Entre dados positivos dos balanços nos EUA, reações com PIB chinês abaixo das expectativas e o naturalmente conturbado contexto local, o mercado brasileiro passa pela sua usual volatilidade nas classes de ativos e falta de rumo.
A redução da presença do Banco Central foi sentida no mercado de câmbio, após atuações mais severas na semana passada, todavia, fica a dúvida se a instituição não estaria tentando simplesmente atenuar o inevitável, dado o prêmio de risco ainda embutido no Real e nas curvas de juros.
Inflação ainda em alta, como no IPC-Fipe de hoje aos 1,08% (Infinity: 1,05%), indefinições sobre o rumo dos gastos do governo em ano eleitoral sem contrapartidas em termos fiscais, falta de avanço em reformas relevantes no congresso cobram seu preço em termos de percepção de riscos.
Hoje o BC retorna ao leilão com US$ 500 milhões no leilão à vista às 9:30, uma rolagem de swap de 15.000 contratos às 11:30 e com um dólar global sensivelmente mais fraco contra a maioria das divisas, o dia pode se tornar positivo ao Real, porém, nada ainda afasta a série de riscos citados acima.
No cenário internacional, as atenções continuam voltadas aos resultados corporativos acima das expectativas na sua maioria, contrariando uma série de indicadores macroeconômicos mais fracos, como os dados de construção na Zona do Euro e chama a atenção também casas iniciadas e permissões para construção nos EUA.
Enquanto isso, a crise energética global continua, com especial posicionamento dos fornecedores de energia e questões geopolíticas envolvendo os problemas de oferta.
A disputa da China com a Austrália quebrou o fluxo com seu maior e melhor fornecedor global de carvão;
A Rússia cancela a ida à Otan após acusações de espionagem e não aumenta a produção de gás à Europa como prometido, em especial com a chegada do outono;
Países produtores não tem a menor intenção de elevar a produção, apesar do crescimento acelerado da demanda;
Enquanto os EUA, por conta de ESG, praticamente abandonaram os produtores de xisto.
Tudo por enquanto está mascarado por balanços positivos, porém sem nenhuma solução em vista.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelos balanços corporativos e dados do mercado imobiliário nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, puxados por ações de tecnologia no Japão e na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto o minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, apesar do menor crescimento chinês.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,96%.
Câmbio
Dólar : R$ 5,5127 / 0,95 %
Euro / Dólar US$ 1,17 / 0,482%
Dólar Iene : ¥ 114,13 / -0,184%
Libra / Dólar: US$ 1,38 / 0,627%
Dólar Futuros (1 m) : 5516,82 / 0,87 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,79 % aa (1,56%)
DI - Janeiro 23: 9,36 % aa (0,81%)
DI - Janeiro 25: 10,27 % aa (0,69%)
DI - Janeiro 27: 10,66 % aa (0,76%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -0,1917% / 114.428 pontos
Dow Jones: -0,1024% / 35.259 pontos
Nasdaq: 0,8355% / 15.022 pontos
Nikkei: 0,65% / 29.216 pontos
Hang Seng: 1,49% / 25.787 pontos
ASX 200: -0,08% / 7.375 pontos
Abertura
DAX: 0,148% / 15497,38 pontos
CAC 40: -0,014% / 6672,19 pontos
FTSE 100: 0,060% / 7208,12 pontos
Ibovespa Futuros: -0,17% / 115445,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,43% / 4496,75 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,253% / 15341,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,47% / 104,11 ptos
Petróleo WTI: 1,14% / $83,40
Petróleo Brent: 0,90% / $84,93
Ouro: 0,78% / $1.778,08
Minério de Ferro: 0,00% / $123,40
Soja: 0,51% / $1.226,75
Milho: 0,19% / $533,50
Café: 0,62% / $203,05
Açúcar: -0,83% / $19,17