ÁSIA: A maioria das bolsas asiáticas fechou em alta nesta terça-feira, apesar do fraco desempenho em Wall Street.
O Nikkei do Japão subiu 0,64%, para fechar em 20.823,51 pontos na volta de um fim de semana prolongado. As varejistas e o setor financeiro recuaram, enquanto as montadoras e techs fecharam sem direção: Toyota subiu 1,61%, Mazda Motor deslizou 1,33% e Sony caiu 0,65%.
Do outro lado do estreito coreano, o Kospi da Coréia do Sul subiu 1,64% e terminou a sessão em 2.433,81 pontos, com ganhos de ações de tecnologia diante otimismo sobre expectativas de lucro. A Samsung Electronics reagiu 2,96% e a SK Hynix disparou 7%.
O S & P / ASX 200 da Austrália fechou em baixa de 0,02%, em 5.738,1 pontos, com queda de 0,8% no subíndice de energia pesando sobre o índice mais amplo. Entre as mineradoras australianas, BHP Biliton caiu 0,3%, Rio Tinto (LON:RIO) recuou 0,1% e Fortescue fechou em alta de 0,5%. As posições "short" na Rio aumentaram para 9%, o nível mais alto desde 2010, de acordo com os dados da ASIC.
Enquanto isso, o índice Hang Seng de Hong Kong inverteu perdas iniciais para subir 0,58%. Os mercados da China continental também avançaram após subirem mais de 1% na sessão anterior. O Shanghai Composite subiu 0,27%, enquanto o Shenzhen Composite avançou 0,78%. O yuan firmou contra o dólar na terça-feira depois que o banco central da China elevou o ponto médio de sua moeda para 6.6273 um dólar, acima do ponto médio de 6.6493 da segunda-feira. Este foi a primeira vez que o ponto de referência foi ajustado para cima desde 22 de setembro. O yuan onshore negociou a 6.5956 por dólar, enquanto o yuan offshore (paralelo) negociou a 6.5848.
Segundo analistas, durante o 19º congresso do partido comunista, que começará em 18 de outubro na China, o banco central provavelmente tentará fornecer "uma estabilidade primordial" no mercado e uma plataforma melhor para incentivar o investimento estrangeiro na China.
Outras moedas asiáticas também seguiram a liderança do yuan e se fortaleceram contra o dólar americano. O greenback recuou 0,22% contra o dólar de Cingapura. O índice do dólar, que compila contra seis principais rivais, deslizou para 93,527. Contra o iene, a moeda dos EUA fechou em 112,64, ante 112,82 negociada na sessão anterior.
Entre as notícias econômicas, as reservas cambiais da China aumentaram US$ 17 bilhões em setembro para US$ 3,109 trilhões, segundo dados do People's Bank of China. Foi o oitavo aumento mensal consecutivo nas reservas de divisas do país e foi atribuído à regulamentação de restrição de saída de capital e um yuan mais firme.
O excedente de conta corrente do Japão em agosto chegou em 2,38 trilhões de ienes (US$ 21,12 bilhões). Isso foi acima dos 2,26 trilhões de ienes estimados por economistas.
Os mercados de Taiwan continuaram fechados por conta de feriado público.
EUROPA: A maioria das principais bolsas europeias operam em queda no início das negociações desta terça-feira, enquanto os investidores monitoram as incertezas políticas em curso na região da Catalunha, Espanha. O Stoxx 600 recua 0,20% com vários setores e índices apontando em direções opostas. Na segunda-feira, o índice pan-europeu subiu 0,2%, auxiliado em parte por ganhos para ações listadas na Espanha depois que centenas de milhares de pessoas se manifestaram contra a separação da Catalunha.
Nesta terça-feira, o IBEX 35 da Espanha desliza novamente. Os investidores esperam para ouvir o que o presidente catalão Carles Puigdemont vai dizer em um discurso no parlamento regional após o fechamento do mercado, 18h00 (horário local) ou 13h00 (horário de Brasilia). Em particular, o foco é se ele declarará a independência da Catalunha após o referendo da semana passada. Entre as quedas no IBEX 35, ações do Banco Santander (SA:SANB11) recuam 1,80% e BBVA (MC:BBVA) caem 1,45%.
Embora o movimento tenha sido chamado de simbólico e as autoridades espanholas tenham reagido violentamente contra as manifestações públicas, a incerteza em torno da situação poderia piorar, o que provavelmente pode afetar negativamente o euro, mas a moeda comum sobe frente ao dólar nesta terça-feira, negociando em US$ 1,1778, ante $ 1,1748 no final da segunda-feira em Nova York. Essa alta se deve aos comentários "hawkish" de Sabine Lautenschlaeger, membro da Comissão Consultiva do Banco Central Europeu, que disse na segunda-feira que o banco central deveria começar a reduzir seu programa agressivo de compra de títulos no próximo ano. O Conselho do BCE reunirá em 26 de outubro.
