As decisões de política monetária hoje marcam o dia, com a expectativa de manutenção de juros em ambos os casos.
Para o Brasil, os desafios de uma economia em lenta recuperação é o foco de atenção dos investidores no comunicado da autoridade monetária.
Os sinais ‘dovish’ de ambos os lados não devem significar ainda uma reversão da atual política de manutenção, porém, os sinais emitidos pela economia pode deflagrar o início da revisão de posições dos formuladores de políticas monetárias.
Situações diferentes, perspectivas semelhantes.
CENÁRIO POLÍTICO
O Brasil, em termos de comércio internacional sempre agiu como um pária, mas não por indeferimento ou má vontade de outros países e sim por um peso ideológico grande e um viés protecionista ainda maior.
Se que tal proteção florescesse uma vigorosa indústria, com investimento em inovações para a promoção de substituições de importações, como dizem alguns teóricos, isso tudo faria sentido.
Todavia, a indústria local tem em partes características de Assemblage (montagem), dependendo intensivamente de importações de insumos e partes em muitos casos e a proteção em si serve mais para manter os preços elevados aos brasileiros, evitando a concorrência com o produto finalizado mais barato do exterior.
Ainda que concorde que o Brasil cedeu um pouco mais do que recebeu na visita de Bolsonaro aos EUA, as conquistas de médio prazo são muito positivas.
A reativação de fóruns bilaterais de comércio, energia e meio ambiente é um passo importante para finalmente termos a maior economia do mundo como um parceiro comercial.
É o rascunho de um acordo de livre comércio em longo prazo, mas que visivelmente trouxe benefícios ao Chile e ao NAFTA e pode beneficiar o país.
O viés ideológico até recentemente adotado para acordos comerciais, que por fim traziam resultados pífios ao povo brasileiro começa a perder força, mas ainda assim, deve-se continuar a despoluir a ideologia inclusive para o lado oposto do espectro político, para evitar perdermos a China como importante parceiro internacional.
O acordo para o uso da base de Alcântara é um ponto muito positivo, com receitas possíveis de mais de R$ 30 bi anuais e Brasil como aliado especial fora da Otan é algo significativo.
A entrada na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) contra a Organização Mundial do Comércio (OMC) é algo ainda a se avaliar.
É cedo para estimar o peso das concessões, como de vistos, porém estamos ‘crescendo e aparecendo’ em termos globais.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela decisão do FOMC.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com os temores sobre o acordo China x EUA.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda, exceto o paládio.
O petróleo abre em queda, com a falta de consenso da OPEP.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,7%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7892 / -0,07 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / -0,009%
Dólar / Iene : ¥ 111,51 / 0,108%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,249%
Dólar Fut. (1 m) : 3781,55 / -0,33 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,36 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 6,90 % aa (-0,29%)
DI - Janeiro 23: 7,96 % aa (-0,50%)
DI - Janeiro 25: 8,49 % aa (-0,59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,41% / 99.588 pontos
Dow Jones: -0,10% / 25.887 pontos
Nasdaq: 0,12% / 7.724 pontos
Nikkei: 0,20% / 21.609 pontos
Hang Seng: -0,49% / 29.321 pontos
ASX 200: -0,36% / 6.165 pontos
ABERTURA
DAX: -1,315% / 11633,34 pontos
CAC 40: -0,087% / 5421,19 pontos
FTSE: 0,074% / 7329,40 pontos
Ibovespa Futuros: -0,31% / 100012,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,035% / 2835,50 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,010% / 7377,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,08% / 81,91 ptos
Petróleo WTI: -1,08% / $58,39
Petróleo Brent:-0,40% / $67,34
Ouro: -0,23% / $1.303,59
Minério de Ferro: -0,06% / $86,23
Soja: 0,50% / $16,17
Milho: 0,20% / $371,50
Café: 0,10% / $96,75
Açúcar: -0,23% / $12,75