Enquanto continuam a monitorar os eventos na Ucrânia, com seus sinais primordiais de “resolução”, os investidores voltam novamente sua atenção aos eventos macroeconômicos de alta relevância no dia.
Os destaques são a decisão de juros do Banco Central Europeu (BCE), o qual deve não somente manter os juros, como também os estímulos, sob o pretexto de que a guerra pode ser um elemento negativo na atividade econômica e pela preocupação com o emprego.
Já é nítido que o BCE deixou de lado a preocupação com a maior inflação que o bloco enfrentou desde a sua formação e que a condução da política monetária não obedece mais aos preceitos teóricos da economia, buscando soluções que nitidamente estão falhando e produzindo uma inflação de difícil controle.
Resta agora aguardar uma improvável mudança de viés ou mesmo de líderes do BCE, de forma a alterar os rumos que se desenham até agora, ignorando o impacto que a inflação tem criado numa população que não reúne o ferramental para se defender dela, como em países emergentes.
A inflação também é destaque nos EUA, com a divulgação do dado ao varejo, o CPI, onde o Federal Reserve já emitiu sinais de que deve na próxima reunião elevar os juros, porém abaixo do que era esperado para a escalada de preços americanos.
Com o dado de hoje, se dentro das expectativas, a inflação ao varejo vai registrar o maior resultado anual em 40 anos, com o núcleo seguindo a mesma linha e lá atrás, Paul Volker, então chairman do Fed, elevou os juros para 20% em 1980 e só voltou para 6% em 1986, sendo que a taxa considerada super-estimulativa era 1% no pós-11 de setembro, criando o subprime e atualmente, está entre 0% e 0,25%.
Como vemos, em meio a um conflito bélico, que pode ganhar proporções continentais e quiçá, mundiais, o desafio dos Bancos Centrais é voltar a fazer o B-A-BA e não exagerar na dose, como faz o nosso BC.
Na agenda hoje, sem completa finalmente com a divulgação do CAGED de janeiro, onde projetamos 179.445 vagas criadas e as vendas ao varejo de janeiro, com possível alta marginal próxima da estabilidade no índice restrito, porém quedas no anual e em todas as medidas do índice amplo, dados os resultados do varejo no período.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com a volatilidade das tensões russo-ucranianas.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo os fechamentos no ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção à platina, paládio e minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com as tensões da questão russo-ucraniana e a OPEP se recusa a repor a falta do petróleo russo.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,02%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0119 / -1,03 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,181%
Dólar / Yen : ¥ 115,97 / 0,112%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,038%
Dólar Fut. (1 m) : 5038,63 / -1,24 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,91 % aa (-1,41%)
DI - Janeiro 24: 12,60 % aa (-1,76%)
DI - Janeiro 26: 12,00 % aa (-1,96%)
DI - Janeiro 27: 12,04 % aa (-1,84%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,4252% / 113.900 pontos
Dow Jones: 2,0029% / 33.286 pontos
Nasdaq: 3,5950% / 13.256 pontos
Nikkei: 3,94% / 25.690 pontos
Hang Seng: 1,27% / 20.890 pontos
ASX 200: 1,10% / 7.131 pontos
ABERTURA
DAX: -2,100% / 13557,08 pontos
CAC 40: -2,021% / 6258,75 pontos
FTSE: -0,885% / 7127,08 pontos
Ibov. Fut.: 2,38% / 114889,00 pontos
S&P Fut.: -0,67% / 4246,75 pontos
Nasdaq Fut.: -0,628% / 13616,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,48% / 127,70 ptos
Petróleo WTI: 4,45% / $113,54
Petróleo Brent: 5,02% / $116,72
Ouro: -0,57% / $1.994,98
Minério de Ferro: -0,61% / $157,59
Soja: 0,95% / $1.702,50
Milho: 1,70% / $747,50
Café: -0,20% / $230,00
Açúcar: 0,79% / $19,07