ÁSIA: As bolsas asiáticas finalizaram o trimestre com um desempenho amplamente positivo na sexta-feira. Os mercados também digeriram uma grande quantidade de dados do Japão. O índice MSCI Asia Pacific ex-Japan subiu 0,47% no pregão nesta sexta-feira, registrando um aumento de 4,76% no trimestre.
O Nikkei fechou em baixa de 0,03%, fechando em 20.356,28 pontos, com perdas moderadas nas montadoras de automóveis e em várias blue-chips. O índice de preços ao consumidor de agosto subiu 0,7% em relação ao ano anterior, marcando um oitavo mês consecutivo de aumentos anuais. As vendas no varejo aumentaram 1,7% no mês passado em relação ao ano anterior, mas abaixo de uma estimativa de um aumento de 2,6% dos analistas, no entanto, os dados da produção industrial superam as previsões. Os números de agosto mostraram um aumento de 2,1% em relação ao mês anterior, acima da previsão de 1,9% de analistas de mercados.
Do outro lado do estreito coreano, o Kospi da Coreia do Sul subiu 0,90% para fechar em 2.394,47 pontos, com a maioria das empresas de manufatura, varejo e petróleo apresentando ganhos. Os fabricantes de automóveis também tiveram ganhos significativos: Hyundai Motor fechou 2,38% maior e Kia Motors subiu 2,59%. Os reguladores sul coreanos disseram na sexta-feira que proibiriam ofertas de novas moedas, acrescentando que o comércio de moedas virtuais no país deve ser supervisionado mais de perto.
Abaixo, o S&P/ASX 200 da Austrália fechou em alta de 0,2%, em 5.681,6 pontos. O setor de mineração foi um dos destaques de alta na sessão desta sexta-feira. A mineradora BHP subiu 1,1%, Rio Tinto (LON:RIO) subiu 1,3% e Fortescue Metals recuperou parte do terreno perdido ontem e fechou em alta de 2,3%.
Os setores de mineração e energia australiano apresentaram sólidos desempenhos no terceiro trimestre, com o BHP subindo 10,7%, Rio Tinto aumentou 5,2% e empresa de energia Santos disparou 33%. No entanto, nem tudo foram flores; Fortescue Metals caiu 1,5% e a Woodside Petroleum caiu 2,6% no trimestre.
Os futuros de minério de ferro da China estão no ritmo de seu maior declínio mensal desde maio de 2016, em meio à preocupações crescentes com a demanda, já que as inspeções governamentais reduziram a produção de aço. O contrato de minério de ferro mais negociado na Dalian Commodity Exchange, para entrega em janeiro, caiu 2,2% na quinta-feira, trazendo as perdas do mês para mais de 20%. Ao longo do trimestre caiu 3,2%. O mercado está preocupado com o aumento de suprimento e a menor demanda da China, com restrições às usinas locais de ferro e aço.
O índice Hang Seng de Hong Kong apagou perdas anteriores para fechar em alta de 0,48% e no continente, o Shanghai Composite subiu 0,29%, enquanto o Shenzhen Composite avançou 0,69%.
Vários mercados, incluindo a Coréia do Sul e a China, estarão fechados na próxima semana para feriados públicos.
EUROPA: As bolsas europeias avançam nesta sexta-feira, mantendo-se no caminho para o melhor mês do ano após uma série de dados positivo. O índice Stoxx Europe 600 sobe 0,13%. Para setembro, o índice pan-europeu estava em curso para uma alta de 3,4%, o maior desempenho mensal desde dezembro do ano passado. Para o terceiro trimestre, que também se encerra após a sessão desta sexta-feira, o índice sobe 1,9%, recuperando de uma perda de 0,5% no segundo trimestre.
Segundo analistas, a recuperação geral na área do euro está indo de vento em popa, num momento em que as pessoas estão cada vez mais otimistas sobre a economia global. As empresas também tiveram um bom segundo trimestre e as pessoas parecem otimistas quanto ao terceiro e para o quarto trimestre, no entanto, ainda há uma série de coisas que podem dar errado, incluindo as negociações do Reino Unido com a UE, o Brexit e a frágil recuperação do sul da Europa, além da possibilidade do BCE retirar o apoio de seu programa de compras de ativos.
