O efeito Apple (NASDAQ:AAPL) nos mercados é atualmente uma consequência direta da guerra comercial promovida por Trump. No atual contexto, problemas de fornecimento de matérias primas e componentes, em especial alumínio, aço e chips já atrapalha em muito diversas empresas.
A Mid-Continental Nail foi um dos casos mais famosos, demitindo 130 trabalhadores após o aumento excessivo de custos devido às taxações, numa região que predominantemente votou no atual presidente.
Existem avanços nas conversações entre os dois países que podem aliviar parte das pressões no mercado financeiro, ainda assim, os efeitos nas empresas são reais e imediatos.
Hoje é dia de Payroll.
CENÁRIO POLÍTICO
Faltando combinar com os russos. Bolsonaro ontem em entrevista à televisão pode ter deflagrado um estilo Trump de governar, ao lançar uma proposta de idade mínima da previdência, sem total consenso da equipe economia.
Baixar de em 3 anos a proposta original pode sim ter um efeito político importante na tentativa de aprovação congressual da pauta, afinal, o presidente esteve lá como deputado até muito recentemente.
Todavia, tal proposta pode levar à revisão do parâmetro de idade muito em breve.
Ou seja, o alívio temporário pode até acontecer, porém demandará uma nova proposta assim que todo o escopo da reforma da previdência estiver pronto.
Aguardemos que tal movimento de Bolsonaro tenha o mínimo de coordenação com a equipe econômica, senão o sinal é muito negativo para o mercado, pois se como em Trump todos tiverem que apagar incêndios de propostas nascidas somente na cabeça do presidente, a situação fica extremamente instável.
“Entre o que a equipe econômica quer e o que passa no congresso” talvez seja o enigma da atual situação, pois com essa sensibilidade, Bolsonaro pode “ajudar” nos temas mais difíceis, ao mesmo tempo, muitas propostas igualmente difíceis da equipe econômica não podem simplesmente serem aliviadas ou modificadas ao gosto do congresso, muitas vezes inábil a discutir tais temas.
Esta é a linha tênue entre o populismo e a assertividade.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com avanços nas negociações China/EUA.
Na Ásia, o fechamento foi misto, com PMIs chineses superando indicadores anteriores.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com exceção do ouro e prata.
O petróleo abre em alta, com a OPEP anunciando mais cortes.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 6%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7594 / -0,73 %
Euro / Dólar : US$ 1,14 / 0,088%
Dólar / Yen : ¥ 108,02 / 0,316%
Libra / Dólar : US$ 1,27 / 0,341%
Dólar Fut. (1 m) : 3759,00 / -0,84 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,50 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,22 % aa (0,42%)
DI - Janeiro 22: 7,93 % aa (0,51%)
DI - Janeiro 25: 8,97 % aa (0,11%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,61% / 91.564 pontos
Dow Jones: -2,83% / 22.686 pontos
Nasdaq: -3,04% / 6.464 pontos
Nikkei: -2,26% / 19.562 pontos
Hang Seng: 2,24% / 25.626 pontos
ASX 200: -0,25% / 5.619 pontos
ABERTURA
DAX: 1,532% / 10576,26 pontos
CAC 40: 1,164% / 4665,17 pontos
FTSE: 1,112% / 6767,06 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 91746,00 pontos
S&P Fut.: 1,320% / 2480,00 pontos
Nasdaq Fut.: 1,566% / 6258,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,00% / 78,24 ptos
Petróleo WTI: 1,95% / $48,01
Petróleo Brent:1,91% / $57,02
Ouro: -0,31% / $1.290,21
Minério de Ferro: 1,65% / $72,23
Soja: 0,49% / $16,46
Milho: 0,26% / $381,00
Café: 0,34% / $102,50
Açúcar: 1,03% / $11,84