O crescimento do PIB americano acima das expectativas, porém com o índice de preços abaixo da meta do Fed reforça a história recente americana de crescimento econômico robusto, sem consequência inflacionária.
Este é um dos eventos mais importantes deste momento, dadas as projeções médias de um crescimento menos intenso das economias centrais a partir deste ano, ainda que os indicadores econômicos mais recentes ainda não as reforcem.
Para os EUA, o principal evento negativo continua a ser a guerra comercial, em especial com a China, porém a taxação de diversos minérios já se refletiu negativamente em diversos negócios, o que leva aos analistas reforçarem o cenário adverso.
Porém, caso ocorra um entendimento com a segunda maior economia do mundo, até mesmo o Fed deixou claro que este pode ser um evento de mudança de paradigmas, ao dar continuidade ao cenário positivo com o atualmente observado, levando inclusive a autoridade monetária a rever sua posição quanto à elevação de juros neste ano.
Para nós, a história segue mais os parâmetros conhecidos na teoria econômica, afastando o cenário que não raramente observamos no Brasil de inflação sem crescimento.
Desta vez estamos na cartilha, ou seja, sem crescimento e sem inflação.
O problema e a limitação do trabalho do Banco Central é exatamente o peso que se dá às reformas estruturantes e a maneira errática com que as negociações do tema tem sido conduzidas com o congresso.
Pode ser que 2019 seja mais um ano de crescimento pífio, atividade econômica ‘patinando’ e sem acompanhar um possível panorama positivo, em vista à resolução da guerra comercial.
Pesa neste ponto o fator político, que no fim, é humano e imponderável.
CENÁRIO POLÍTICO
Mais uma vez, o presidente Bolsonaro se desencontra com sua equipe econômica, ao citar sua opinião pessoal sobre o que seriam os pontos a serem revistos da reforma da previdência.
Ao lidar com o congresso, o presidente seria o equivalente a um jogador de pôquer com uma boa mão, mas que começa a sorrir e suar de felicidade antes de fazer uma aposta, ou seja, parece que não sabe jogar o jogo.
Dizer que ‘existe gordura para queimar’ e dar aos deputados exatamente o que eles queriam para satisfazer suas bases, argumentos contra pontos da reforma.
Seria cômico, se não fosse trágico.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com os sinais de Kudlow sobre a guerra comercial.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, puxado pela alta das ações na China continental.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, queda generalizada, com exceção do cobre e minério de ferro.
O petróleo abre em queda, com o recorde da produção americana da commodity.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 2,4%
CÂMBIO
Dólar à vista: R$ 3,7564 / 0,72 %
EUR/USD : US$ 1,14 / 0,053%
USD/JPY : ¥ 111,86 / 0,422%
GBP/USD: US$ 1,32 / -0,158%
Dólar Futuros (1 m) : 3748,74 / 0,44 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,49 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,15 % aa (0,99%)
DI - Janeiro 23: 8,25 % aa (0,73%)
DI - Janeiro 25: 8,78 % aa (0,57%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,77% / 95.584 pontos
Dow Jones: -0,27% / 25.916 pontos
Nasdaq: -0,29% / 7.533 pontos
Nikkei: 1,02% / 21.603 pontos
Hang Seng: 0,63% / 28.812 pontos
ASX 200: 0,38% / 6.193 pontos
ABERTURA
DAX: 1,052% / 11636,84 pontos
CAC 40: 0,593% / 5271,59 pontos
FTSE: 0,478% / 7108,55 pontos
Ibovespa Futuros: -0,19% / 96161,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,564% / 2800,40 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,729% / 7154,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,09% / 81,56 ptos
Petróleo WTI: 0,38% / $57,44
Petróleo Brent:0,03% / $66,33
Ouro: -0,34% / $1.308,82
Minério de ferro: 1,46% / $83,43
Soja: -0,68% / $16,26
Milho: 0,07% / $362,25
Café: -0,52% / $95,20
Açúcar: -0,63% / $12,72