A tensão da declaração de guerra comercial de Trump trouxe a primeira vítima.
A saída de Gary Cohn, o equivalente ao Meirelles na transição FHC/Lula é um sinal preocupante, pois ele, democrata e ex-banqueiro da Goldman Sachs, era um mínimo sinal de razão em meio à loucura do governo Trump.
Resumindo, Trump insistiu na besteira homérica de guerra comercial e seu principal conselheiro econômico pulou fora. As consequências mais imediatas são no mercado financeiro, todavia, a saída sinaliza talvez a intransigência do presidente americano quanto ao tema.
Com isso, a possibilidade de se concretizar a guerra comercial é grande e o risco de reversão do cenário econômico positivo e como citamos ontem, se fixa numa possível inflação mais alta nos EUA e fortalecimento do aperto monetário.
Atenção hoje aos dados de ADP Employment, mas acima de tudo, aos indicadores de custo de mão de obra e produtividade, aqueles que o Fed tem dado maior atenção do que a criação de vagas. Localmente, atenção ao IGP-DI.
CENÁRIO POLÍTICO
Por mais uma decisão unanime, o ex-presidente se aproxima cada vez mais da realidade prisional, com processos adicionais e ainda mais contundentes rodando em paralelo nas cortes de primeira instância.
Segundo alguns juristas com quem conversamos, o caso do sítio de Atibaia contém uma quantidade de provas materiais e testemunhais muito superior ao caso do tripléx do Guarujá e geram ainda mais temores na defesa.
Para tanto, tentam tirar os casos do juiz Sérgio Moro para estâncias superiores, por considerem um caso de difícil avanço.
Enquanto isso, as pesquisas continuam confusas.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é de perdas, com os futuros NY abrem em queda, após a saída de Gary Cohn como conselheiro econômico de Trump.
Na Ásia, o fechamento foi com perdas, seguindo os eventos nos EUA.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em baixa em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a “vítima”, o minério de ferro, é a única a apresentar alta na abertura.
O petróleo abre em queda em todas as praças, seguindo os eventos nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta acima de 9,7%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2109 / -1,00 %
Euro / Dólar : US$ 1,24 / 0,242%
Dólar / Yen : ¥ 105,57 / -0,528%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,058%
Dólar Fut. (1 m) : 3220,94 / -1,09 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,46 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,39 % aa (-0,27%)
DI - Janeiro 22: 8,82 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 9,55 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,43% / 85.653 pontos
Dow Jones: 0,04% / 24.884 pontos
Nasdaq: 0,56% / 7.372 pontos
Nikkei: -0,77% / 21.253 pontos
Hang Seng: -1,03% / 30.197 pontos
ASX 200: -1,01% / 5.902 pontos
ABERTURA
DAX: -0,271% / 12081,10 pontos
CAC 40: -0,434% / 5147,81 pontos
FTSE: 0,012% / 7147,60 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 86313,00 pontos
S&P Fut.: -0,903% / 2699,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,796% / 6852,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,43% / 88,68 ptos
Petróleo WTI: -0,72% / $62,15
Petróleo Brent:-0,59% / $65,40
Ouro: -0,12% / $1.332,90
Minério de Ferro: 0,24% / $75,54
Soja: -0,18% / $19,42
Milho: 0,07% / $380,00
Café: 0,63% / $119,95
Açúcar: -1,19% / $13,29