O dia mais repleto de indicadores da semana ontem teve o foco na inflação ao varejo e com resultados adversos.
Nos EUA, o núcleo do CPI não só continua controlado, como apresentou resultado abaixo das expectativas, expurgando algumas altas recentes de energia ocorridas com uma ‘extensão’ do inverno em diversas partes dos EUA, o que pode se refletir novamente no resultado de abril.
Para o Fed, o contexto continua de observação e paciência, como citado na ata da última reunião do FOMC, com o atual resultado corroborando para tal premissa.
Localmente, as chuvas excessivas atingiram diretamente uma série de alimentos, principalmente de culturas frescas e disparou o IPCA de março para níveis de 2015, puxado também por combustíveis e transportes.
Ainda que assuste, está longe de reverter a atual política monetária e como nos EUA, a paciência continua uma virtude.
Já na China, após o fechamento do mercado, a inflação ao varejo se elevou em 0,4%, puxada também por alimentos, porém com foco no vírus que tem matado porcos em grande escala e afetado a cadeia de proteína do país.
Isso tem afetado o valor em termos internacionais, inclusive nas bolsas de mercadorias.
Ainda que isso seja um fator de pressão de preços, a elevação em torno de 25% das compras chinesas com o Brasil ainda não afetou os preços de proteínas por aqui, principalmente pela oferta de carne bovina elevada.
Hoje pela manhã, a divulgação do CPI na Alemanha mostra um contexto inflacionário calmo, com resultado anual aos 1,3%. Com tanta inflação no foco, as atenções se voltam hoje ao PPI nos EUA.
CENÁRIO POLÍTICO
A velha política ameaça novamente a mostrar suas garras, em meio à necessidade de votações urgentes nas casas, principalmente na CCJ sobre a reforma da previdência.
A nomeação novamente técnica de um ministro, agora da educação, elevou as tensões entre os partidos do conhecido centrão, que agora ameaçam travar as pautas para demonstrar sua insatisfação.
Além disso, a bancada ruralista busca de as maneiras a anistia do Funrural e outras benesses fiscais, além da pressão de grupos organizados de servidores contra qualquer mudança nas suas previdências.
Ou seja, estamos reféns a cada dia do fisiologismo, do individualismo e da canalhice de grupos organizados e barulhentos.
É o Brasil do séc. XIX lutando para se manter relevante em meio às mudanças para o séc. XXI.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a extensão do Brexit pela UE.
Na Ásia, o fechamento foi misto, em reação à inflação chinesa.
O dólar opera em estabilidade contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque à prata.
O petróleo abre em queda, com crescimento global mais modesto.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 0,17%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8248 / -0,74 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,044%
Dólar / Iene : ¥ 111,11 / 0,090%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,008%
Dólar Fut. (1 m) : 3821,76 / -0,99%
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,47 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,06 % aa (-0,42%)
DI - Janeiro 23: 8,16 % aa (-1,09%)
DI - Janeiro 25: 8,67 % aa (-1,37%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,35% / 95.953 pontos
Dow Jones: 0,03% / 26.157 pontos
Nasdaq: 0,69% / 7.964 pontos
Nikkei: 0,11% / 21.711 pontos
Hang Seng: -0,93% / 29.839 pontos
ASX 200: -0,40% / 6.199 pontos
ABERTURA
DAX: 0,154% / 11924,28 pontos
CAC 40: 0,620% / 5483,67 pontos
FTSE: 0,026% / 7423,83 pontos
Ibov. Fut.: -0,27% / 96014,00 pontos
S&P Fut.: 0,114% / 2897,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,046% / 7644,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,26% / 82,83 ptos
Petróleo WTI: -0,94% / $64,00
Petróleo Brent:-0,75% / $71,19
Ouro: -0,26% / $1.304,64
Minério de Ferro: -0,13% / $92,60
Soja: 0,12% / $16,08
Milho: 0,21% / $361,75
Café: -0,58% / $93,75
Açúcar: -0,23% / $12,78