Redução de estoques mundiais de petróleo, dando ímpeto aos contratos da commodity, retomada gradual da atividade econômica em alguns locais da Europa com baixa taxa de infecção, perspectiva de “fundo de poço” em termos econômicos e reorganização política no Brasil.
Eis os motivos para a reação forte dos mercados ontem.
Como vemos, nada é suficientemente sério ou concreto para sustentar o mercado, todavia as motivações vao se tornando cada vez mais frívolas para justificar os movimentos, sejam de ganhos ou perdas, em meio ao contexto desolador da pandemia.
Hoje, devemos observar uma série de indicadores econômicos que devem refletir o atual contexto negativo e parte deles sequer deve capturar o pior da crise a partir de abril, como o IBC-Br de março.
Já os dados de vendas ao varejo e produção industrial nos EUA devem trazer os piores resultados da série histórica em ambos os casos, tendo em mente que a retomada parcial de maio em algumas localidades nos EUA ainda não é suficiente para reverter parte das fortes perdas.
Neste cenário de “terra arrasada”, alguns especialistas tentam buscar uma abordagem mais cientifica para o tema, de forma a equilibrar as questões econômicas e de saúde.
Um exemplo é a Alemanha, onde a taxa de transmissão do vírus permaneceu abaixo do limiar principal de 1 após a flexibilização inicial das medidas de quarentena, segundo o Instituto Robert Koch de Controle de Doenças.
Obviamente, questões culturais são essenciais neste contexto, além de condições econômicas diferenciadas que incluem melhor acesso ao transporte, saúde e à educação, que é um grande diferencial neste momento.
A França já garantiu junto a Sanofi (PA:SASY) que qualquer vacina descoberta será distribuída globalmente sem restrições, o que seria o ponto importante de virada para o mundo.
Por fim, devemos nos manter atentos a todos os avanços e retrocessos da doença, suas consequências macro e microeconômicas e ao cenário político em ano eleitoral. Afinal, é um mundo novo, infelizmente nada maravilhoso.
No âmbito corporativo, destaque aos resultados de CCR (SA:CCRO3), Celesc (SA:CLSC4), Cemig (SA:CMIG4), Cogna, Cyrela (SA:CYRE3), Eneva (SA:ENEV3), Fertilizantes Heringer (SA:FHER3), OSX (SA:OSXB3), PDG (SA:PDGR3), Renova (SA:RNEW11), Ser Educacional (SA:SEER3) e SmartFit.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com a perspectiva de abertura econômica.
Em Ásia-Pacífico, fechamento positivo, com a produção industrial chinesa mais forte.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas no geral, destaque à prata.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, após a nova projeção de queda dos estoques nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,12%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,8141 / -1,22 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,074%
Dólar / Yen : ¥ 107,04 / -0,196%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,188%
Dólar Fut. (1 m) : 5911,80 / -0,37 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,66 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,84 % aa (-2,02%)
DI - Janeiro 25: 6,80 % aa (-0,87%)
DI - Janeiro 27: 7,88 % aa (-1,01%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,5926% / 79.011 pontos
Dow Jones: 1,6232% / 23.625 pontos
Nasdaq: 0,9089% / 8.944 pontos
Nikkei: 0,62% / 20.037 pontos
Hang Seng: -0,14% / 23.797 pontos
ASX 200: 1,43% / 5.405 pontos
ABERTURA
DAX: 1,516% / 10493,70 pontos
CAC 40: 0,656% / 4301,16 pontos
FTSE: 1,328% / 5817,80 pontos
Ibov. Fut.: 1,41% / 79113,00 pontos
S&P Fut.: -0,123% / 2843,40 pontos
Nasdaq Fut.: 0,083% / 9082,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,58% / 61,64 ptos
Petróleo WTI: 1,81% / $28,08
Petróleo Brent: 2,31% / $31,83
Ouro: 0,10% / $1.732,95
Minério de Ferro: 0,44% / $88,74
Soja: 0,18% / $838,25
Milho: 0,31% / $318,50 $318,50
Café: 1,30% / $104,90
Açúcar: 1,82% / $10,65