Chegamos à última sessão de mercado financeiro do ano, do semestre, do trimestre, do mês e da semana, de um ano difícil para o mercado financeiro brasileiro a partir da segunda metade deste ano.
Apesar do ciclo bastante intenso de elevação de juros por parte do Banco Central, deflagrado no momento em que se entendeu que as metas de inflação não seriam cumpridas, dada a política adotada até o primeiro trimestre, seguíamos a tendência global de recuperação dos ativos.
Um início de ano ainda complicado, que ganhou ritmo intenso de recuperação após um ano do início da pandemia e prometia, além de ganhos no mercado de renda variável, a perspectiva de valorização do Real frente ao dólar, em meio à aceleração do aperto monetário.
Foi quando a política se impôs ao cenário de mercado financeiros.
Naquele momento, o governo se via refém do congresso para o avanço de pautas, sem avanço nas reformas, enquanto Paulo Guedes, até então guardião do fiscalismo, se voltou ao “modo reeleição” na busca por recursos para implantar um novo programa de auxílio.
Sinais de rompimento do teto dos gastos atingiram em cheio os ativos de mercado e o investidor estrangeiro se colocou em defensiva, também pela volatilidade do noticioso no exterior, com a possibilidade – que se concretizou - do anúncio do tapering nos EUA.
Do seu topo no início de junho, rompendo os 130,000 pontos, o Ibovespa entrou em uma espiral negativa até o início deste mês, quando deu breves sinais de recuperação, ao buscar novamente os 110.000 pontos.
Hoje, o presidente Bolsonaro sanciona a lei que institui o auxílio-Brasil, substituto mais amplo do Bolsa Família e causa da disparidade e volatilidade gerada até então, com o custo de um cenário fiscal muito menos benéfico do que aquele deixado para trás e incertezas.
O governo se perdeu muito mais nas narrativas do combate à pandemia, do que em suas ações, que foram de sucesso e agora, entrará em 2022 na busca pela difícil recondução ao cargo.
Atenção hoje aos dados do setor públicos consolidado.
E meus amigos, agradeço a atenção dispensada neste meio e nos vemos novamente ao fim de janeiro de 2022, quando retornarei de minhas férias.
Um excelente 2022 a todos!
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, em ritmo de fechamento de ano.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com a maioria no positivo e as ações da SenseTime em alta na estreia em Hong Kong.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, ainda assim próximo das altas mais recentes, desde novembro.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,18%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6937 / 1,18 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,388%
Dólar / Yen : ¥ 115,14 / 0,174%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,178%
Dólar Fut. (1 m) : 5693,37 / 1,00 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 11,81 % aa (1,50%)
DI - Janeiro 24: 11,04 % aa (1,19%)
DI - Janeiro 26: 10,57 % aa (0,96%)
DI - Janeiro 27: 10,59 % aa (0,86%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,7219% / 104.107 pontos
Dow Jones: 0,2484% / 36.489 pontos
Nasdaq: -0,0983% / 15.766 pontos
Nikkei: -0,40% / 28.792 pontos
Hang Seng: 0,11% / 23.112 pontos
ASX 200: 0,05% / 7.513 pontos
ABERTURA
DAX: -0,042% / 15845,60 pontos
CAC 40: 0,180% / 7174,44 pontos
FTSE: -0,014% / 7419,69 pontos
Ibov. Fut.: -0,72% / 105195,00 pontos
S&P Fut.: 0,07% / 4788 pontos
Nasdaq Fut.: 0,235% / 16524,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,21% / 99,98 ptos
Petróleo WTI: -0,63% / $75,93
Petróleo Brent: -0,25% / $78,67
Ouro: -0,23% / $1.799,47
Minério de Ferro: 0,22% / $112,34
Soja: -0,92% / $1.344,00
Milho: -0,37% / $602,75
Café: -0,55% / $227,40
Açúcar: -0,84% / $18,96