Passada uma semana decisiva de indicadores econômicos, os investidores agora digerem a vitória da Macron na França e o contexto de manutenção do país na Zona do Euro, ao menos no médio prazo.
A decisão do FOMC em manter os juros se choca com indicadores contraditórios no mercado de trabalho e em diversos resultados corporativos, porém a expectativa já se fecha em torno de uma possível elevação reunião do próximo mês.
Com isso, é importante observar hoje os discursos de Loretta Mester do Fed de Cleveland e James Bullard, do Fed de St. Louis.
Localmente, os indicadores de inflação, com destaque para o IPCA e de atividade econômica reservados para a semana continuam a desenhar um cenário positivo para cortes mais profundo de juros e obviamente, dependendo do avanço das reformas.
CENÁRIO POLÍTICO
A vitória de Emmanuelle Macron, por 66% dos votos consolida em partes a rejeição com o tipo de discurso que elegeu Donald Trump nos EUA, principalmente em nível econômico.
Apesar das semelhanças entre os discursos xenofóbicos, o maior problema reside nos posicionamentos comerciais e de gastos públicos, ambos mais semelhantes a contextos de “esquerda” do que de “direita”, como se propõem os políticos.
No Brasil, as atenções se voltam à reforma trabalhista no CCJ do senado, presidida por Romero Jucá, onde Temer pede regime de urgência, para focar os esforços na reforma da previdência.
Na semana, aguarda-se o depoimento de Lula em Curitiba, no qual se produz grande comoção pelo ex-presidente, porém, o juiz Moro, num gesto de sobriedade, pede que as pessoas que o apoiam não sigam para Curitiba, pois não passa de um simples depoimento em juízo.
Xeque Mate.
CENÁRIO DE MERCADO
A vitória de Macron tem comemoração contida nos mercados, voltados aos eventos econômicos e corporativos. A abertura é negativa nos futuros das bolsas em NY e na Europa, com exceção de Londres, em alta. O fechamento na Ásia foi positivo em resposta à eleição francesa.
O dólar opera em alta consistente desde a abertura, enquanto o rendimento dos Treasuries registra queda em todos os vencimentos observados, em resposta à alta na divisa. O Euro cai e o Yen sobe.
Entre as commodities metálicas, o minério de ferro cai, após o resultado das exportações chinesas abaixo das expectativas, levando o cobre junto, enquanto o ouro e outros metais sobem.
O petróleo opera em leve alta em todas as praças, na expectativa pela extensão do corte de produção da OPEP.
Entre os balanços corporativos, destacam-se no Brasil BB (SA:BBAS3), Marcopolo (SA:POMO4), Ecorodovias (SA:ECOR3), Minerva (SA:BEEF3) e Guararapes. Nos EUA, JD.com, AES, Newell Brands, Sysco, Marriott International, Plains All American e AMC Entertainment
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1775 / -0,35 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / -0,455%
Dólar / Yen : ¥ 112,60 / -0,098%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,200%
Dólar Fut. (1 m) : 3196,85 / -0,36 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,40 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,29 % aa (-0,64%)
DI - Janeiro 21: 9,95 % aa (-0,60%)
DI - Janeiro 25: 10,37 % aa (-0,77%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,31% / 65.710 pontos
Dow Jones: 0,26% / 21.007 pontos
Nasdaq: 0,42% / 6.101 pontos
Nikkei: 2,31% / 19.896 pontos
Hang Seng: 0,41% / 24.578 pontos
ASX 200: 0,59% / 5.871 pontos
ABERTURA
DAX: -0,197% / 12691,82 pontos
CAC 40: -0,857% / 5385,86 pontos
FTSE: 0,079% / 7303,20 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 66465,00 pontos
S&P Fut.: -0,167% / 2393,70 pontos
Nasdaq Fut.: -0,044% / 5645,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,24% / 82,49 ptos
Petróleo WTI: 0,19% / $46,31
Petróleo Brent:0,00% / $49,10
Ouro: 0,44% / $1.233,46
Aço: -1,90% / $61,30
Soja: 0,05% / $18,28
Milho: -0,55% / $359,75
Café: 0,30% / $133,10
Açúcar: 0,26% / $15,35