Em tom professoral, Paulo Guedes apresentou ontem os planos e metas para a economia brasileira e animou em muito os investidores locais e até internacionais.
Entre os pontos mais importante, obviamente está a reforma da previdência e sua urgência cada vez maior, em vista ao impacto fiscal, porém a alternativa em caso de não aprovação trouxe um ponto importante, a renovação do pacto político.
Com isso e o teto dos gastos, além da necessidade de desvinculação de diversas despesas “carimbadas” constitucionalmente, o congresso deveria tomar o protagonismo sério de discussão do orçamento, caindo em seu colo uma responsabilidade que não ocorre até hoje.
Conforme citamos ontem aqui, o foco em medidas que não necessitam de tanta intervenção congressual neste primeiro mês, em especial de desburocratização e de simplificação tributária foram colocadas como essenciais e mais medidas neste sentido tendem a ser implantadas com o tempo.
O plano soa conciso, factível e acima de tudo, positivo para a economia brasileira como não se via há anos, numa oportunidade única de transformação da atual máquina burocrática em algo mais eficiente e menos danoso para o Brasil.
O mais interessante é que não existem novidades em tais medidas, pois o tal ‘custo Brasil’ é um dos elementos apontados por “9 entre 10 economistas” como uma das maiores mazelas da economia brasileira.
O que difere agora que tais mudanças podem finalmente ocorrer.
CENÁRIO POLÍTICO
O apoio do PSL a Maia na presidência da câmara é uma ativo importante para o governo, dado o viés tanto afável à proximidade com o poder do deputado, como também das reformas, como mostrou durante o governo Temer.
Neste sentido, um congresso novo e em partes inexperiente tem em Maia um componente de fácil trânsito na casa, o que pode em muito ajudar na série de medidas que devem ser enviadas ao congresso com urgência no primeiro semestre.
Partidos de esquerda não gostaram da articulação, porém sua expressividade neste momento é limitada.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, após os temores com as ações da Apple (NASDAQ:AAPL) no after market.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com os futuros no ocidente em queda.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, com exceção do ouro e prata.
O petróleo abre em queda, com as grandes elevações de estoque.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 13%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7868 / -2,49 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,212%
Dólar / Yen : ¥ 107,59 / -1,185%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,309%
Dólar Fut. (1 m) : 3790,50 / -2,27 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,45 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,22 % aa (-2,31%)
DI - Janeiro 22: 7,91 % aa (-2,35%)
DI - Janeiro 25: 8,96 % aa (-1,54%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 3,56% / 91.012 pontos
Dow Jones: 0,08% / 23.346 pontos
Nasdaq: 0,46% / 6.666 pontos
Nikkei: -0,31% / 20.015 pontos
Hang Seng: -0,26% / 25.064 pontos
ASX 200: 1,36% / 5.633 pontos
ABERTURA
DAX: -1,026% / 10471,64 pontos
CAC 40: -0,990% / 4642,97 pontos
FTSE: -0,509% / 6699,94 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 91738,00 pontos
S&P Fut.: -1,398% / 2475,90 pontos
Nasdaq Fut.: -2,708% / 6198,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,22% / 76,87 ptos
Petróleo WTI: -0,99% / $46,08
Petróleo Brent:-0,51% / $54,63
Ouro: 0,30% / $1.288,40
Minério de Ferro: -0,34% / $71,06
Soja: 1,24% / $16,38
Milho: -0,13% / $375,25
Café: -2,31% / $99,75
Açúcar: -0,50% / $11,88