,62%)
 
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,2574% /  112.254 pontos
Dow Jones: 0,0964% /  33.748 pontos
Nasdaq: 1,8821% /  11.323 pontos
 
Nikkei: -1,06% /  27.963 pontos
Hang Seng: 1,70%  /  17.620 pontos
ASX 200: -0,16% /  7.146 pontos
 
ABERTURA
DAX: 0,379% / 14278,70 pontos
CAC 40: 0,364% / 6618,60 pontos
FTSE: 0,433% / 7349,75 pontos
 
Ibov. Fut.: 2,28% / 113349,00 pontos
S&P Fut.: -0,41% / 3983,75 pontos
Nasdaq Fut.: -0,652% / 11770,25 pontos
 
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,15% / 117,06 ptos

Petróleo WTI: -1,23% /  $87,87
Petróleo Brent: -1,02% /  $95,01
 
Ouro: -0,74% /  $1.757,67
Minério de Ferro: 3,42% /‎‎ $94,40
 
Soja: 0,31% / $1.460,00
Milho: -0,57% /  $654,25
Café: -3,47% /  $164,20
Açúcar: -0,51% /  $19,54