Na quinta-feira, o membro do Conselho de Administração do BCE, Francois Villeroy de Galhau, disse que o banco deve diminuir o ritmo das compras de ativos, mas ainda manter a política monetária. O membro do conselho executivo, Peter Praet, também disse que o banco central não vai discutir o fim do estímulo monetário, mas, em vez disso, como recalibrar sua política.
As vendas no varejo na Alemanha caíram em menos do que o esperado em agosto em 0,4% no mês, enquanto a confiança do consumidor no Reino Unido cresceu em um ponto em setembro, segundo a pesquisa da GfK, depois de ter caído dois pontos no mês anterior.
Os preços das casas em Londres caíram pela primeira vez desde 2009, revelaram números nacionais. Ao mesmo tempo, os preços em todo o Reino Unido aumentaram ao ritmo mais lento nos últimos quatro anos.
O FTSE 100 do Reino Unido ganha terreno, após índice fechar em alta de 0,1% na quinta-feira. O índice de Londres está em curso para um aumento semanal de 0,7%, provavelmente o mesmo percentual de ganho para o terceiro trimestre que encerra nesta sexta-feira. No mês, no entanto, o índice está no caminho para uma retração de 0,9%.
Os ganhos do índice de referência na sexta-feira, ocorre enquanto a libra cai abaixo de US$ 1,34 após o PIB do segundo trimestre, em uma base anual, ter sido revisado para baixo. O Escritório de Estatísticas Nacionais disse que sua leitura final sobre o crescimento anual cresceu 1,5%, abaixo de uma estimativa anterior de 1,7%. Uma libra mais forte pode prejudicar as ações das empresas multinacionais no FTSE 100, pois os ganhos dessas empresas feitas no exterior podem ser reduzidos quando convertidos de volta para a libra esterlina.
Entre as empresas de mineração listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) sobe 2,1%, Antofagasta (LON:ANTO) avança 1,9%, BHP Biliton sobe 1,4% e Rio Tinto avança 1,7%.
Na contramão dos índices regionais, o índice IBEX 35 da Espanha opera em baixa nesta sexta-feira, antes da votação pela independência da Catalunha no domingo.
EUA: Os futuros de ações dos Estados Unidos lutam para subir nesta manhã de sexta-feira. Wall Street segue a caminho para registrar ganhos mensais e trimestrais à medida que os investidores aguardam os dados da inflação e uma leitura sobre o sentimento do consumidor.
Para o mês, que se encerra após o fechamento da sessão desta sexta-feira, o DJIA registra um ganho mensal de 2%, o S & P 500 avança 1,6% e o Nasdaq Composite Index sobe de 0,4%, em relação ao fechamento de quinta-feira.
Segundo analistas, o mês de setembro trouxe boas notícias para os mercados de ações dos EUA, enquanto o presidente Trump anunciou seu plano inicial sobre reformas tributárias e o dólar parece firme. As perspectivas de uma nova alta de taxas para este ano não estão tão fortes ainda, visto que as chances de outra alta da taxa de juros para este ano são ainda de 50%.
Os investidores estão tentando encontrar apoio depois de uma semana marcada por comentários "hawkish" da presidente da Reserva Federal, Janet Yellen e o esperado anúncio sobre a reforma tributária da administração Trump. Os republicanos dizem que os cortes de impostos propostos podem gerar um crescimento econômico mais forte e isso poderia ajudar os mercados de ações a alcançar novos níveis recordes, no entanto, os analistas advertem que o plano ainda precisa ser aprovado pelo Congresso e a administração já se esforça para obter a aprovação dos legisladores, incluindo o projeto de saúde, já muito discutido.
Uma série de dados econômicos será divulgado hoje, começando com a renda pessoal, gasto do consumidor e inflação subjacente às 9h30. Todos os relatórios são para agosto. Às 10h45, o índice PMI de Chicago para setembro será divulgado, seguido do sentimento do consumidor do mesmo mês será lançado às 11 horas.
No quadro da Fed, o presidente do Fed da Filadélfia, Patrick Harker, dará uma palestra às 12 horas sobre a perspectiva econômica, em uma conferência no banco regional.
ÍNDICES FUTUROS - 8h20:
Dow: -0,05%
SP500: -0,05%
NASDAQ: +0,15%
OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.