O grupo de artigos de luxo francês, LVMH, sobe 2% nos primeiros negócios, próximo de seu recorde depois de reportar um crescimento de receita mais forte do que o esperado para o terceiro trimestre. Enquanto isso, ações de montadoras de automóveis e de saúde estavam sendo negociados em ligeira baixa logo após o sino de abertura.
O FTSE 100 do Reino Unido descola de seus pares regionais e avança nesta terça-feira, liderado por ganhos nas ações financeiras e de bens de consumo. Na segunda-feira, o índice caiu 0,2%. Ações de algumas mineradoras sobem, favorecidas pela alta de metais denominados em dólares, como ouro e cobre, diante da queda do índice do dólar. Os produtores de cobre Antofagasta (LON:ANTO) e Fresnillo (LON:FRES) sobem 1,17 e 0,3% respectivamente, enquanto a produtora de ouro Randgold Resources (LON:RRS) avança 1%. BHP Biliton sobe 0,5%, mas Anglo American (LON:AAL), Glencore (LON:GLEN) e Rio Tinto perdem 0,5, 0,1 e 0,8%, respectivamente. Ações do setor financeiro também opera em alta em Londres: HSBC Holdings (LON:HSBA) sobe 0,97% e Direct Line (LON:DLGD) Insurance Group sobe 1,43%.
Entre os dados econômicos, as exportações alemãs em agosto cresceram 3,1% frente a julho e 7,2% em relação ao mesmo mês de 2016, devido a forte demanda da zona do euro. A produção industrial francesa em agosto caiu inesperadamente 0,3% em relação a julho, ante expectativa de ganho esperado de 0,4%. O déficit comercial do Reino Unido em bens cresceu para 14,2 bilhões de libras (US$ 18,6 bilhões) em agosto, atingindo o maior nível registrado, devido queda na exportação de combustíveis e um aumento nas importações de maquinários mecânicos.
A primeira-ministra Theresa May fez um discurso no parlamento na segunda-feira, anunciando que haverá um período de transição de dois anos após a saída da Grã-Bretanha da União Europeia, alegando que embora o "progresso real e tangível" tenha sido feito, também pode-se dizer que os preparativos também estão em andamento, caso não haja acordo sobre as futuras relações comerciais entre o Reino Unido e o resto do bloco.
EUA: Os futuros de ações dos Estados Unidos apontam para uma ligeira alta na abertura da sessão em Wall Street, com investidores se concentrando no início da temporada de balanços corporativos do terceiro trimestre que começou semana passada.
Na segunda-feira, o Dow Jones Industrial Average, DJIA, mergulhou 0,6%, para 22.761 pontos, embora tenha atingido um recorde intraday em 22.803,37 pontos no início da negociação. O S & P 500 escorregou 0,18% para 2.545 pontos e o Nasdaq Composite Index caiu 0,16% para 6.580 pontos, terminando uma sequência de nove dias de alta.
Os investidores esperam ouvir dicas sobre políticas nos comentários das autoridades do Federal Reserve hoje, antes do lançamento da minuta do Fed na quarta-feira. O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, deve fazer observações de boas-vindas na conferência do banco sobre as condições econômicas regionais às 11h00. Mais tarde, o presidente do Fed de Dallas, Rob Kaplan, aparecerá em uma discussão moderada no Stanford Institute for Economic Policy, em Stanford, Califórnia, às 9 horas.
A temporada de balanços do terceiro trimestre começa a ficar séria com relatórios da BlackRock e Delta Air Lines na quarta-feira. JP Morgan Chase e Citigroup informarão quinta-feira, seguido pelo Bank of America e Wells Fargo na sexta-feira.
As relações externas dos EUA também têm dominado as notícias. Uma disputa diplomática com a Turquia continua em curso, onde os serviços de visto dos EUA foram suspensos após a prisão de um funcionário turco do consulado dos EUA. A lira turca e as ações caem. A tensão entre os EUA e o Irã também continua a ferver e o último país prometeu uma resposta "esmagadora" se os EUA julgarem sua força militar de elite, a Guarda Revolucionária, um grupo terrorista.
ÍNDICES FUTUROS - 7h50:
Dow: +0,15%
SP500: +0,14%
NASDAQ: +0,17%
OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.